3/22/16

Christiano Câmara. Um pedaço da memória de Fortaleza que se vai.


Crônica 

"Saudade o meu remédio é cantar".

Em meados dos anos 80, recém chegado em Fortaleza, fui apresentado a Christiano Câmara (foto) pelo saudoso Luciano Miranda. Desde então, o visitei sistematicamente, ora para realizar pesquisas, conhecer um pouco mais do seu acervo, ora para me deliciar com suas histórias sobre uma Fortaleza que não existe mais. Em meio a livros, discos, revistas e fotos, o que mais me encantava era o seu jeito simples e, principalmente, a sua empolgação com que ele derramava em palavras suas lembranças e vivenciais sobre os personagens da música, da poesia e da cultura cearense. Em um das entrevistas que fiz com o memorialista, ele me contou sobre um suposto romance entre a Ema do Parque e o Bode Oiô. Segundo Câmara, existia uma ema no Parque das Crianças. “O bode Oiô estava muito interessado nela”, relevou-me em meio a risos. Essa Informações depois me foi confirmada pelo também saudoso, Audifax Rios.  À época pensei em fazer um curta metragem sobre essa história, mais acabei engavetando o projeto.

Quem passava naquela Travessa, tranquila, do Centro da Cidade, ao lado do Passo Municipal, conhecida como Rua da Escadinha e depois entrasse na casa, cujo os fundos era banhado pelo Riacho Pajeú, de corredor cumprido, ladeado por fotos nas paredes, parecia entrar numa espécie de túnel do tempo, rememorando um passado ainda vivo sobre a Fortaleza dos tempos idos que não volta mais.

Christiano Câmara e Douvina mantinham o acervo cultural na casa da Rua da Escadinha; juntos há 59 anos (Foto: Reprodução/TV Verdes Mares)
O café da dona Douvina (foto), com que foi casado por 59 anos, não podia faltar para quem quer que lá chegasse. A companheira era quem cuidava do acervo particular do casal. Receptivo, o pesquisador servia de fonte para universitários, jornalistas, publicitários, roteiristas e cineastas, fotógrafos ou simplesmente curiosos à cata de particularidades sobre Fortaleza que só ele sabia. Sabia porque viveu. Sabia porque colecionava. Sabia porque amava o que fazia.


O rádio e os gramofones
Uma das paixões de Christiano era o Rádio.  Às tardes, em dos seus gramofones de época, não faltavam músicas dos “bolachões” de Ataúlfo Alves e Dalva de Oliveira e, principalmente de Marlene, considerada a estrela de Ouro do Rádio brasileiro, segundo Cristiano,  ela recebeu esse título no programa “César de Alencar” entre 1949 e 1951. “Foi lá, na Rádio Nacional, que Marlene ganhou o título de Rainha do Rádio, em uma acirrada disputa com Emilinha Borba, cantora de maior sucesso à época, relata o pesquisador.

A voz de Marlene imortalizou marchinhas e letras famosas. Do autor cearense, Humberto Teixeira, cantou “Qui nem Jiló”, escrita em parceria com Luís Gonzaga.   Um trecho dessa música é uma boa forma de homenagear Christiano Câmara, um pedaço da história de Fortaleza que se vai: “Saudade, o meu remédio é cantar”.

No link abaixo letra "Qui nem jiló" na íntegra  na voz de  Marlene.



Uerbet Santos

Fotos: Blog do Eliomar e Divulgação G1

1/12/16

Belém 400 Anos — marca marginal e hilária

Belém 400 Anos

sdf
Surgiu um grupo público no Facebook intitulado Concurso Belém 400 Logos para “zoar” ocertame oficial da Prefeitura Municipal de Belém que intenta escolher a marca comemorativa dos quatro séculos da fundação da cidade.
Apesar da maioria das ideias ter apresentações em colagens eletrônicas de um “dadaísmo” extemporâneo — ou seriam memes de Internet —, há uma pérola que caiu nas graças daquela rede social e ilustrou matéria do DiárioOnLine: Belém com os 400 anos associados às rodas da bicicleta de uma figura folclórica que cruza a cidade a desmunhecar e arrebitar a bunda para chamar a atenção da população.
O dono da zombaria, bem resolvida graficamente, é Celso Mendes e já há fotografia da produção de camisetas que certamente terá boa saída — será que ultrapassará os 20 mil Reais do primeiro prêmio? —, haja vista o número de curtidas no Face e a disseminação da imagem na WEB.

Enquanto a marginalidade é célere a oficialidade se embanana:
corel826
As cinco marcas finalistas do concurso oficial que, por ora, sumiram do site da PMB:
 Fonte: http://fauufpa.org/2015/07/04/belem-400-anos-marca-marginal-e-hilaria/

1/11/16

Assine a petição para incluir a história de Roberto Landell de Moura no Ensino Básico

Posted: 11 Jan 2016 11:22 AM PST

Assine a petição para incluir a história de Roberto Landell de Moura no Ensino Básico
Você sabia que, ao contrário do que costumam nos ensinar, não foi o italiano Guglielmo Marconi quem inventou o rádio? Pois é... Marconi inventou a telegrafia sem fio em 1895 e o seu aparelho não transmitia a voz humana. Mas, em 1899 e 1900, o padre brasileiro Roberto Landell de Moura (1861-1928) foi o primeiro no mundo a transmitir a voz humana à distância por meio de ondas de rádio – experiências públicas realizadas na capital paulista e fartamente comprovadas por documentos e notícias de jornais da época.
Entretanto, Landell ainda é um desses ilustres brasileiros quase desconhecidos da maioria da população. Foi pioneiro das telecomunicações. Patenteou o rádio no Brasil (1901) e nos Estados Unidos (1904), desenvolveu um projeto de televisão (1904) décadas antes da invenção oficial (1926)... Apesar de todos esses méritos, não recebeu apoio e nem patrocínio de ninguém e acabou no ostracismo em sua época.
É hora de o Brasil reconhecer a sua obra científica, pondo fim a uma injustiça histórica. Por isso, o objetivo desta petição é que a SEB – Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação inclua a vida e a obra de Roberto Landell de Moura na grade curricular do Ensino Básico.
Vale lembrar que em 21 de janeiro comemora-se o 155º aniversário do padre-cientista.

Eduardo Ribeiro - Jornalistas&Cia
eduribeiro@jornalistasecia. com.br


Fonte: AFN

1/10/16

FOLHA DE SÃO PAULO DESTACA QUE "O GOVERNO ELEVARÁ CRÉDITO VIA BANCO PÚBLICO"

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DOMINGO, 10 DE JANEIRO DE 2016
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