6/07/15

A judicialização do jornalismo

OPINIÃO

Por Sérgio Mattos em 26/05/2015 na edição 852
Texto apresentado ao 1º Encontro Justiça e Imprensa na Bahia, realizado em 20/5/2015, em Salvador (BA), promovido pela Associação dos Magistrados da Bahia (AMAB), Associação Bahiana de Imprensa (ABI) e  Sindicato dos Jornalistas Profissional do Estado da Bahia (Sinjorba)
Estamos atravessando um período em que o conceito de equilíbrio entre os Três Poderes, tal como concebido por Montesquieu em O Espírito das Leis está sendo posto em xeque, sofrendo  alterações,  devido ao fenômeno da judicialização do Estado. Como diz Ricardo Kotscho,
Com o enfraquecimento do Legislativo, dos partidos e das lideranças políticas, sindicais e empresariais, o Poder Judiciário foi aos poucos ocupando o espaço vazio para ordenar a vida nacional num processo que chegou ao auge no ano passado [2013] durante o julgamento do Mensalão, em que as leis vigentes passaram a ser apenas um detalhe. […] Depois da “politização do Judiciário”, chegou a vez da “judicialização da vida cotidiana”, como pudemos notar em vários fatos recentes nos quais, por qualquer motivo, as pendências na sociedade são encaminhas para os homens de toga decidirem sobre o que pode e o que não pode, o que é certo e o que é errado (KOTSCHO, 2014).
Neste novo cenário, o Judiciário tem assumido um papel de agente político, ocupando espaços nas áreas de atuação do Legislativo e do Executivo, no sentido de atender às necessidades sociais cada vez mais diversificadas. O chamado Quarto Poder também tem sido atingido pelo processo de judicialização, tanto de forma direta como indireta, gerando conflitos entre o judiciário, a imprensa e os jornalistas, quando entra em jogo as ameaças à liberdade de imprensa por meio da indústria de liminares que tem crescido, impedindo a publicação de material jornalístico, constituindo-se em verdadeiros atos de censura judicial.
O processo de judicialização tem atingido a imprensa também no que concerne às rotinas de produção de conteúdos através da, já denominada por alguns, como a “Judicialização da pauta jornalística” que de certa forma tem valorizado mais o Judiciário do que os outros dois poderes. Quem está em evidência na mídia brasileira nos últimos anos é o Poder Judiciário, o Supremo Tribunal Federal, os juízes e promotores que passaram a ser fontes diárias de matérias jornalísticas. Instituições como a OAB, advogados e juristas especializados nos mais diversos ramos do Direito passaram a ser fontes requisitadas ganhando cada vez mais espaço na mídia. No entanto, essa judicialização da pauta jornalística não eliminou os conflitos na relação entre o judiciário e a imprensa, muito pelo contrário. Isto porque existem os que afirmam que a mídia tenta influenciar as decisões da justiça com o peso da pressão da opinião pública e outros que se queixam da “censura jurídica”, apesar da Constituição vetar a censura (SILVEIRA, 2011).
A Constituição de 1988 assegura em seu artigo 5º, inciso XIV, o acesso à informação, resguardando-se o sigilo da fonte quando necessário ao exercício profissional, entre outros dispositivos que também tratam da atividade da imprensa.  Com relação à censura, a Carta de 1988 apresenta texto específico sobre comunicação social (capítulo V), em seu artigo 220, no qual afirma que a manifestação do pensamento não sofrerá nenhuma restrição e, nos parágrafos 1º e 2º, veda totalmente a censura, impedindo até mesmo a existência de dispositivos legal “que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística, em qualquer veículo de comunicação social”.
Apesar dessas garantias, a nossa Constituição, segundo Nelson Jobim, então no exercício a presidência do Supremo Tribunal Federal, é de “absoluta obscuridade no que se refere a conflitos entre direitos individuais e direito à informação”, o que na interpretação de juristas, torna-se difícil lidar com essa questão no âmbito da lei quando esses direitos estiverem lado a lado em um mesmo processo, porque são incompatíveis e opostos (MATTOS, 2005).  Diante disso surgem perguntas como as que o próprio ministro Nelson Jobim coloca: A liberdade de expressão sobrepõe-se aos direitos individuais? É possível compatibilizar os dois? Se não, algum deles sobrepõe-se ao outro?
Essas perguntas ainda estão sem respostas diretas, necessitando, segundo Jobim, de uma ampla discussão nacional “para resolver essa incompatibilidade, ou uma hierarquização desses dois direitos, e isso deve ser promovido pelos jornais, pois quem não cuida de si mesmo deixa os outros cuidarem”. Enquanto o debate nacional não esclarecer o conflito ficaremos a mercê de interpretações. A Constituição diz que “são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente da sua violação” (MATTOS, 2005, p. 19-20).
