2/28/25

RECONHECIMENTO - Professor Miranda será homenageado com a maior honraria do esporte

Ele completou 73 anos nesta quinta-feira (27)


O plenário da Assembleia Legislativa do Maranhão aprovou nesta quinta-feira, 27, durante sessão ordinária, a concessão da Medalha José Ribamar de Oliveira (Canhoteiro) ao ex-atleta, ex-técnico e campeão de basquete em várias oportunidades, José de Ribamar Miranda, mais conhecido como Professor Miranda ou Gafanha.

A Medalha trata-se da maior honraria na área do esporte concedida pelo Palácio Manuel Beckman.

A proposição, de autoria do deputado Fernando Braide (SDD), através do Projeto de Resolução Legislativa nº 017/25, foi aprovada unanimemente.

Professor Miranda, nesta quinta-feira, completou 74 anos.

Ele esteve presente no plenário Nagib Haickel e agradeceu ao deputado Fernando e demais parlamentares.

A data da entrega da honraria ainda será marcada.

“Honraria mais do que merecida pelo trabalho que Professor Mirandão promoveu pelo esporte ao longo de décadas”, afirmou o 1º vice-presidente da Casa, deputado Antônio Pereira (PSB).

“José de Ribamar Silva Miranda, mais conhecido como “Gafanhoto”, é uma das figuras mais emblemáticas do basquete maranhense. Sua trajetória passa pelo esporte como atleta, técnico e gestor, deixando um legado significativo para o desenvolvimento da modalidade no estado. Em 1969, Miranda fez história ao se tornar o primeiro atleta a realizar uma “enterrada” nos aros do Ginásio Costa Rodrigues, um feito marcante para o basquete do Maranhão. Como jogador, integrou a seleção maranhense, conquistando o campeonato Norte Nordeste e vencendo os Jogos Escolares Maranhenses (JEM’s). Após encerrar a carreira de atleta, dedicou-se à função de técnico, formando e inspirando novas gerações de jogadores. Entre 1978 e 1982, foi o primeiro coordenador de esportes da Secretaria de Estado do Esporte e Lazer (SEDEL), acompanhando de perto a construção e implantação do Estádio Castelão e de seu complexo esportivo. Sua atuação foi essencial para o fortalecimento do esporte no Maranhão, especialmente na base, onde sempre acreditou que estava a chave para o sucesso”, disse Fernando Braide.

“Professor Miranda sempre defendeu a importância da iniciação esportiva, deixando uma de suas frases mais marcantes: “As Escolinhas sempre foram, e sempre serão, o primeiro passo para o Ouro”! Seu compromisso com a formação de novos talentos e o desenvolvimento do basquete no estado fez dele uma referência não apenas como atleta e técnico, mas também como educador e gestor esportivo. Em fevereiro de 2025, reafirmou sua dedicação ao esporte organizando o “I Encontro de Ex-Atletas e Amigos do Ginásio Costa Rodrigues”, reunindo gerações que ajudaram a construir a história do basquete maranhense. A trajetória de José de Ribamar Silva Miranda é um exemplo de paixão, dedicação e pioneirismo, consolidando seu nome na história do esporte do Maranhão”, completou o parlamentar.

No último fim de semana, Professor Miranda realizou, com muito sucesso, o I Encontro de Ex-Atletas e Amigos do Ginásio Costa Rodrigues, tradicional praça esportiva inaugurada na década de 60 no Centro da capital maranhense.

O evento foi prestigiado por centenas de ex-desportistas e autoridades, como o governador Carlos Brandão (PSB).


Da redação
Foto: Reprodução/ Internet

2/24/25

CULTURA - César Nascimento dá voz à marchinha do Bloco Caranguejo Depilado


A música é uma das quatro faixas do EP que o artista lançou para alegrar a folia momesca.



Caricatura de Cesar Nascimento, por Nuna Neto


 Em seu primeiro ano de existência, no estilo “concentra mais não sai”, o Bloco Caranguejo Depilado, reúne a moçada alternativa no final da Rua do Ribeirão (Bar da Sueni), do Centro Histórico de São Luis e já se destaca pela criatividade de suas marchinhas.

