10/18/14

INAUGURAÇÃO DE POSTO DE SAÚDE É MARCADA POR PROTESTOS


Manifestantes  se aglomeram  em frente ao posto de saúde
Flávio Marcílio para clamar pelos seus direitos
A inauguração do posto de saúde Flávio Marcílio da PMF (que seria mais um  evento de rotina na agenda de Roberto Cláudio)  foi marcada por protestos da classe de agentes de saúde e endemias. Mais de 70 manifestantes (dos cerca de 4 mil profissionais que compõe a categoria em Fortaleza),  insatisfeitos com seu piso salarial, reivindicaram do prefeito a aprovação do piso nacional da categoria.

PARA ENTENDER O CASO.
Em 17 de julho deste ano o Congresso Nacional decretou e a presidente Dilma sancionou a Lei 12.994 que fixou o piso salarial profissional nacional dos agentes comunitários de saúde e endemias em R$ 1.014,00  reais mensais para a jornada de 40 horas semanais, desde então, a classe solicita  à PMF  a equiparação salarial que hoje é de R$ 726,16 reais.

PREFEITO É VAIADO POR MANIFESTANTES
Secretária de saúde Socorro Martins e o prefeito Roberto
 Cláudio tentam dialogar com os manifestantes
Em meio a vaias e palavras de ordem dos manifestantes, “Cumpra a lei e pague nosso piso” contra a postura  da PMF em não se posiciona sobre o assunto, o  Prefeito Roberto Cláudio  abriu espaço na cerimônia de inauguração da unidade de saúde para se dirigir aos manifestantes.
Visivelmente irritado com as palavras de baixo calão e as vaias proferidas  pelos manifestantes que a todo momento interrompiam o seu pronunciamento, Roberto Cláudio  ameaçou ir embora, pois já havia descerrado a placa de inaugurado da unidade de  saúde. 

VEREADORA MAGALY MARQUES APOIA MANIFESTANTES



“Cumpra a lei e pague nosso piso”. Essa era a palavra
de ordem dos agentes comunitários de saúde e endemias
Quando os ânimos se acalmaram, o prefeito falou e  se comprometeu em receber na próxima semana em seu gabinete uma comissão de representantes do SINASCE (Sindicato da categoria)  para buscar uma solução sobre o problema. 
Vereadora Magaly Marques mediou o empasse entre
prefeitura e Agentes comunitários

Os agentes comunitários de saúde e endemias receberam o apoio dos vereadores presentes à inauguração, principalmente da vereadora Magaly Marques que usou do seu prestígio junto a comunidade e com um tom conciliador foi solidária a reivindicação da classe e disse acreditar na sensibilidade do prefeito  frente à causa dos agentes comunitários.



Veja o vídeo exclusivo com os principais momentos do embate entre prefeitura e manifestantes no link https://www.youtube.com/watch?v=ZmdbTy9patI

VANDALISMO E INTOLERÂNCIA



Detalhe do tiro de bala de borracha  disparado pela  guarda

 da PMF em um cidadão  que passava no local do evento.
A nota triste do evento foi a infiltração de vândalos entre os manifestantes que  ao final do evento jogaram pedras em direção ao carro do  prefeito. A guarda municipal dispersou os arruaceiros usando spray de pimenta e bombas de efeito moral, mas mostrou despreparo ao atingir também moradores do do entorno da unidade de saúde, Muitos deles passaram mal ao inalarem o gás, mesmo dentro de suas casas . Foi o caso da anciã Quitéria Noêmia (83), que se sentiu mal e foi socorrida por familiares.  Outro fato registrado foi o do cidadão, (foto ao lado)  confundido com vândalo pela guarda, atingido por uma  bala de borracha como mostra o vídeo postado nas redes sociais, que denuncia os excessos cometidos pela polícia municipal,  disponível no link: https://www.facebook.com/video.php?v=10201905842968323&set=vb.1851436287&type=2&theater



Por Uerbet Santos
Fotos:Sayonara Balaio

PREFEITO INAUGURA POSTO DE SAÚDE FLÁVIO MARCÍLIO NO MUCURIPE

O prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, entregou nesta sexta (17) à população  dos bairros Mucuripe, Varjota, Vicente Pinzón e Meireles, o posto de saúde Flávio Marcílio. Com a inauguração, o prefeito cumpriu um de seus compromissos de campanha: reformar, equipar e adequar os  92 postos de saúde de Fortaleza.
Posto de saúde agora com capacidade para atender
 cerca de 60 mil usuários

O prefeito informou que com a entrega do posto de saúde Flávio Marcílio são 80 de 92 postos  já funcionando de forma adequada e garantiu que até o final de novembro vai entregar mais 12 postos. Mas segundo ele o trabalho está só começando, “Dá satisfação poder cumprir um compromisso mas o trabalho não acaba na verdade com a obra , ele começa com a obra. Agente vai ter que valorizar os profissionais , cobrar da gestão  para que de os resultados de qualidade e assistência que é o que interessa a todo mundo”,disse Roberto Cláudio.