Árbitros da liberdade
O Código Civil, no artigo 20, diz que “salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização de imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se destinarem a fins comerciais”.
O artigo 21 completa a possibilidade de censura por intermédio da Justiça: “A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma”.
Considerando essa brecha jurídica foi que, durante o I Encontro regional de Liberdade de Imprensa, realizado em São Paulo, no ano de 2005, os participantes concluíram que “os meios de comunicação devem estar permanentemente atentos para que a busca a notícia nos casos que envolvam a privacidade das pessoas não desqualifiquem o direito à informação. É preciso respeitar os limites do bom senso, mas esses limites devem ser definidos pela própria mídia”(Jornal ANJ, março 2005, p.11). Foi recomendado ainda que os veículos de comunicação devem estar atentos aos artigos do Código Civil que permitem, na prática, a censura prévia.
Além de todas estas particularidades, deve-se destacar outra, tão danosa quanto a censura policial ou judicial, que é a concentração da mídia nas mãos de uns poucos grupos. Esta concentração de propriedade tem crescido mais ainda diante da convergência tecnológica, favorecendo aos conglomerados exercerem o poder de seleção, para não dizermos de censura, sobre o que deve ou não ser divulgado. A mídia tem denunciado ameaças à liberdade de expressão, ao mesmo tempo em que defende conceitos de liberdade de expressão e liberdade de imprensa, que numa análise mais apurada, podemos constatar que o que estão defendendo mesmo é a liberdade de empresa.
Apesar de a censura oficial, formal e regimental ter acabado com a promulgação da Constituição de 1988, continuam a existir variadas e novas formas que visam o controle do fluxo da informação e ou do seu conteúdo por meio da manipulação sutil da informação, quando a imprensa perde a capacidade de estabelecer diferenças e passa a trabalhar os fatos baseando-se em generalizações; por meio do constrangimento, da omissão (autocensura) e da indiferença, que a meu ver é a pior de todas as formas de censura porque pode ser praticada abertamente por qualquer pessoa física ou jurídica e independe de leis. Um dos principais problemas de censura enfrentados pela imprensa brasileira refere-se às decisões e interpretações da Justiça.
Desde 2009, quando a Lei de Imprensa foi extinta e a cassação do diploma de jornalista efetivada, como sendo resquícios da ditadura, que a prática do jornalismo ficou mais vulnerável, devido ao volume de ações ajuizadas contra jornalistas e seus veículos com o objetivo de intimidação. A Constituição de 1988, em seu artigo 5º, inciso IV reconhece a liberdade de pensamento como direito fundamental e assegura a plena liberdade de imprensa.
No entanto, a cada escândalo ou denúncia veiculada pela imprensa surgem inúmeras ações ajuizadas contra jornalistas e veículos de comunicação que resultam no impedimento da publicação de notícias sobre tal pessoa ou tal assunto, na retirada imediata dos conteúdos disponibilizados em plataforma digital (sites e blogs na internet), seguido da condenação da reportagem e de seu autor por crime e danos morais calúnia, injúria e difamação, inibindo a imprensa, disseminando a autocensura e subjugando os veículos economicamente mais frágeis.
É por isso que a censura e a judicialização da imprensa continua despertando as atenções dos pesquisadores, com a produção de estudos específicos e os debates em torno desses temas têm sido frequentes. As estatísticas são os fundamentos para esses estudos, debates e encontros.
Atualmente, 2015, qualquer pessoa hoje pode entrar com processos de qualquer natureza contra um jornal ou um jornalista na tentativa de intimidá-los.
Há alguns anos, a revista eletrônica Consultor Jurídico veiculou matérias abordando a assustadora judicialização da imprensa. Segundo o levantamento realizado pela ConJur, em 2007 havia praticamente uma ação para cada jornalista de um grande grupo de comunicação (3.133 processos para um universo de 3.237 profissionais que exerciam jornalismo nas princípios empresas de comunicação (FIDALGO,2014).