Uma delas, de título homônimo do Bloco, integra o EP ‘Cesar Nascimento no Carnaval’. O artista, maranhense de coração, piauiense de nascença e radicado na cidade serrana de Petrópolis, no Rio de Janeiro, topou dar voz à marchinha a convite dos organizadores do Bloco e pela originalidade da ideia.

“Conversando com Luís Noleto [um dos organizadores do Bloco e diretor da Rádio das Tulhas], ele me disse que o Bloco foi inspirado na Rosana Cardoso, uma querida amiga do pessoal da Cultura que cozinha muito bem. E toda vez que ela vai fazer uma caranguejada, pega um aparelho de barbear e depila as canelas dos caranguejos [risos]. Noleto me apresentou quatro marchinhas, todas muito boas, eu escolhi musicar e cantar a marchinha que leva o nome do Bloco, criada por Paulinho Lopes”, detalhou Cesar Nascimento.
O artista foi responsável pela produção e direção musical, arranjos, mixagem e masterização da música Caranguejo Depilado e assinou com sua esposa (Renata Gaspar) e seu filho (Ícaro Gaspar) as vozes da marchinha. Bruno Guimaraes fez o sax alto e soprano.



Rosana, fonte de inspiração do Bloco  (Foto: Uerbet Santos)

EP

Além da faixa Caranguejo Depilado (Paulinho Lopes), o EP ‘César Nascimento no Carnaval’ inclui outras três faixas voltadas à folia momesca que o artista reuniu para disponibilizar nas plataformas digitais. São elas: A Serpente tá quietinha (César Nascimento), Fofinho (César Nascimento/Marinaldo Marques) e Quatro cantos (César Nascimento). Todas com produção e direção musical, arranjos, mixagem e masterização do Estúdio Chalezinho Amarelo, em Petrópolis (RJ).

Sucesso de outros carnavais, “A Serpente tá quietinha” de César Nascimento tem letra inspirada em uma das lendas mais populares do Maranhão. A música foi redescoberta nos arquivos da Rádio Universidade FM e para marcar o relançamento, o single recebeu arte/capa do cartunista Nuna Neto.

Fofinho (César Nascimento/Marinaldo Marques) tem arte/capa de Kátia Castro. E homenageia uma das fantasias mais democráticas e populares que existe, o fofão que fascina crianças, jovens e adultos saindo pelas ruas da cidade de macacão de chitão, máscaras de expressões exageradas feitas de papel machê, muitos guizos, luvas e de varinha ou boneca na mão.


E de sua autoria, Quatro Cantos homenageia a cidade pernambucana Olinda, dona de um dos carnavais mais tradicionais do Brasil. César Nascimento, através do bloco ‘Se me der eu como’, foi homenageado com a confecção de um boneco gigante, símbolo da cultura popular daquele Estado nordestino e obra do artista carnavalesco André Vasconcelos, Presidente da Casa dos Bonecos Gigantes e Mirins de Olinda. A saber, César Nascimento, a convite de Ytamara Santos e do compositor Nosly, irá prestigiar, mais uma vez, o bloco neste Carnaval. (Ouça no final da matéria o EP ‘Cesar Nascimento no Carnaval’)

Linha do tempo do artista


Iniciou a carreira artística aos 16 anos integrando a banda de rock Vale do Som, com a qual se apresentou em quadras de colégio do Rio de Janeiro. Passou por diversos festivais e, de volta ao Maranhão, fez parte da banda de soul “Vale do Som”.

A partir de 1982, em São Luís, passou a desenvolver a carreira lançando vários discos solos.

Participou de diversos festivais de música, entre os quais “Festival de Verão – TV Bandeirantes”, de São Luís com a composição “Nordeste de fulô”; “Festival Viva” com a música “Forrockiando”; “Festival Carajás – CVRD” com “Boizinho de viola” e ainda no “Festival Carajás – CVRD” com a composição “Maracujá”. Por essa época participou do “Projeto Pixinguinha” em teatros de São Luís e ainda do “Canta Nordeste”, festival no qual interpretou de sua autoria a música “O radinho”. Destaque também para sua composição “Fogueira”, com a qual foi classificado para o “Festival da Música Brasileira”, promovido pela Rede Globo.

