3/09/13

MARKETING. QUE DIABO É ISSO?



O  MARKETING AO LONGO DA HISTÓRIA

Henry Ford ao lado de sua galinha dos ovos de ouro.
Lendo a série de artigos  retratando as cinco décadas do Marketing, percebe-se claramente que o Marketing, até chegar aos conceitos de hoje, passou por profundas fases e transformações. Nos anos 50, por exemplo, o foco era a produção, O exemplo maior dessa fase foram os carros  da marca Ford pretos vendidos por Henry Ford  a 500 dólares. Sobre o assunto Theodore Levitt (que em 1960, publicou A Miopia do Marketing, um artigo que revolucionou o modo de pensar os negócios), disse “Henry Ford  em um certo sentido, foi ao mesmo tempo o mais brilhante e o mais insensato homem de marketing da história americana. Ele foi insensato porque se recusou a oferecer ao consumidor outra coisa que não um carro preto. Ele foi brilhante porque forjou um sistema de produção desenhado para atender às necessidades de mercado. Nós habitualmente celebramos Ford pela razão errada: sua genialidade em produção. Sua real genialidade era em marketing.- Nós pensamos que ele foi capaz de cortar seu preço de venda e em consequência vender milhões de carros de 500 dólares porque sua invenção da linha de montagem tinha reduzido os custos. Na verdade, ele inventou a linha de montagem porque concluiu que a 500 dólares ele poderia vender milhões de carros. Produção em massa foi a consequência, e não a causa, de seus preços baixos".
Aí nascia o conceito de marketing, onde o foco estava no consumidor e suas necessidades e não na matéria prima.  Então eu poderia afirmar que o foco estava errado ao invés de priorizar o produto ou o vendedor como ponto básico para o sucesso da empresa, o norte seria se voltar ao consumidor alvo: o cliente. Fidelizá-lo, satisfazê-lo, entendê-lo, perceber seus anseios e desejos. Joseph O'Leary, sócio da Andersen Consulting acredita que o cominho do futuro nas relações de mercado é fazer o cliente sorrir.

O  Marketing passou de quantitativo para qualitativo
Regis McKenna,  autor do livro
M
arketing de Relacionamento,

Regis McKenna,  autor do livro Marketing de Relacionamento, por sua vez, deixa claro que, embora muitos continuem insistindo nos velhos esquemas de comercialização, a realidade é outra e o antigo modelo já não serve.”O marketing passou a ser qualitativo em vez de quantitativo, insistindo na necessidade de estabelecer um diálogo interativo com o cliente. Nenhuma agência de publicidade ou de relações públicas pode incumbir-se deste processo - ele deve estar sob a responsabilidade da alta administração. Num mercado baseado na diferenciação, os gerentes passam a comportar-se como autênticos empreendedores, aceitando o desafio de gerar novas ideias”.  De onde deduzo  que Marketing significa comunicar a personalidade de uma empresa, a fim de criar uma presença única e torná-la perfeitamente visível.
Outra visão revolucionária engrossa a fileira do foco no cliente. “Mais cedo ou mais tarde, as empresas descobrirão que lucratividade não se mede por produto e sim por cliente”. Quem afirma é a especialista em marketing personalizado Martha Rogers, uma das criadoras do conceito de marketing um a um. Marta, ao ser indagada sobre qual produto é melhor ou pior para ser personalizado, disse, “qualquer coisa que tenha a informação como componente é provavelmente muito fácil de personalizar, ou deveria ser.” E estendeu seu conceito a comunicação  personalizada com o cliente,   “E, ainda que o produto em si não possa ser personalizado, a empresa pode personalizar a comunicação com o cliente”, conclui.

 Marca. O maior patrimônio da sua empresa.
Coca Cola. A marca mais valiosa do mundo

O Conceito de foco no cliente faz da marca o maior patrimônio da empresa, ao longo dos tempos varias empresa nacionais e multi nacionais foram negociadas por somas vultosas, tendo como elemento de principal valor agregado a sua marca.  Segundo especialistas o poder de uma marca é reconhecido pelos reflexos de sua imagem. São as percepções de qualidade, status, conforto, beleza etc. E como calcular esse valor que não é palpável?  A consultoria internacional Interbrand pontua sete requisitos na sua avaliação sobre a marca que aliados aos resultados financeiros gerados pela marca (levantamento dos números relacionados às vendas atuais e futuras, margens de lucro, investimentos em publicidade e impostos, entre outros indicadores) chega-se finalmente ao valor final da marca.

Dentre os sete pontos de valorização de uma marca, os de maior relevância são a liderança e a internacionalização da marca. Na sequencia dessa escala de pontuação  vem longevidade, mercado, tendências, suporte e proteção legal.  A  lnterbrand e a revista Financial World a estimaram que a marca mais valiosa do mundo vale cerca de 48 bilhões de dólares. Sobre a pergunta, executivos da Coca Cola responderam num relatório anual  da diretoria "0 que nós sabemos é isto: se nossa companhia queimar até o chão não teremos problemas em emprestar dinheiro dos bancos e reconstruí-la com base apenas na força de nossa marca.". Portanto concluo que  marketing é isso ai, uma Coca colai: “ a construção de produtos e serviços que se tornem marcas registradas na memória e no desejo do consumidor”.  E parafraseando a Bayer : “Se é  Marketing é bom”.

Artigo por Uerbet Santos