Apesar de inúmeras demandas contra a imprensa com o objetivo de intimidar e impedir a veiculação do noticiário, não se pode deixar de reconhecer que os Tribunais de Justiça têm corrigido a maioria dessas violações constitucionais e são poucos os processos deferidos. No entanto, devido ao descompasso entre a abertura do processo e a sua decisão final, o mal já foi feito, atingindo principalmente a figura do jornalista que intimidado pode adotar a partir daí a prática da autocensura.
Na Bahia, nos últimos anos temos acompanhado inúmeras tentativas de cerceamento da liberdade de imprensa com o ajuizamento de inúmeras ações nas quais tentam processar apenas o jornalista como pessoa física, deixando muitas vezes a empresa de comunicação fora do processo, numa ação de intimidação para fazer calar o profissional e estimular a prática da autocensura. A título de exemplos citarei apenas dois casos. Um acontecido em 2008, quando só a Igreja Universal entrou com 35 ações contra o jornal A Tarde e contra um de seus repórteres, o jornalista Valmar Hupsel, em várias cidades brasileiras.
Outro caso, mais recente, ocorrido em 2014, quando empresários imobiliários da Bahia ajuizaram ações contra  o jornalista de A Tarde, Aguirre Talento,em três varas distintas contra o mesmo profissional pelo fato dele ter denunciado que eles (os empresários) estavam destruindo o resto da Mata Atlântica de Salvador. O juiz da 15ª Vara Criminal acatou as acusações de calúnia, injúria e difamação contra Aguirre Talento, condenando-o à pena de seis meses e seis dias em regime aberto revertida em prestação de serviços à comunidade e pagamento de 10 salários mínimos para reparação dos danos causados. Considerando este fato como tentativa de intimidação, de atentado à liberdade de imprensa, jornalistas, reunidos em Maceió, em abril de 2014 aprovaram moção de repúdio apresentada pelo SINJORBA, da qual transcrevemos trecho a seguir:
Os jornalistas reunidos no 36º Congresso Nacional dos Jornalistas realizado em Maceió, Alagoas, manifestam veemente repúdio à sistemática perseguição que vem sendo empreendida por empresários do setor imobiliário baiano, que processam as pessoas físicas dos jornalistas baianos, sem processar a empresa A Tarde que publicou as reportagens sobre a destruição da Mata Atlântica em Salvador, nos últimos cinco anos. São alvo das ações os repórteres Biagio Talento, Regina Boschichio, Patrícia França, Vitor Rocha, Felipe Amorim, Aguirre Talento e Valmar Hupsel Filho, este alvo de uma ação civil com pedido de indenização de R$ 1 milhão (BLOG DE JADSON, 2014).
Estamos hoje (20/05/2015) aqui reunidos, neste 1º Encontro Justiça e Imprensa na Bahia, para discutir aspectos da relação entre a Justiça e a Imprensa, o que louvamos, parabenizando as instituições promotoras do evento, ABI, AMAB e SINJORBA, além dos profissionais envolvidos na organização do mesmo. No entanto, queremos deixar bem claro que somos contra todo e qualquer tipo de cerceamento da liberdade de expressão e da liberdade de informação, pois a censura é a ferramenta usada para defender os interesses políticos e econômicos do momento. A censura sempre foi usada para isso, para manter o status quo, dos interesses políticos e interesses econômicos.
A censura nunca foi defendida por ninguém de sã consciência, pois ela só interessa àqueles que carregam o espírito arrogante dos ditadores. A censura é um instrumento por meio do qual se pode manipular a realidade e, exatamente por isso, ela deve ser execrada.
Diante do exposto, o que não podemos aceitar, sem protestar, é a postura adotada por alguns juízes, que tem se arvorado como árbitro da liberdade de imprensa e por meio de liminares vem amordaçando a mídia e intimidando os profissionais.
Referências
BLOGDEJADSON. Empresários imobiliários da Bahia esbanjam arrogância contra jornalistas e a liberdade de expressão. Disponível aqui, acesso em 15/05/2015.
JORNAL ANJ. Liberdade de imprensa: Rede revela pressões e ameaças. Brasília, Associação Nacional dos Jornais, mar., 2005, p.11.
FIDALGO, Alexandre. Indústria de liminares ainda ameaça liberdade de imprensa. Disponível aqui, acesso em 15/05/2015.
KOTSCHO, Ricardo. Os perigos da judicialização da vida cotidiana. Disponível aqui, acesso em 15/05/2015.
MATTOS, Sérgio. Mídia controlada: a história da censura no Brasil e no mundo. São Paulo: Editora Paulus, 2005.
SILVEIRA, Santamaria Nogueira. Conflitos entre Judiciário e Imprensa estão mais expostos. In Consultor Jurídico, setembro 2011. Disponível aqui, acesso em 15/05/2015.
***
Sérgio Mattos é jornalista diplomado, mestre e doutor em Comunicação, professor da UFRB e autor de vários livros, dentre os quais Mídia Controlada (2005), O Contexto Midiático (2009),Jornalismo, Fonte e Opinião (2011)

