9/12/23

CULTURA - Roda de conversa sobre cachaça marca a inauguração da Cachaçaria Pungada

A abertura do espaço acontece nesta quarta (13), Dia Nacional da Cachaça.


Pablo Leite, proprietário da Cachaçaria Pungada 

Ja imaginou, inaugurar uma cachaçaria, no Dia Nacional da Cachaça,13 de setembro? De fato, não existe ocasião melhor!

Melhor ainda, seria se a tal inauguração tivesse como aperitivo, uma roda de conversa com especialistas nessa bebida destilada tipicamente Brasileira, além de uma vasta programação artística e cultural. Seria o melhor dos mundos para o marketing de um plano de negócios!

Pois esse é o cenário, em grande estilo,  idealizado pelo tecnólogo em alimentos, Pablo Leite, para a inauguração, da sua Cachaçaria Pungada, nesta quarta-feira (13), no Dia Nacional da Cachaça.

A programação de abertura desse novo espaço está recheda de atrações artísticas e culturais 

Com destaque para a roda de conversa com o tema: “O que brasileiros e brasileiras precisam saber sobre cachaça”. Participam desse ato cultural,  mediado pela arte educadora, Kátia Dias, o professor doutor e pesquisador sobre cachaça, Rogelio Lopes Brandão, a doutora Hellen Mendoça (produtora de cachaça e representante da Reserva do Zito), a representante do Ministério da Agricultura, Pecuaria e Abastecimento - MAPA, Aurenice Lucena e o produtor de cachaça, Lucas Araujo. (Programação completa, no final da matéria).


 Dr. Rogelio Brandão, pesquisa sobre cachaça 

Outro aperetivo artístico para o público na avan premier da Cachacaria Pungada, será o show "A Era do Rádio ", apresentado pelos cantores Almeida Marcos, Thiago Fernandes e Marcos Carcará. 


Show "A Era do Rádio "

O evento inaugural da Cachaçaria Pungada terá  ainda a performance poética da poeta  Kátia Dias e a discotecagem da Rádio das Tulhas, com Noleto & Vitor Hugo. (foto)




Mas, a atração principal da noite de estreia da Cachaçaria Pungada será mesmo "a danada da cachaça".

A cachaça é uma bebida versátil que pode ser consumida pura, com gelo ou em coquetéis, a exemplo da clássica caipirinha feita de cachaça, limão, açúcar, limão e gelo.

"Na Cachaçaria Pungada, o cliente vai  degustar cachaças infusionadas com ervas, raízes, flores. Além  de licores com frutos regionais de Cupuaçu, jaca, tamarindo, siriguela, acerola entre outras especiarias, como gengibre , café, cravo da Índia e vinagreira", detalhou Pablo.


O proprietário disse ainda que o nome do seu novo espaço e o slogan: "Cachaçaria Pungada. A doce certa da cultura", definem bem, qual é a 'pegada' do seu negócio,  pois, segundo ele, "traz e a baila tradição e magia em boas doses de ciência e tecnologia".


 A agrônoma Aurenice Lucena, e uma das convidadas para falar sobre cachaça

"Batizei o projeto de Pungada em homenagem às manifestações artísticas e culturais locais [rodas de Tambor de Crioula,, Bumba Boi] e demais manifestações do povo brasileiro, onde a presença  da cachaça é uma constante. Nesse contexto, a pungada representa  a metáfora de  um brinde à vida, só que feito por corpos, ao invés de copos [risos]", explica Pablo.

Cases de sucesso 

A cadeia produtiva da cachaça, está distribuída por todo o estado do Maranhão e têm revelado cases de sucesso

Uma das participantes da roda de conversa, Hellen Mendoça (foto) representa a cachaça Reserva do Zito, um dos destilados maranhenses que ganharam impulso no mercado nacional e internacional com o apoio do CARTIMA.



O Projeto CARTIMA foi criado em 2018 com o objetivo de estimular a regularização das unidades agrofamiliares que produzem cachaça, tiquira e gin em todo o Maranhão. 

A iniciativa é uma parceria entre o Sindibebidas, Sebrae, SENAI e FIEMA, responsável pela coordenação do projeto.

"O pulo do gato para a Cachaça Reserva do Zito crescer, f"oi deixar no passado a fabricação rudimentar, garatir um padrão mínimo de qualidade exigido pelos órgãos regulamentadores, além ter como pauta as questões tributárias para o segmento o que gerou o  fortalecimento sindical do setor", detalhou Hellen.