SAÚDE  É A MARCA DA ADMINISTRAÇÃO ROBERTO CLÁUDIO.

Prefeito Roberto Cláudio e o  Secretario da SER II  Cláudio Nelson
Para o secretário da SER II Cláudio Nelson o trabalho que vem sendo desenvolvido pelo prefeito Roberto Cláudio na área da saúde vai ser a marca da sua administração. “ Trazer  para as unidades de saúde mais conforto para a população, esse é o legado do Roberto.  O posto está totalmente transformado e a população  ao ser atendida é quem vai poder medir  o trabalho que foi realizado”.
UNIDADE DE SAÚDE RETRATA A GESTÃO  DO PREFEITO
Diretora de Saúde  da SER II, Sheila Silveira,Vereadora
Magaly Marques e a Secretaria de Saúde da PMF Socorro Martins
A Secretária de Saúde da PMF Socorro Martins  disse que essa unidade reformada retrata a cara da gestão de Roberto Cláudio  e enalteceu o prefeito por cumprir com  os compromissos assumidos. “O homem público começa sua gestão já honrando com seus compromissos de campanha o que vai sensibilizar e mobilizar a população na escolha do seu melhor prefeito. O Roberto vem cumprindo o que prometeu ao povo e temos muito ainda a oferecer para a população de fortaleza e esse posto é uma realidade concreta. em menos de dois anos entregamos 80 postos de saúde funcionando de sete da manhã às sete da noite”.
Segundo a coordenadora do posto de saúde, Lucila Cavalcante,  a capacidade de atendimento será de cerca de  60 mil usuários que terão a sua disposição diversos profissionais de saúde  como médicos( clínicos geral, ginecologistas e dentistas) e enfermeiros, além do auxiliares de saúde bucal de enfermagem e agentes comunitários.

Por Uerbet Santos
Fotos:Sayonara Balaio

9/09/14

AQUI, HÁ 402 ANOS O AMOR NASCEU E É FELIZ: SÃO LUÍS


Na Ilha do Amor, o amor nasce.
Fruto da paixão de nossa gente.
Refletida no olhar e em cada face
mulata, tupinambá, gente da gente.
Ilha morena, Juçara, sem disfarce,
brincante, amante, bem contente.

São Luís, minha Ilha do Amor, em festa.
Ao ritmo do bumba-meu-boi  ecoa, ecoa...
Matraca e pandeirão, zabumba e orquestra.
O cantador de bumba-boi uma toada entoa.
E cada brincante à dança, seu talento empresta.
Enquanto a brasa da fumaça pelos ares voa.

Os ritmos se misturam. Está feita a mais pura alquimia.
O tambor de criola é feito catuaba, envolve, entorpece.
O reggae, Ah... o reggae, esse sim contagia, inebria. 
O Cacuriá como um gole de tiquira, a alma aquece.
Chega as “quadria”, no “araiá”, o povo todo “bria”.
A dança portuguesa, com certeza, ningúem esquece.

São Luis vem me ninar com tua beleza.
Vem me embalar em tua rede de riqueza.
Vem me regar minha “fulô”, mãe natureza.
Vem me contar Histórias da tua pureza
Vem me dizer: “Te amo com certeza”.
“Hoje é teu Aniversário. Todos à mesa”!

És cercada de mar e amor por todos os lados.
Em teu berço de mirantes, vitrais e telhados,
habitam negros, índios, pobres e fidalgos
em becos e ladeiras, casarões e sobrados
e seus paredões de azulejos, todos tombados.
São motivos de orgulho e por todos admirados.
  
Upaon-Acú, São Luis do Mara, maravilha
Grande é teu Amor, pois és a grande Ilha.
Grande é a tua Praia, mercado de especiarias.
A mais variada e popular das mercearias
Ancoradouro da história e da cultura popular.
Tudo que o Estado produz é fácil de encontrar.