6/06/15

RENATO ROSENO AFIRMAR SER A FAVOR DO ABORTO E DA LEI DA PROSTITUIÇÃO.


“É MELHOR REGULAR QUE DISCRIMINAR”

        O Deputado  Estadual Renato Roseno (PSOL-CE) falou sobre temas polêmicos que envolvem a sociedade brasileira, entre eles o aborto e o Projeto de Lei 8213/1991 de autoria do deputado federal Jean Wyllys que regulamenta entre outros assuntos, a aposentadoria para as prostitutas aos 25 anos, a legalização das casas de prostituição, o qual se posicionou favorável a um amplo debate com a participação das “profissionais” do sexo. “Todos nós temos direitos fundamentais estabelecidos. Direitos sociais e direitos previdenciários e eu apoio, o combate a formas de exploração ou seja temos que tirá-las da clandestinidade mas sobretudo ouvi-las”, explica.

REGULAÇÃO OU ABOLICIONISMO?

Mais de 40 milhões de pessoas no mundo se prostituem,
 segundo um estudo da fundação francesa Scelles

Ainda sobre a Lei da Prostituição, o parlamentar disse que o foco da questão está em discutir a melhor forma de abordar as soluções para o tema. Regulação ou abolicionismo? “Países como Alemanha e Holanda adotaram o sistema de regulação, já Espanha e Suécia optaram pelo abolicionismo. Eu sou a favor da regulação. É melhor regular condutas que mantê-las na clandestinidade”, afirma.
Sobre a falta de legalidade ele citou o exemplo das casas de prostituição. “Se você fizer uma pesquisa na secretaria de segurança pública do Ceará vai constatar que ninguém é apenado pela pratica do rufianismo (manter casas de prostituição), onde o perfil é quase sempre formado por mulheres pobres oriundas de circuitos de pobreza e na maioria das vezes menores de idade”, esclarece.

ABORTO

No Brasil, o aborto é  uma crime, de acordo com o
Código Penal Brasileiro, em seus Artigos 124, 125 e 126.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde - OMS, nos últimos 15 anos observou-se uma queda no número de abortos praticados no mundo: de estimados 46 milhões em 1995 para 42 milhões em 2003. Sobre o tema, legalização ou não do aborto, o deputado disse ser favorável, E justificou sua posição pró-aborto. “Mesmo respeitando toda fé e os aspectos morais e teológicos que envolvem essa temática, não podemos admitir que milhares de mulheres, principalmente adolescentes, sejam submetidas a carniceiros e que essas cirurgias sequer são contabilizados no Sistema Único de Saúde”, declara.

DEFESA DA MULHER
Renato Roseno informou também que essas questões envolvendo a mulher, principalmente as crianças e as adolescentes estão contempladas no plano de governo do seu partido. “A melhor estratégia é regular condutas para trazê-las a luz da sociedade para dar-lhes educação sexual, planejamento familiar, acesso a métodos contra conceptivos e nos caso em que precisem um aborto legalizado”, conclui.

Uerbet Santos
Foto: Divulgação


Duelo de Titãs ou o Inferno de Dante?

(Artigo)
Duas semanas depois de voltar a ser campeão cearense de futebol 2015, acabando com um jejum de quatro anos sem levantar a taça, o Fortaleza Esporte Clube fez a sua carreata da vitória pelas principais avenidas da capital cearense. Durante o trajeto alguns incidentes foram registrados, mas nada que se compare às cenas lamentáveis de violência registradas no gramado da Arena Castelão, após o Tricolor de Aço conquistar o título, divulgadas pela imprensa local com destaque nacional. Especialista buscam explicações para os atos de vandalismo e selvageria que apagaram o brilho do espetáculo e mancharam a imagem da torcida alencarina construída nas Copas das Confederações e do Mundo, considerada uma exemplo de bem torcer. Qual foi o estopim do episódio? Quem é ou quem são os culpados por tamanha barbárie?