Em 1998 formou com Carlinhos Veloz a dupla Baião de 2, apresentando-se no Teatro Arthur Azevedo (São Luís – MA), Teatro Rival (RJ), SESCs Pompéia e Vila Mariana (São Paulo – SP). Integrando o Baião de 2, lançou um CD homônimo, com o qual a dupla apresentou-se em Portugal, Espanha e França, onde, em Paris, fizeram show no Carrossel do Louvre. Ainda com o Baião de Dois, cantaram como convidados de Alcione no Canecão e no Teatro Rival no Rio de Janeiro.

No ano de 2004 lançou o CD “Serenin”, do qual se destacaram as faixas “Volta pra mim” (c/ Vicente Telles e Alê Muniz); “Batê pra tê” (c/ Alê Muniz); “Dorei” (c/ Pedro Braga e Carlos Colla); “Rainha minha” e “Essa menina é linda”, ambas em parceria com Vicente Telles, e ainda a faixa-título, também em parceria com Vicente Telles.

Em 2005 participou da gravação do DVD de Alcione.

No ano de 2006 lançou o disco “Quero fogo”. Do CD destacamos as composições “Que tal” (c/ Celso Borges); Sapato pra todo pé;(c/ Vicente Telles); “Sananinha de balão” (c/ Luciana Bacelar); “Galeguinha” (c/ Alê Muniz); “Na ilha” (c/ Renata Nascimento e Tião Carvalho) e “Um instante”, feita em parceria com o poeta Ferreira Gullar, além da regravação de seu sucesso “Ilha magnética”. Neste mesmo ano participou da gravação do DVD da cantora Alcione.

Lançou dois LPs e seis CDs até 2007.

No ano de 2011 apresentou o espetáculo “Um show de brasilidade – César Nascimento e banda” no palco do Teatro Sesi, no Palácio de Cristal, em Petrópolis, cidade do Rio de Janeiro. No show contou com as participações especiais do grupo Tribo de Gonzaga, da dupla Ricardo e Mariano, da cantora Maíra Santafé, Ícaro Gaspar e do grupo Companhia Mariocas.

Em 2012 lançou o CD e DVD “Ilha magnética – Ao vivo” no Teatro Arthur Azevedo, em São Luís, no Maranhão. O DVD, um mini-documentário musical em homenagem à cidade de São Luís, reuniu sucessos da carreira dos oito discos anteriores e ainda contou com as participações especiais de artistas do Maranhão. Gravado em São Luís, nos Lençóis Maranhenses, Alcântara e no sul do estado, o trabalhou contou com depoimentos de Ferreira Gullar e Alcione, além de participação do Bumba Meu Boi de Santa Fé, do Tambor de Crioula do Mestre Felipe e da DJ Nega Glícia. Foram incluídas, em ambos os suportes, as seguintes composições: “Ilha magnética” (César Nascimento), Catirina e o mar” (César Nascimento), “Na ilha” (César Nascimento, Renata Gaspar e Tião Carvalho), “Se criou lá” (César Nascimento e Almino Henrique), “Tapiaca” (César Nascimento), “Serenin” (César Nascimento e Vicente Telles), “Boizinho de viola” (César Nascimento), “Toc toc” (César Nascimento), “Lençóis de areia” (César Nascimento), “Janela aberta” (César Nascimento), “O radinho” (César Nascimento) e “Maguinha do Sá Viana” (César Nascimento e Alê Muniz), além de uma versão reggae de “Ilha Magnética”. Neste mesmo ano lançou o DVD em show no projeto “Criar”, no bar Leviano, na Lapa, centro boêmio do Rio de Janeiro.

