As quadrilhas usam mulheres bonitas para aliciar servidores de prefeituras e governos estaduais como a bela modelo Luciane Hoepers, de 33 anos. |
O Departamento de Policia Federal além de se notabilizar por exercer com abnegação a segurança pública para a preservação da ordem pública e da segurança das pessoas dos bens e interesses da União enquanto polícia judiciária da União, se destaca também por “batizar” as operações que realiza no território nacional com nomes criativos e bem adequados à operação.
O exemplo mais recente dessa avalanche de criatividade (digno
de aplausos, dos profissionais de criação publicitária) e a Operação Miquéias que investiga duas organizações criminosas: uma
envolvida em lavagem de dinheiro e a outra acusada de má gestão de recursos de
entidades previdenciárias. Foram cumpridos 27 mandatos de prisão e 75 de busca e
apreensão no Distrito Federal (onde
ficavam os líderes das quadrilhas), e em nove estados do país: São Paulo, Rio
de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Maranhão,
Amazonas e Rondônia.
QUEM FOI MIQUÉIAS?
Ilustração do Profeta Miquéias escrevendo seu Livro, |
A PF foi buscar inspiração para o título da sua operação em um
personagem bíblico do Século VIII A.C o Profeta Miquéias que empunhava seu cajado e denunciava os governantes, chefes e ricos
das cidades de Jerusalém e Samaria que roubava o povo através da língua
enganosa, com armadilhas, exigiam presentes e subornos. Miquéias também denunciou em seu livro escrito há quase 2700
anos a cobiça, os ganhos imorais, a maldade planejada, a balança desonesta e o
crime organizado.
Qualquer semelhança das ações dos governantes e lobistas de
outrora com os dos dias atuais não é mera coincidência.
TUDO COMEÇOU COM OS MILITARES.
Segundo informações colhidas no site da UOL, A prática de
batizar as ações teve início com os militares (a Operação Condor, de
perseguição e morte de políticos de esquerda nos anos 70, é a de mais triste
lembrança). E desde que o DPF foi
criado, em 1944, o batismo existe na corporação para padronizar uma investigação
e facilitar a organização das centenas de réus, investigados, empresas ou
órgãos públicos envolvidos nos casos, e que devem prestar contas à Justiça.
BOOM DE CRIATIVIDADE
A Jornalista Ana
Luisa Bartholomeu disse na matéria do
UOL On Line que “ a inspiração pode vir
da mitologia: Zeus, Têmis, Vênus, Netuno ou Morpheu. Da Bíblia: Sodoma,
Iscariotes ou Zaqueu. Da geografia: Veneza, Roterdã ou Alasca. Do zoológico
mais próximo: Rapina, Hiena, Lacraia, Zebra ou Camaleão. Ou até mesmo de um
dicionário de inglês: Hurricane, Game Over, Wood Stock, Pen Drive ou Firewall”.
DISQUE MIQUÉIAS
Portanto, se para formar a maioria dos nomes das operações
da Polícia Federal, o uso de metáforas é liberado, que tal pegarmos carona na esfera criativa da PF e criarmos o Disque Miquéias? Seria oportuno e uma boa forma de repreensão ao desvio de recursos público Brasil à fora.
Por Uerbet Santos
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