Questionamentos à parte, vou me ater a um momento relevante que precisa ser observado, e que a meu ver foi decisivo, para o ato de truculência da torcida com ela mesma, com o patrimônio e com os profissionais da impressa que lá estavam. Me refiro ao fato atípico ocorrido nessa decisão entre Ceará e Fortaleza. Aos 45 minutos um time é campeão e no minuto seguinte deixa de sê-lo. Ou, aos 45 minutos um time já quase campeão, leva um gol que dá o título para o adversário e no “apagar das luzes” ressurge das cinzas para a glória.



Essa alternância de possibilidades se assemelha com “A Divina Comédia”, obra do escritor Dante Alighieri, onde os versos do poema narram a jornada do personagem Dante que, guiado pelo espírito do poeta Virgilio, viaja para o inferno, passa pelo purgatório até conseguir chegar ao paraíso onde está sua amada Beatriz.
Essa troca quase instantâneas de gritos de “é campeão” possibilitou a permanência das duas torcidas até o final do evento. Um bloco sólido de pessoas alternando emoções. Ora eufóricos, em êxtase, ora pasmos, indiferentes e revoltos. Em uma disputa normal de final de campeonato, onde um dos lados tem vantagem em números de gols e o time em desvantagem não tem forças para reagir, a torcida é a primeira a “jogar a toalha”, “pedir pinico”, “pegar o beco”, como queiram. 
Mas naquele tarde de domingo não foi assim. Foi diferente. Foi surpreendente. Foi inusitado.  Todos “só arredaram o pé” do estádio depois do apito final. A partir daí um turbilhão de emoções antagônicas vieram à tona. Alegria e tristeza. Entusiasmo e decepção. Amor e ódio. Mansidão e revolta. Cidadania e bandidagem.  Tal qual o inferno descrito por Danti na Divina Comédia, composto de nove círculos, cada qual com seu tipo de punição. No quinto círculo infernal, por exemplo, Dante e Virgílio chegam ao Rio de Sangue Fervente onde são castigados os irados. Já no sétimo círculo, eles se deparam com o Minotauro de Creta, guardião dos três vales, onde são punidos os culpados por violência. Esse passeio quase instantâneo entre o céu e o inferno deu no que deu:  a panela de pressão estourou. Resultado: o Duelo de Titãs se transformou no Inferno de Dante. 

Uerbet Santos
Fotos (Reprodução da Internet)

6/04/15

ROBERTO CLÁUDIO PARTICIPA DO FÓRUM MUNDIAL DOS PREFEITOS NOS EUA

O prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (Pros), embarcou ontem para viagem aos Estados Unidos (EUA), onde vai participar como conferencista do Fórum Mundial de Prefeitos, atendendo convite do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF). Roberto Cláudio participa de painel sobre transporte e mobilidade junto com os prefeitos de Roma (Itália) e Pitysburg (EUA). Ele ainda participa de uma mesa redonda sobre as melhores práticas de inclusão social na América Latina junto com o prefeito de Medelin (Colômbia), Guayaquil (Equador) e o prefeito da cidade do Panamá (República do Panamá, na América Central). 

AUDIÊNCIA PÚBLICA

Roberto Cláudio também terá audiência com o ex-prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, para tratar sobre o programa que está sendo desenvolvido em Fortaleza e que terá duração ao longo de cinco anos pela Fundação Bloomberg, e que busca aumentar a segurança viária e reduzir as mortes e lesões causadas por acidentes de trânsito.
Na prática, o programa vai oferecer à Fortaleza assistência técnica de especialistas globais em segurança viária, inclusive com treinamento para agentes e setores de inteligência do trânsito, campanhas educativas, ações de redução de acidentes, estímulo ao uso de bicicletas nos deslocamentos urbanos e corredores exclusivos de ônibus. 
Além de Fortaleza, somente São Paulo e Bogotá, na Colômbia, foram escolhidas na América Latina para participar do programa da Bloomberg Philanthropies, que pretende tornar as cidades mais seguras. As cidades foram escolhidas a partir de um grupo de 20 candidatas.

SEGURANÇA VIÁRIA
Hoje, três técnicos especialistas em segurança viária trabalham em tempo integral na Prefeitura de Fortaleza junto com profissionais do Programa de Ações Imediatas de Trânsito e Transporte (PAITT), do setor de inteligência da Autarquia Municipal de Trânsito (AMC) e do corpo técnico da Secretaria Municipal de Infraestrutura (SEINF).