Deu muitos, muitos frutos a Ilha do Amor:
pitomba, babaçu e jenipapo (o melhor licor).
Aos versos de Alcione deram mais sabor:
“E fruta lá tem: Tem Juçara, abricó e buriti.
Tanja, mangaba e manga e a gostosa sapoti
e o caboclo da Maioba vendendo bacuri

O amor nasceu e nos mares de São Luis foi mergulhar.
Saiu da Ponta d’areia, São Marcos, Praia do Meio a nadar
Passou pelo Olho d’água, Araçagi e só na Raposa foi banhar
Conheceu a Praia de Panaquatira e São José de Ribamar
Pescada, serra, uritinga e camarão são frutos do mar.
Pra pegar caranguejo siri e sururu tem que se lamear.

O Amor cresceu bem alimentado pelas iguarias da bela Ilha.
Peixe frito com arroz de cuchá, torta de camarão, caranguejada.
São pratos tradicionais da culinária que passa de mãe pra filha,
Caldo de mocotó, sarapatel, caldeirada de camarão e peixada
são  estrelas que a saborosa cozinha regional da Ilha compartilha.
Nativa, turista ou qualquer outra pessoa que come, fica encantada.





Minha terra tem Flamengo, Moto, Mac, Ferrin e Sampaio Correia.
Minha terra tem palmeiras onde o poeta canta e o sabiá gorjeia.
Minha terra fala cantando e assim leva a vida e teu verbo veste.
Feita do labor e do furor da tua gente viril. que em ti crê e Investe.
Outrora rica, culta, agora simples, sincera. Unica. Apenas brasileira.
Que te faz viva, poesia pulsante e faz da Ilha do Amornossa bandeira.

Diz a marchinha que “São Luis vai virar Paris está por um triz”
Diz meu coração que essa francesinha é uma talentosa atriz
representando personagens com Histórias reais de final feliz.
Rainha do Maranhão. Capital da Cultura. Boa Musica de raiz.
Berço de “piquenos e piquenas” e da Z.B.M. farta em meretriz.
Regada a reggae, é assim minha Fulô de Liz. Parabéns São Luís!


(Por Uerbet Santos, Ludovicense, ou seja, nascido na Ilha do Amor, São Luis). 


8/27/14

Minha visão sobre o livro “Diante da dor dos outros” de Susan Santag

ARTIGO

Imagens do sofrimento são apresentadas diariamente pelos meios de comunicação. Graças à televisão e ao computador, imagens de desgraças se tornaram uma espécie de lugar-comum. Um exemplo diário dessa barbárie contra os sentimentos e a vida humana esta nas telas nos telejornais policiais, enquanto repórteres narram as fatalidades como assassinatos, atropelamentos, acidentes com vitimais fatais, etc., lá estão os curiosos, principalmente crianças, posicionadas  ao fundo da imagem (enquanto o repórter narra aquela cena fatídica), fazem gracinhas desprezado totalmente o sentimento de compaixão coma dor do próximo, ou melhor, cultivando uma postura “sangue de barata”, como se aquele acontecido fora uma cena comum no seu cotidiano. De fato o é! A onda de violência urbana  é  alarmante, talvez isso explique tanta convivência com cenas difíceis de digerir. Estamos sendo metralhados com imagens horripilantes e para nós isso parece absurdamente normal. Seria o Final dos tempos? ou a simples banalização da vida?
A resposta a estas e a outras indagações são levantadas em Ensaios sobre a fotografia, publicado no Brasil no começo dos anos 1980, onde a fotografa Susan Sontag abordou o tema que até hoje se discute. O ensaio mostra os horrores das guerras através dos tempos (desde As desgraças da guerra, de Francisco de Goya (1746-1828), até fotos da Guerra Civil Americana, da Primeira Guerra Mundial, da Guerra Civil Espanhola, dos campos nazistas de extermínio durante a Segunda Guerra, além de imagens contemporâneas de Serra Leoa, Ruanda, Israel, Palestina e de Nova York no 11 de setembro de 2001.)
Ao me debruçar sobre o livro tive uma percepção clara que a absorção dessas imagens, o efeito que eles produzem em nós expectadores, depende única e exclusivamente da forma como nós vemos o mundo. Se com o olhar da compaixão ou da indiferença.
Uma interessante análise sobre o livro de Susan, feita por alunos de jornalismo,  esta no vídeo abaixo:




Artigo por Uerbet Santos

7/31/14

A ESTÉTICA DA IMAGEM.