A cachaça Reserva do Zito, existe há 70 anos. A versão Prata foi premiada em 2019 com a medalha de ouro no concurso Spirits Selection by Concours Mondial, de Bruxelas. 

A cachaça é produzida com o uso de levedura nativa que é responsável por balizar o aroma e sabor da bebida e que evidencia a conexão do seu processo produtivo com a terra.

Outro participantes da roda de conversa sobre a cachaça, é Lucas Araújo (Foto). Ele é proprietário da cachaça Mestre Cana.



O produtor cria drinks que têm como inspiração a cultura maranhense. Uma das suas criações é uma bebida preparada com licor de vinagreira e hibisco.

Para Lucas, projetos como o da Cachaçaria Pungada, "são  extremamente importantes para dar visibilidade às marcas maranhenses, pois reforça a comunicação com o público no ponto de venda", pontua.


A cachaça  em números 


De acordo com o Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac), a produção de cachaça no Brasil em 2023 foi de cerca de 1,3 bilhão de litros. Esse número representa um aumento de 5% em relação à produção do ano anterior.

O estado de São Paulo é o maior produtor de cachaça do Brasil, com uma produção de cerca de 500 milhões de litros em 2023. 

Minas Gerais é o segundo maior produtor, com uma produção de cerca de 300 milhões de litros. Pernambuco, Rio de Janeiro e Ceará completam o ranking dos cinco maiores produtores de cachaça do Brasil.

A cachaça  brasileira é exportada para mais de 100 países. Os principais destinos são os Estados Unidos, o Japão e a França.

Dia Nacional da Cachaça 

Pesquisadores da Embrapa afirmam que a cachaça foi inventada em meados do século XVI pelos negros escravizados nas fazendas de cana e nos engenhos de açúcar do Brasil Colônia.

Escravos produzindo Açúcar, a partir do caldo de cana em um Engenho 

Durante muito tempo, a cachaça foi considerada uma bebida de baixo status, consumida apenas por escravos e pela população pobre. 

No século XVII, a corte em Portugal proibiu a produção e a venda do destilado brasileiro pelo fato de a cachaça estar ganhando destaque no mercado e tomando o lugar da bagaceira, bebida produzida pelos portugueses feita com o bagaço de uva. 

Com isso, o rei de Portugal decidiu proibir a produção da cachaça para intensificar o consumo da bagaceira.

Como não existia uma fiscalização efetiva, a cachaça continuou sendo produzida, até que, em 1659, instaurou-se um novo decreto proibindo o comércio da bebida, dessa vez com ameaças de deportação e até destruição dos alambiques.

 A proibição gerou a revolta dos produtores contra a corte portuguesa, conhrcida como a Revolta da Cachaça.

No dia 13 de setembro de 1661, a rainha Luísa de Gusmão liberou a produção e a comercialização da bebida no Brasil. 

Por isso, em 2008, o Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC)  criou  o Dia  Nacional da Cachaça.  A data escolhida foi 13 de setembro, quando ocorreu a Revolta da Cachaça, 

Confira a programação de inauguração da Cachaçaria Pungada!

A arte educadora Kátia Dias , mediadora da roda de conversa sobre o produto 

- 17h: abertura 
Discotecagem Rádio Tulhas com Noleto & Vitor Hugo.

- 19h: roda de conversa: “O que brasileiros e brasileiras precisam saber sobre cachaça” 
Participantes:  prof. Dr. e pesquisador sobre cachaça, Rogelio Lopes Brandão, Dra Hellen Mendoça, da  Reserva do Zito, Aurenice  Lucena, representante do MAPA-Ministerio Agricultura Pecuaria e Abastecimento e Lucas Araujo, produtor de cachaça.
Moderadora: Kátia Dias.  

-20h - Performance poética- Kátia Dias
  
,-20h30 - Show Era do Rádio com os  cantores Almeida Marcos, Thiago Fernandes e Marcos Carcará. 

Apoio

O evento conta com o apoio de Bira do Pindaré, Rádio Bacanga  FM, Rádio das Tulhas, Marcha Mundial das Mulheres- Maranhão, Bazar da Moda e Butiquim do Carlos.


Serviço 
Evento: Inauguração da Cachaçaria Pungada
Data: 13 de setembro (quarta-feira). Dia da Nacional de Cachaça.
Horario: A partir das 18h
Local Rua Godofredo Viana, Centro, São Luís-MA. Esquina com o Teatro Artur Azevedo.

Por Uetbet Ssntos
Produção de Jornalismo: Kátia Dias 
Fotos: Divulgação/Cachaçaria Pungada

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