Também consta na agenda oficial de Roberto Cláudio nos Estados Unidos, a assinatura de um convênio que envolve a Prefeitura de Fortaleza, a Universidade de Fortaleza e a Universidade do Arizona. O retorno está marcado para 11 de junho.

Fonte ( Assecom-PMF)

5/31/15

GLOBALIZAÇÃO É TUDO, MAS NÃO É CEM POR CENTO


Artigo (Globalização. Socialismo e Terrorismo)

A globalização é sem dúvidas um dos principais fenômeno do mundo contemporâneo. A meu ver, precede da ideia de unificação de mercados. O que antes, era chamado de conquistas de além mar, como na época dos navegadores, hoje é sinônimo de agilidade de comunicação E unificação de padrões internacionais sobre determinados produtos e serviço. O aspecto multifuncional da globalização torna-a una. Um único planeta. Uma única célula onde os corpos gravitam. Um fator que proporcionou esse crescimento da globalização foi o fim do socialismo com a queda da União soviética e consequente ascensão do capitalismo americano. Um modelo mais ágil e dinâmico onde o centro das atenções era o capital e não o social.

TERRORISMO VERSOS GLOBALIZAÇÃO

Mas no mar da globalização nem tudo são flores. Nos anos 90, diversas culturas, principalmente as culturas étnicas e religiosas do oriente médio e da Ásia,  se colocaram contra essa aldeia global, onde os modismos e produtos americanos ganhavam o mundo e interferiam casa vez mais no jeito de ser de cada povo. O resultado iminente dessa intromissão cultural americana em signos tradicionais ao redor do mundo, foi “virar o nariz” para o capitalismo e sua política de globalização de mercados e culturas. As nações que se sentiram feridas fizeram retaliações ao que chamavam de “o grande vilão ou demônio do ocidente” Resultado: ações terroristas começaram a acontecer em oposição a esse modelo de nações sem fronteiras impostas pelo capital globalizado, culminando com o famoso atentado de 11 de setembro nos EUA.

Mas faço aqui uma pergunta sobre o poderio do capitalismo no mundo e sua influência enquanto processo globalização, seja na cultura, na economia, na sociedade cultural ou religiosa. Será que cem por cento da população mundial está sobre os efeitos da globalização? Penso que não é unanimidade. Temos hoje pelo mundo diferentes culturas, que não estão integradas a esse modelo padrão de consumo. E portanto são discriminadas e carecem de um olhar especial.  Para refletir. É isso!
                                                                                    (Uerbet Santos)


5/30/15

O POVO NOVO DE NOVO

O Povo estreia amanhã sua inovadora edição dominical.Passa a se chamar OPovo.dom. A diretora executiva de Redação de O Povo, Ana Naddaf, diz que o novo projeto se baseou em três pilares: Revitalizar a grande reportagem;Investir no jornalismo analítico;“Seduzir o leitor” contando boas histórias. O Povo.dom tem uma divisão por eixos temáticos. 
O Vida&Arte está de volta aos domingos de O Povo.Os suplementos Esportes, Empregos, Ciência&Saúde, People e Buchicho permanecem com o mesmo formato. 

Fonte: Agência Fortaleza de Notícias


5/29/15

ESCOLA DE TEMPO INTEGRAL

(Da redação)
O vereador de Fortaleza  Vaidon Oliveira e o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, estiveram presentes nesta sexta-feira (29), às 9h30, em evento para a assinatura da ordem de serviço para a construção de 23 Escolas de Tempo Integral (ETI) para o município. O vereador a teve a garantia do prefeito  que será construída uma ETI na Avenida Zezé Diogo, no Bairro do Porto, ao lado do Campo do Paulista / Creche Anexo e outra na Rua Antonio Bandeira, no bairro Praia do Futuro II.

5/26/15

DISCUTINDO A DEMOCRATIZAÇÃO DA COMUNICAÇÃO


O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará (Sindjorce) realiza nesta terça-feira, 26 de maio, data do seu aniversário de 62 anos, a Tribuna Livre pela Democratização da Comunicação. O evento tem a parceria dos movimentos social e sindical e ocorrerá às 16 horas, na Praça da Imprensa (Av. Desembargador Moreira, S/N – Dionísio Torres). 