Quem nasceu primeiro o ovo ou a galinha? Essa é um tipo de dúvida que não gera dúvidas quando o assunto é a relação entre texto e  imagem. Em gênesis, na criação do mundo, o texto diz: " No principio era o  verbo" Mas o Homem, mesmo o das Cavernas, usava como forma de expressar-se, gestos, inscrições rupestres e só muito depois começou a articular palavras. Portanto, a máxima " uma imagem vale mais que mil palavras" é a  confirmação de que a imagem veio primeiro que a palavra.

 A imagem é repleta de significado, de leituras, de expressões, fala por sí. É  uma linguagem visual universal que não precisa de tradutor. Outro exemplo do poder da imagem está nos roteiros escritos para Cinema onde a plasticidade das imagens ganham força. O Cinema Mudo é exemplo desse gestual comunicativo da imagem. 

Mesmo no Cinema falado a imagem se veste de subtexto, ganhando um aspecto subliminar, sublime e substantivo para a trama ao  indicar diferentes emoções e sentimentos dos personagens. Ou seja, sem falar a imagem diz tudo. Pose ser  num simples gesto de carinho, numa lágrima que cai  ou  em um sorriso apaixonado. Se o Cinema é o olhar sobre o homem, a fotografia retrata essa alma captada pelo olhar. Eu vivo das palavras, mas a imagem me seduz! Então vamos a elas:


 Série "O céu é o limite". captada no Centro Histórico de São Luis -Ma ( Dez/2013.)








:

























Artigo escrito por Uerbet Santos. Fotos idem

4/24/14

JORNALISMO E O PAPEL SOCIAL NA MIDIA.

Da esq. p/ a dir.: Plinio Bartolotte, Francisco Júnior,
Afro Lourenço e Pedro Rocha.
“Jornalismo e o Papel Social na Mídia”. Este foi o tema do debate realizando ontem (23) no Auditório Via Corpvs no Centro Universitário Estácio-Fic, com a participação de Plinio Bortolotte, jornalista e diretor institucional do Jornal O Povo, Afro Lourenço, diretor da Acert (Associação Cearense de Emissoras de Rádio e Televisão) e Pedro Rocha, Jornalista e representante do Coletivo Nigéria e mediado pelo professor e coordenador do Curso de Jornalismo da Estácio-Fic, Francisco Júnior (Valente).

O evento faz parte da programação de comemoração do Curso de Jornalismo da Estácio pela passagem do Dia do Jornalista (sete de abril). Data escolhida para homenagear a classe. Nesse dia, pela primeira vez na história da imprensa nacional,  Hipólito da Costa, de Londres, passou a editar regularmente aquele que é considerado o primeiro jornal brasileiro: o Correio Braziliense ou Armazém Literário, que circulou de 1° de junho de 1808 a 1823 editando 29 volumes, pois à época a impressão de jornais e folhetins no Brasil era uma exclusividade da Coroa Portuguesa.

            LIBERDADE DE EXPRESSÃO.

Jornalista Sheherazade processada por
fazer comentário incitando apologia ao crime
Até que ponto vai à liberdade de imprensa? Com essa questão, o jornalista Plinio Bortolotte abriu sua participação no Debate. Com base em artigo publicado em seu Blog, fez uma relação entre a liberdade de imprensa e a “moda” de processar jornalistas, como exemplo citou o processo aberto por Gilmar Mendes, ministro do STF contra o Jornalista Rubens Valente onde Mendes contesta menções feitas a ele no livro Operação banqueiro, no qual o jornalista Rubens Valente narra os bastidores da operação Satiagraha (2008) e a representação aceita pela Procuradoria Geral da República feita da deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) contra a jornalista Sheherazade, âncora do STB-Brasil por achar que ela fez apologia ao crime, incitando à tortura e ao linchamento ao defender em seu comentário um bando que agrediu e prendeu com uma trava um adolescente negro. 

O DIREITO DE DIZER O QUE ÁS PESSOAS NÃO QUEREM OUVIR.

