O professor em técnicas desportivas Paulo Tinoco comenta sobre o I Encontro de Ex-atletas e Amigos do Costa Rodrigues.
Neste sábado (22), acontece o I Encontro de Amigos e Ex-atletas do Ginásio Costa Rodrigues, evento pensado e idealizado pelo Sr. Professor José de Ribamar Silva Miranda, também conhecido por todos, como Professor Miranda e por alguns mais chegados, pelo carinhoso apelido de Gafanhoto (GAFFA), embora entenda que assim só deveriam chamá-lo os que privam de sua intimidade ou de alguma forma já partilharam de suas conquistas dentro e fora das quadras e campos desportivos e lhes são fiéis sempre.
O encontro certamente será extremamente salutar e bastante representativo, pois outros já se juntaram a execução do feito, pensado pelo carismático e diplomático Professor Miranda e que a partir daqui citarei apenas como GAFFA, pois atendo todos os requisitos acima citados, para assim tratá-lo. A maioria dos presentes ao evento, realmente serão os amigos do lendário Ginásio Esportivo Antônio Eusébio COSTA RODRIGUES, por terem vivido e evidenciado a importância das experiências nele passadas, sendo testemunhas do que isso representou na formação do caráter e personalidade de cada um que riu, chorou e vibrou com as conquistas e derrotas, ambas transformadas em ensinamentos para a vida toda, outros que não vivenciaram o fervilhar diário e diuturno dos jogos e escolinhas, criados pelo inesquecível CLÁUDIO ANTONIO VAZ DOS SANTOS, aprenderam por osmose e felizmente a mínima parte, terá dificuldades de entender a áurea e relevância, pois não viveram nada disso e jamais entenderão que o COSTA RODRIGUES não é apenas um Ginásio de Esportes e representa sim, um estado de espírito.
A dualidade da expressão título, representa de forma metafórica o que se dará nesse espetacular evento, onde certamente o doce jamais será suplantado pela amarga e nostálgica lembrança do que foi e no que transformaram o esporte do Estado do Maranhão, momentaneamente representado pelo I Encontro dos Ex-Atletas e Amigos do Costa Rodrigues, esse entendimento será mais fácil do que interpretar a dualidade da letra de música de um autor muito especial, que ousou titular uma música de Sagrado e Profano .
O doce já está presente desde sempre, pois encontraremos amigos, recordaremos histórias vividas, abraçaremos amigos e atletas que há muito não víamos, atualizaremos notícias e nuances atuais, daremos boas e recompensadoras gargalhadas de fatos e causos passados e alguns imaginados, tudo muito bom e extremamente saudável.
Infelizmente não conseguiremos afastar de forma definitiva a amarga e nostálgica presença que estará presente de forma a querer se sobrepor a doçura do encontro, mas felizmente jamais conseguirá, embora as lembranças estão e estarão sempre presentes, no que era e no que é, nas lembranças dos que fisicamente já nos deixaram, na disposição dos nossos inesquecíveis e dedicados dirigentes das escolas e algumas isoladas iniciativas clubistas, já que não temos essa tradição, lembraremos dos Professores Figueiredo e Emílio (BATISTA), irmão Jorge e Arlindo (MARISTAS), irmã Coutinho (SANTA TERESA), Teresinha Rego e Marcio ( MENG) Professores Luís Pinho, Maria Isabel, Elisabeth e Ceres (DOM BOSCO), Irmã Tadéia ( DIVINA PASTORA ou SÃO VICENTE, salvo engano) e outros como Professora HILDENÊ ( ESCOLA NORMAL) Professores BECKMAN E VIRGILIO( LICEU), Professora Rosa( ROSA CASTRO), PROFESSORES Luís Rego e Luís Augusto (COLÉGIO DE SÃO LUÍS), os doutores Carlos Mendes e Olímpio Guimarães (MAC) e outros que ora me foge os nomes e por isso me desculpo, lembrando-os que as vossas escolas ainda existem e os JEM’S e alguns campeonatos também, embora obscuros e sem nenhum resultado expressivo, mas com bastante verba, aplicada sem eco representativo para o esporte do Estado, os dirigentes perderam o foco que Esporte é Educação, entendendo que é apenas obrigação e que Educação é investimento e que o resultado é o lucro.