4/11/15

SHOW DO MICKEEY




CIA CEARENSE DE MOLECAGEM 
ENCENA SHOW DO MICKEY

O RATINHO MAIS FAMOSO DO MUNDO APRESENTA O SEU SHOW PREFERIDO.
MUSICAS LINDAS E DANÇAS VIBRANTES DARÃO O RITMO DE ALEGRIA A ENCENAÇÃO. UM SHOW QUE PROMETE SURPRESAS, ENCANTAMENTOS E ANIMAÇÃO. OS PERSONAGENS MAIS CONHECIDOS DO UNIVERSO INFANTIL SERÃO A ATRAÇÃO ESPECIAL NESSE SHOW DE ENCANTAMENTO.

TOY STORY, A PEQUENA SEREIA E ALADIM SÃO ALGUMAS DAS HISTORINHAS QUE DARÃO VIDA A ESSE ESPETÁCULO DE EMOÇÃO, BELEZA, CORES E LUZES. AS ENCENAÇÕES CICERONEADAS POR DONALD, MINIE, PATETA E O FAMOSO MICKEY VÃO LEVAR OS PAPAIS, MAMÃES E TODA A CRIANÇADA A UM UNIVERSO ONDE A IMAGINAÇÃÉ O CARRO CHEFE. UM INESQUECÍVEL SHOW COM DIREITO A INTERAÇÃO E ACIMA DE TUDO FELICIDADE.  


FICHA TÉCNICA DIREÇÃO – Carri Costa
CENOGRAFIA / FIGURINOS / ADEREÇOS – Oficina de Arte
PROGRAMAÇÃO VISUAL – Everardo Matos
PRODUÇÃO – Socorro Amarante / Carri Costa

3/30/15

FESFORT

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INSCRIÇÕES ABERTAS ATÉ 4 DE ABRIL DE 2015! 20 ESQUETES SURPREENDERÃO MAIS UMA VEZ O PÚBLICO CEARENSE. PARTICIPE, DO ÚNICO FESTIVAL DE TEATRO CEARENSE ININTERRUPTO DESDE A SUA CRIAÇÃO.

CONFIRA O REGULAMENTO E ENTRE EM CONTATO: (85) 3219-9493 - 85172301 - fesfort1@gmail.com .
Informações adicionais: Teatro da Praia: Rua José Avelino, 662 – Centro – Fortaleza/CE.(85) 8517 2301 E-mail: carricosta@hotmail.com.br
UM BREVE HISTÓRICO
Em 1997 no intuito de comemorar um ano da inauguração oficial do TEATRO DA PRAIA, a Cia. Cearense de Molecagem decide realizar um festival de teatro. Surge então sob a coordenação dos atores Carri Costa e Eddie Ferreira, o Festival de Esquetes de Fortaleza, o FESFORT. Para estimular os nossos artistas premiamos os destaques da primeira edição com o troféu TEATRO DA PRAIA, substituído nos anos seguintes pelo troféu GASPARINA GERMANO, uma justa homenagem a atriz cearense ícone das décadas de 30 e 40. A cada ano homenageamos um baluarte do fazer teatral e em 2015 teremos como agraciado o ator, diretor e dramaturgo ILCLEMAR NUNES.

REGULAMENTO

A CIA. CEARENSE DE MOLECAGEM em parceria com O TEATRO DA PRAIA e a APTECE - ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES TEATRAIS DO CEARÁ, objetivando criar espaço para que os teatreiros experimentem textos/roteiros, linguagens cênicas e produções com plena liberdade de criação, tornam público à abertura das inscrições do 19º 
FESFORT - Festival de Esquetes de Fortaleza.

O PERÍODO

·         O Festival acontecerá nos dias 05, 06, 07, 08, 09, e 10 de Maio de 2015 no Teatro Dragão do Mar. 

INFORMAÇÕES: (85) 32441934 - 85172301 - fesfort1@gmail.com 

INSCRIÇÕES

·         Os grupos interessados em participar deverão fazer suas inscrições de 04 de Fevereiro a 04 de Abril de 2015 enviando e-mail parafesfort1@gmail.com; anexando:


1 – Ficha de inscrição completa;

2 – Texto da encenação;

3 – Proposta de encenação do esquete (explicação sobre a concepção e meios utilizados pelo diretor para a montagem do esquete.

4 - Sinopse do esquete; resumo da história;

5 - Autorização de direitos autorais do texto. (Com assinatura)

6 - Comprovante de depósito da Taxa de Inscrição;


·         Será cobrada uma taxa de inscrição no valor de R$ 35,00 por texto/grupo. 