George Orwell , o Pensador
Plinio citou frases de lideres mundiais e pensadores que deixaram evidentes posições, no mínimo controversas sobre o papel do jornal na sociedade, como por exemplo, a frase do 3º presidente dos Estados Unidos, Thomas Jefferson, dita quando ainda jovem com ideias libertárias: “Se pudesse decidir se devemos ter um governo sem jornais ou jornais sem governo, eu não vacilaria um instante em preferir o último. ” Já estadista, cunhou essa outra pérola que põe em dúvida a credibilidade na notícia jornalista: “Leio apenas um jornal, e assim mesmo mais pelos anúncios que pelo noticiário." E para reflexão, o jornalista falou o conceito de liberdade de expressão na visão do pensador George Orwell:” Se a liberdade significa alguma coisa, será, sobretudo o direito de dizer às outras pessoas o que elas não querem ouvir”.

A VERDADE DOS FATOS. DOA A QUEM DOER

Explanaçãode Afro Lourenço diretor da Acert
Afro Lourenço, Diretor da Acert, ratificou alguns conceitos sobre a notícia e sua relação com profissão de jornalista, “O fato é a obra prima da notícia e o público quer que você diga o que de fato realmente aconteceu”. Lourenço falou sobre o papel transformador que o jornalista tem na sociedade. “A função do jornalista é nobre. Ele é capaz de mudar o curso da história. Doa a quem doer”, disparou Afro, citando o slogan usado pelo jornalista Cid Carvalho em seu programa de Radio diário no Grupo Cidade de Comunicação.

POLÊMICA: DEMOCRATIZAÇÃO NAS CONCESSÕES. 

Momento da apresentação do teaser do documentário
Com Vandalismo da Nigéria Filmes
“Há uma democratização na distribuição das redes de tevês pelo Brasil” A afirmação do Diretor da Acert, apimentou o Debate. O jornalista Pedro Rocha, apresentou dados do Coletivo Brasil de Comunicação Social (Intervozes) que apontam no sentido contrário. “No Brasil a mídia é monopólio de seis redes privadas com 138 grupos afiliados e 668 veículos entre Televisões, Rádios e Portais de Internet.” Iargo acredita que deve haver uma regularização democrática da mídia e um controle na distribuição dessas concessões principalmente para políticos. “O artigo 54 da Constituição Federal proíbe políticos de serem proprietários ou diretores de canais de TV e Rádio em firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, mais na prática isso não acontece”, alerta Pedro.

DIREITO DE RESPOSTA

A comunidade acadêmica compareceu em massa
 ao evento no Auditório da Via Corpvs.
Outro assunto polêmico no Debate foi direito de resposta. Estudantes de jornalismo presentes ao evento manifestaram sua indignação com alguns veículos de comunicação e seus critérios adotados para garantir a retificação do ofendido. O presidente da Acert esclareceu que o direito de resposta não é Lei e que os veículos aplicam o princípio da proporcionalidade. Ou seja, dar o mesmo espaço ou tempo de mídia utilizado pelo ofensor ao ofendido. 
Apuramos que já foi aprovado no Senado e foi encaminhado para a Câmera dos Deputados, projeto de autoria do senador Roberto Requião (PMDB-PR) que disciplina o exercício do direito de resposta ou retificação do ofendido por matéria divulgada, publicada ou transmitida por veículo de comunicação social. O texto, no entanto, não garante resposta a comentários de leitores feitos em sites dos veículos de comunicação.
OUTRAS PAUTAS DO DEBATE

A Neutralidade de Rede, um dos pontos principais do Marco Regulatório da Internet, recentemente sancionado pela Presidente Dilma, a liberdade dos jornalistas nas redações na aprovação das matérias em desacordo com a linha editorial do veículo de comunicação e a busca de alternativas de mídia com foco no jornalismo investigado, (como é o caso da Nigéria Vídeos que produziu o documentário Com Vandalismo durante as manifestações que ganharam as ruas em junho de 2013), também estavam na pauta de debates.

Assista  o vídeo completo Com Vandalismo em:  http://www.youtube.com/watch?v=KktR7Xvo09s


Por Uerbet Santos
Fotos: Tebreu


Fontes:
http://blog.opovo.com.br/pliniobortolotti/
http://intervozes.org.br/
https://www.facebook.com/Nigeriafilmes
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hip%C3%B3lito_da_Costa










2/18/14

SEMINÁRIO DE PRODUÇÃO CULTURAL (PARTE 2)



                                                                                   
PRODUTOR CULTURAL.  O FAZ TUDO.