Tentarei finalizar enviando um grande abraço para todos professores e mestres , dizendo a todos que fomos muito “burros”, pois em vez de montarmos projetos com verbas estatais e potenciais patrocinadores para bancar as nossas equipes, iludíamo-nos em formar atletas através das nossas decantadas escolinhas e incessantes buscas de talentos, formando equipes maranhenses com atletas do Estado e nos orgulhávamos dos resultados nacionais alcançados, ora que besteira, pois apesar de custo diminuto era só aumentarmos o valor do projeto e formar uma equipe com um nome do Maranhão e disputar as competições nacionais, até porque, onde se tem maior volume ou quantidade de verbas, fica mais fácil de “prestar contas”, mas alegrem-se, pois esse encontro só está sendo possível por causa da nossa insistente “burrice” e que em breve tende a desaparecer, pois as melhores e mais tecnicamente qualificadas competições, existentes no Estado do Maranhão, ainda são de atletas nascidos na nossa terra, e da “insistente burrice”, perpetrada por nós.
Ex-atletas e amigos
Abraços professores aonde estiverem, Ronald Carvalho, Braga, Rosa, Furtado Eldir, Macário, Mesquita, Leopoldo, Trajano, Dimas, Paulo Leite, Major Vicente, o longevo Sensei Emilio, Tarcinho, Oton Mondego, Mestre sapo, Patinho, Coqueiro, Dirceu, Carlos Tinoco, Gaffa, Hermílio, Zeca, Maurício, Josimar, Ricardo, Ferreirinha, Reinaldo, Sousa, João Sousa, Herbeth (Betinho), Cezar, Nelson Fontinhas, o inesquecível Celso Pires, Danielle, Dalinajara, Simone, Alcidésia, Sidalina, Paulo Z, Vicente (VICHÉ), Pinheiro, Rubilota, o multifacetado Professor Lelé, Álvaro, pedindo desculpas para citar pelo apelido, o determinado trabalhador Cegueta, Eduardo Teles, Canhoto, Aldemir, Gilmário, Mestre Dr. Zartur, Branco, Ivone, Telma, Clineu, Antonino, Carlinhos, Magela, Mário Leal, os irmãos Santiago, os Quirino e tantos outros que deixei de citar por lapsos de memória, pois éramos muitos procurando fazer o certo, mais barato e conjugando o binômio Esporte/Educação, hoje são pouquíssimos e sem o devido conhecimento para realizar a necessária conjugação.
Quão errados estávamos todos, procuramos fazer o que achávamos certo e economicamente viável, valorizando os filhos e residentes no Estado do Maranhão com foco no desenvolvimento desportivo Educacional do Estado.
Quanta “burrice”, era só abandonarmos esses valores e viabilizar gordos projetos e colocar um nome de fantasia nas equipes com atletas de qualquer lugar, azar dos nossos que nada teriam alcançado e certamente não teríamos esse I Encontro e nada de fomento, pois o que dá lucro é investimento, essas recomendações servem para o Beach Soccer, que está interiorizando e fomentando, como também para o Voleibol, que procura ressuscitar a modalidade fomentando a prática, parabéns a ambos dirigentes das modalidades, ficando o alerta para que procurem aumentar os lucros com aumento dos custos para poderem agradar gregos e troianos, o caminho e a formula já é conhecida e a estrada certamente já visualizaram. Vamos nos preparar para degustar o doce e ruminar o amargo fel.
Por Paulo Tinoco (Professor de Educação Física e Técnica Desportivas)
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