No ano de 2015 lançou o EP “Arrasta-pé do César Nascimento”, com as faixas “Serenin”, “Essa menina é linda” e “Sapato pra todo pé”, todas em parceria com Vicente Telles, além da composição “João do Valle”, somente de sua autoria e em homenagem ao compositor. Neste mesmo ano fez diversos shows de lançamento do CD “Arrasta-pé do César Nascimento”, entre os quais no Barulhinho Bom, em Praia Grande, Centro histórico de São Luís, no Estado do Maranhão. No ano posterior, em 2016, fez diversos shows na cidade de São Luís, entre os quais “35 Anos de Carreira” no Arraial do IPEM (bairro Calhau) e na praça Nauro Machado (em Praia Grande), nos quais foi acompanhado por banda integrada por Edinho Bastos (guitarra), Moisés Motta (bateria), Marcelo Rebelo (teclado) e Mauro Sérgio (baixo), além do próprio artista no violão e na voz. Também fez participações especiais nos shows de lançamento do CD e DVD “Chagas 25 Anos”, do Cantador Chagas, na Praça Maria Aragão (bairro Beira Mar) e no Arraial do Mirante Espaço Reserva, no Shopping da Ilha.

No ano de 2018 lançou o CD e DVD no Teatro Arthur Azevedo, em São Luís, Maranhão, e logo depois no Largo de São Benedito, nas cidades de Caxias e Pinheiro, no mesmo Estado. Também fez show com o repertório do disco no projeto “Praça do Reggae”, em São Luís, dividindo o palco com a cantora Célia Sampaio.

Em 2022 participou do CD “Perfil: Poemas, Letras & Convidados”, do poeta-letrista Euclides Amaral, no qual gravou a composição “Pode ou não pode?”, parceria de ambos.

Em 2023 lançou o EP “É pra São João”, com as composições de sua autoria “Pode ou não Pode?” (c/ Euclides Amaral), “Vem pro terreiro” (c/ Renata Gaspar Nascimento) , “Caboclo de pena”, “Miolo” (c/ Celso Borges), “João do Vale – Minha homenagem”, “Na Ilha” (c/ Renata Gaspar e Tião Carvalho), “Pirinã, Pirinã” (c/ Marinaldo Marques), “Fogueira”, assim como a faixa-título “É pra São João”, em parceria com Marinaldo Marques. Do trabalho participaram os músicos Renata Gaspar Nascimento (vocais), Ícaro Gaspar Nascimento (vocais), Iracema Bastos (vocais), Rui Mário (sanfona), Guto Menezes (viola), Breno Morais (flauta), Zé Américo Bastos (arranjo), Mestre Felipe (participação na faixa Fogueira), Israel Dantas (violões), além do próprio César Nascimento na voz, vocais, arranjos, percussões e violões.

No ano de 2024 relançou o single “Desterro”, de 1989, em clipe no YouTube com direção de Diego Caversan, imagens de estúdio feitas por ele, imagens aéreas do fotógrafo Meireles Junior e desenhos do artista plástico Cordeiro Filho. Também lançou o videoclipe “Vem, Maninha!” e o single “Fofinho”. Neste mesmo ano, de 2024 fez show solo na Praça das Mercês, no Centro Histórico de São Luís, capital do Maranhão, na programação oficial dos 412 anos da cidade. Na ocasião, contou com acompanhamento de uma banda formada por músicos maranhenses, e ainda, a participação especial de Carla Coreira, em performance do Tambor de Crioula, e do músico Rafael Hachen na música “Vem, Maninha!”. Também, na mesma praça, participou como convidado especial da Orquestra Ilha Sinfônica, que o acompanhou na composição “Valsa Ludovicense”, sua primeira música clássica composta. Segundo o compositor:

“Foi um grande desafio pra mim; me dedicar à composição e fazer um arranjo de uma música para uma orquestra sinfônica. E agora no carnaval  vai ser só alegria com esse meu novo EP ”, concluiu Cesar Nascimento.




Serviço:
Ouça aqui o as quatro faixas do EP ‘Cesar Nascimento no Carnaval’. (Clique no titulo da música!)


1. A Serpente tá quietinha -  (pré-save)

2. Caranguejo depilado

3. Fofinho

4. Quatro cantos


Marca do Bloco  (norrau.com-IA)





Por Uerbet Santos

Fotos: Divulgação/Cesar Nascimento