O segundo dia do Seminário “Produção Cultural Formação e Mercado: Perspectivas e Conexões” foi pautado pelas palestras e debates sobre produção e mercado. Foi  consenso entre os participantes do evento que existe um hiato entre o fato de se produzir e colocar esse produto cultural no mercado. É como bater um escanteio e fazer o gol de cabeça. É nesse campo que o produtor cultural atua. Ele cria, planeja, produz, comercializa e gerencia todo o processo de execução do seu produto cultural. Mais nada disso se iguala ao fato de ter que encarar (o todo poderoso patrocinador), com aquele ar de pedinte de fim de feira, a cata de migalhas. A antropóloga, Rachel Gadelha, mediadora no 2º dia do evento falou sobre essa postura submissa do produtor, “Antes de tudo, o Produtor Cultural tem que ter ciência de estar oferecendo um produto e que o investimento feito pelo patrocinador naquele produto terá um retorno através, principalmente, da imagem institucional da marca do seu produto ou serviço”. Nada de ser visto como um coitadinho que esta precisando de Ajuda! 

PRODUTOR CULTURAL NÃO É PEDINTE.

À frente da Via de Comunicação e Cultura, empresa de eventos que organiza ha 15 anos o Festival Jazz e Blues de Guaramiranga, Rachel Gadelha falou com a propriedade de quem teve de enfrentar muitos desafios para fazer do seu produto cultural um sucesso de crítica e de público. “Tenho a impressão que os produtores ainda estão muito voltados para os Editais e Leis de Incentivo, mais acho que devem ir além, pois um projeto cultural é muito maior do que esse pequeno universo das Leis. Todo projeto deixa um legado, uma marca é isso que deve se ter em mente”, desabafa Rachel.

LABORATÓRIO DE INTELIGÊNCIA SOCIOCRATIVA


 De fato o produto cultural é um se vivo e múltiplo. É o que defende um dos palestrantes do evento, André Martinez, fundador do Laboratório de Inteligência Sociocriativa.  Nosso objetivo é realizar investigação-ação independente com o propósito de desenvolver métodos de design e gestão de projetos sociocriativos: empreendimentos, organizações, políticas, estratégias e arranjos que busquem inovação social de forma sustentável e a partir de fluxos e processos criativos”. Partindo do princípio de que projetos sociocriativos são sistemas vivos que podem gerar novas perspectivas, são articulados  teoria e prática participativa para estudar os campos convergentes da gestão cultural, do desenvolvimento sustentável e da inovação. “Os métodos pesquisados pelo nosso laboratório são abertos e podem ser adaptados a um amplo espectro de aplicações incluindo ativação territorial, planejamento sistêmico, monitoramento, avaliação, sustentabilidade no impacto social e participação comunitária”, explica André.

EXPANDIDO O MERCADO DA MÚSICA BRASILEIRA

Em contraponto à teoria criativa apresentada por André Martinez, o palestrante e comunicólogo David Macloughlin diretor da BM&A – Brasil, Música e Artes apresentou na prática o projeto Brasil Music Exchange, procura estimular atividades e trocas de experiências no mercado musical, com o objetivo de encorajar e organizar ações de difusão internacional de música brasileira, atraindo divisas ao Brasil, além de dar suporte às exportações através da ação cultural no exterior.
Bem humorado David fez uma análise do mercado fonográfico brasileiro e uma panorâmica sobre como o mercado internacional da música vê a música Brasileira.  “Com todo respeito a João Gilberto, mais para mercado americano e europeu a música brasileira se resume a Bossa Nova, o que não é verdade, temos que mudar isso”, dispara David.
David falou que para mudar essa visão obre a música brasileira lá fora, a BM&A conta com uma equipe especializada composta por profissionais qualificados e uma extensa lista de contatos. “o Brasil Music Exchange traz ao cenário musical uma nova visão de negócios, viabilizando ações voltadas para o desenvolvimento potencial do mercado”, concluiu.


                                        MUSICAL PROMETEMOS NÃO CHORAR

O Seminário de Produção Cultural, Formação e Mercado: Perspectivas e Conexões foi encerrado com a entrega de certificados aos participantes, um coquetel e a apresentação do Pocket do musical Prometemos não chorar, que aborda, de forma bem humorada e irreverente, o universo brega, fazendo um levantamento desde a década de 60 até os dias de hoje. Os 12 atores em cena contam uma história de três irmãs, Perfídia, Carol e Diana, que perdem o pai misteriosamente e têm sua fortuna roubada pela madrasta e sua filha e se veem obrigadas a trabalhar num clube local.

 Fotos: Tebreu
 Por Uerbet Santos
Uerbet@yahoo.com.br