Artigo
Marketing Político
As novas regras estabelecidas pelo
Tribunal Superior Eleitoral – TSE, através da Lei nº 13.165/2015, conhecida
como Reforma Eleitoral 2015, promoveu importantes alterações nas regras para o
pleito municipal de 2016, provocando mudanças no modus operandi (logística) dos
candidatos e, principalmente, nas estratégias de marketing adotas pelos
partidos e coligações. A mais impactante delas, a meu ver, atinge diretamente os grandes partidos e suas campanhas milionárias, abastecidas que
eram, por doações generosas da iniciativa privada, ação essa, agora limitada a contribuições
do fundo partidário e das pessoas físicas, com um valor limitado a
10% dos rendimentos brutos do ano anterior do doador.
A consequência natural dessa nova
regra, também prevista em lei, foi a redução do tempo de campanha de 90 para 45
dias e, por extensão, redução do período de exibição da propaganda política de
TV e das inserções dos partidos, que gerou o enxugamento da equipe técnica e militância.
Resultado, hoje, faltando 28 dias para a eleição, o que se vê, é um
esvaziamento das ruas, o que de certo modo é bom, se considerarmos, por exemplo,
a poluição visual e sonora, de outrora. A campanha ficou mais compacta. Portanto, é imperativo ser criativo e buscar alternativas. As redes sociais, por exemplo, ganharam mais força nessa eleição. Em
tempo real, a interação entre candidato e eleitor é mais densa e crível.
A Matéria de capa do Jornal
Diário do Nordeste, de hoje, dia 5, intitulada “Sob novas regras, eleições
mantêm velhas práticas”, reflete, a abordagem que faço neste artigo, pois
retrata a falta de preocupação dos candidatos em pensarem a cidade, em detrimento
da busca de uma fórmula para fazer um contorcionismo financeiro, para não incorrerem
no erro de se utilizar do expediente, conhecido como “caixa dois”, que, para muitos é uma pratica
comum em campanhas políticas, mas que já colocou atrás das grades, políticos, tesoureiros, marqueteiros e empreiteiros financiadores de campanhas
Observo que o olhar de assessores
e candidatos deveria mirar nos desejos e anseios da sociedade, e a partir daí,
identificadas essas necessidades, criar projetos, soluções, iniciativas que
contemple tais carências da comunidade. Em tempos de redução de custos, a
vedete das eleições municipais, não são os candidatos, nem seus palanques, são,
na verdade, os debates eletrônicos, onde frente a frente, podem expor suas
ideias, contra argumentar, derrubar rumores, replicar sentimentos contrários, e
o que é mais importante, sair dos velhos costumes da propaganda política
tradicional e entrar nos novos tempos, para assim, poder entender a cidade e conquistar a simpatia da gente que
nela habita. Mas, caso queiram ser mais ousados, não custa nada visitar as comunidades, não em formato arrastão, mas sim, no estilo bate papo na varanda. Quem sabe assim, consigam enxergar o que sente e o que carece o contribuinte.
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