Nesta Dia do Profissional de Educação Física, confira como é a prática de trabalho em diferentes áreas. Conheça mais sobre o curso e a profissão!
O Dia do Profissional de Educação Física é celebrado nesta sexta-feira, 1º de setembro. A data foi criada em 1998 devido à Lei nº 9.696 que regulamentou a profissão no Brasil.
Os profissionais de Educação Física podem atuar em diferentes áreas. Há duas habilitações, de bacharel e licenciado. Com a licenciatura, os professores atuam no espaço escolar. Já com o bacharelado, os profissionais podem trabalhar em clubes, equipes de esportes, academias de ginástica e musculação.
Entre as atividades desempenhadas pelos professores de Educação Física estão:
Prescrição e orientação de exercício físico;
Desenvolvimento e aplicação de aulas de treinamento funcional, ritmos (dança de ginástica), entre outras modalidades;
Atuação como professor da educação básica e superior;
Atuação em gestão de projetos e políticas públicas na área do esporte;
Empreendedorimo na área de esportes e fitness.
Marketing esportivo;
Treinamento esportivo em clubes e equipes de diferentes modalidades;
Pesquisa científica.
O curso superior possui quatro anos de duração e é ofertado nas modalidades presencial, semipresencial e a distância (EaD). Para atuar enquanto profissional de Educação Física é necessário estar registrado em algum Conselho Regional de Educação Física (CREF) do país.
Profissão de Educação Física na prática
O Brasil Escola conversou com profissionais da Educação Física que contam sobre suas trajetórias no curso e como é a prática de trabalho na área.
Educação Física e Dança 0
O processo de formação em um curso superior é desafiador para muitas e muitos brasileiros. Para além das atividades e demandas acadêmicas, há os fatores sociais que atravessam a realidade de estudos para uma parcela da população.
A mineira, natural de Belo Horizonte (MG), Glauciana Ribeiro (42), relata que a trajetória da graduação foi marcada pela dificuldade financeira. Ela conta que essa realidade é comum para muitas mulheres pretas e periféricas.
Nesse período, Glauciana (foto) conciliou o trabalho de plantonista como técnica de enfermagem em um hospital com o curso superior. As várias noites sem dormir, para poder se dedicar aos estudos, faziam parte da rotina da jovem.
A opção pela Educação Física se deu para conciliar duas áreas em que ela ama trabalhar, a de saúde e as artes, já que na época era bailarina.
Com uma pós-graduação em treinamento desportivo, a profissional trabalha atualmente com a preparação física de bailarinas(os). Em seu trabalho, ela desenvolve cronogramas de treino com exercícios físicos específicos para as pessoas que dançam.
"Estudo o que elas dançam, quais as musculaturas precisam ser desenvolvidas com o objetivo de melhorar a técnica, aumentar a performance e, principalmente, reduzir o risco de lesão", disse Glauviana
Glauciana comenta no vídeo abaixo a respeito da importância da Educação Física enquanto área profissional para ela:
Personal trainer
Caleb Novais (35), (foto), atua como personal trainer em academias de musculação há 16 anos. O goiano sempre foi uma criança muito ativa e o ciclismo era uma das modalidades mais presentes em suas práticas.
No ensino médio, uma professora de Educação Física mostrou a ele um novo olhar em relação à profissão. Com ela, ele conta que foi possível compreender melhor qual era a função da profissão. A partir daí, teve a certeza de qual seria a graduação a cursar.
Seu intuito inicial era se formar para lecionar a disciplina em escolas. Entretanto, com os primeiros estágios na faculdade em academias de musculação, sua prática profissional tomou novos rumos.
Caleb buscou aproveitar ao máximo o período da graduação, durante o processo de formação realizou diversos cursos e essa capacitação se estende até hoje.
Um dos receios dele era a disciplina de Anatomia e as demais que tratavam do corpo humano. Porém, com dedicação, conseguiu lidar com esse desafio. Atualmente, ele reforça que estudar sobre o corpo humano e Cinesiologia, a ciência do movimento humano, é uma de suas paixões.
Com o curso superior, o profissional afirma que mudou o olhar para a Educação Física que tinha antes de se formar e conseguiu compreender o impacto positivo, na saúde física e emocional das pessoas.
É importante para o profissional da Educação Física entregar bons resultados, ter zelo pelos seus alunos e atuar de forma ética com os clientes e colegas de trabalho, enfatiza Caleb.
"Temos que, cada vez mais, conscientizar as pessoas quanto à promoção de saúde, à qualidade de vida e ao bem-estar. Para além dos exercícios, no aspecto da superação, de enfrentar barreiras e desafios.", comentou Caleb Novais
Após formado, Caleb realizou um curso de especialização em Personal Trainer e Musculação e atualmente está cursando sobre biomecânica aplicada ao exercício físico.
Educação superior
Desde a infância, a paulista Tatiane Calve (45), praticava esportes. Com essas vivências, surgiu o interesse pela preparação física dos atletas. "Achava fantástica as alterações fisiológicas do corpo, em decorrência do treinamento", conta.
Ao longo da formação, com a pa9rticipação em um projeto de extensão universitária de Educação Física Adaptada, ela identificou sua área profissional. "Não quis mais trabalhar com fisiologia do exercício e preparação física. Meu foco, a partir da minha experiência com o projeto, passou a ser na atividade física adaptada para pessoas com deficiência e idosos.", explica.
Após formada, Tatiane (foto) iniciou a carreira acadêmica no Mestrado e começou a atuar no mercado de trabalho com o atendimento de pessoas idosas e com deficiência (Parkinson, distrofia muscular, paralisia cerebral e autismo).
Seu doutorado abordou o treinamento da locomoção de idosos institucionalizados com o uso de um triciclo sem pedais.
Há 19 anos, Tatiane trabalha como professora. Atualmente ela mora em Curitiba (PR) e ministra aulas no curso de Educação Física do Centro Universitário Internacional (Uninter). Além da docência, a educadora continua atendendo como personal trainer de populações especiais. "A docência é minha grande paixão. Transferir conhecimento é gratificante.", completa.
Após formada, Tatiane iniciou a carreira acadêmica no Mestrado e começou a atuar no mercado de trabalho com o atendimento de pessoas idosas e com deficiência (Parkinson, distrofia muscular, paralisia cerebral e autismo).
Seu doutorado abordou o treinamento da locomoção de idosos institucionalizados com o uso de um triciclo sem pedais.
Treinamento funcional e ritmos
O desejo de ajudar outras pessoas quanto aos aspectos da saúde e estética, bem como o interesse pelo movimento, fez a goiana Kerem Beatriz, 29, (foto) cursar Educação Física.
Atualmente ela possui o próprio espaço para dar aulas de treinamento funcional personalizado para mulheres com foco no emagrecimento. Ela também ministra aulas de pilates solo, zumba e ritmos.
"O movimento faz parte de cada um de nós e a Educação Física nos proporciona isso. Hoje como profissional dessa área, tenho realizado o sonho de muitas mulheres conseguirem se sentir melhor com seus corpos", afirma. O exercício físico, para Kerem, reforça o sentido de autocuidado.
Fonte: Brasil Escola
Fotos: Arquivo/Brasil Escola
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