·         Poderão inscrever-se no Festival, grupos de teatro, atores e atrizes amadores e profissionais de todo o Brasil.  

·         Não podem inscrever-se grupos dos quais participem os jurados e os organizadores.

·         Cada grupo deverá ter seu representante responsável pela inscrição e comunicação com a Produção do Festival.

·          Cada grupo poderá se inscrever com quantas esquetes desejar, o que poderá ocasionar a seleção de mais de uma esquete por grupo.

·         A inscrição será efetivada quando for confirmado o depósito. A Produção enviará um e-mail ao responsável de cada grupo confirmando a efetivação de sua inscrição.

·         A  taxa não será devolvida caso o grupo não seja selecionado ou em caso de desistência.

·         O material enviado pelo grupo fará parte do acervo do Festival.

TEMAS
·         O tema é livre, portanto serão aceitos textos inéditos ou consagrados, incentivando assim a pesquisa sobre teatro e a divulgação de novos dramaturgos. Não há distinção em relação à linguagem cênica, podendo competir esquetes de qualquer estética.

A SELEÇÃO

·         Serão selecionados 20 (vinte) esquetes que se apresentarão entre os dias 05 e 09 de Maio (quatro grupos por dia)
·         Os grupos inscritos serão selecionados por uma comissão de 3 curadores de notório conhecimento da área teatral.
·         O resultado da classificação será anunciado no dia 11 de Abril
·         Todas as decisões dos selecionadores são soberanas e não caberá recurso.

APRESENTAÇÕES E BILHETERIA

·         Os espetáculos selecionados serão exibidos numa sessão única. 
·         A data, a ordem e o local de apresentação serão sorteadas em reunião no dia 13 de Abril, sendo indispensável à presença do(a) representante do grupo.
·         A comissão organizadora disporá de equipe de apoio técnico, sem, no entanto, responsabilizar-se por montagem e desmontagem dos cenários que deverá ocorrer logo após as apresentações.
·         A Renda da Bilheteria, caso tenha, será destinada ao custeamento de despesas do Festival
·         Cada grupo selecionado terá no máximo 20 (vinte) minutos para cada apresentação.
·         Os grupos deverão se adaptar às condições técnicas (som, luz e maquinaria) oferecidas pelo Festival. 
·         As datas das apresentações serão:

1º DIA: 05 de maio (segunda feira) - 4 grupos

2º DIA: 06 de maio (terça feira) - 4 grupos

3º DIA: 07 de maio (quarta feira) - 4 grupos

4º DIA: 08 de maio (quinta feira) - 4 grupos

5º DIA: 09 de maio (sexta feira) - 4 grupos

·         No momento da apresentação, deverá haver um membro do grupo na cabine de luz e som (caso necessário) para dar as orientações.

A PREMIAÇÃO

·         Acontecerá no dia 10 de Maio (domingo)

·         A Esquete vencedora do Júri Popular se apresentar no encerramento.

·         O Júri do 19º FESFORT reserva-se ao direito de não premiar quaisquer dos itens que julgar aquém das expectativas, bem como criar novos prêmios. Serão concedidos na noite de encerramento do Festival prêmios para:

o    ESQUETE (júri oficial) – troféu e R$ 2.000,00
o    ESQUETE (júri popular) - troféu  e R$ 1.000,00
o    DIREÇÃO - troféu e 500,00
o    ATOR - troféu – 500,00
o    ATOR COADJUVANTE - troféu
o    ATRIZ - troféu e R$ 500,00
o    ATRIZ COADJUVANTE - troféu
o    TEXTO ORIGINAL - troféu e R$ 500,00
o    TEXTO ADAPTADO - troféu
o    FIGURINO - troféu
o    MAQUIAGEM - troféu
o    CENÁRIO – troféu
o    ILUMINAÇÃO – troféu
o    SONOPLASTIA - troféu


A possibilidade de premiação em dinheiro ficará condicionada a recebimento de recursos provenientes de patrocínios concedidos bem como a retenção dos impostos devidos.
Informações adicionais: Teatro da Praia: Rua José Avelino, 662 – Centro – Fortaleza/CE.(85) 3219-9493 /  8517-2301. E-mail: carricosta@hotmail.com.br
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César A. Martín. 
Jornalista - Assessor de Imprensa. 
Agencia GPM - Comunicação e Imprensa.
Telefone: OI 
(85) 88577501/ 97023911 TIM /91644381 CLARO.
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