1/15/18

Rivalidade, zoeira e superação marcam a primeira rodada da Copa APCEF de Basquete Master


"A amizade entre os atletas veteranos é a maior vencedora do evento", avaliam os organizadores.




Rivalidade, zueira e superação. Essa foi a marca da primeira rodada da IV Copa APCEF de Basquete Master realizada neste fim de semana (13 e 14)  no Ginásio Charles Robert, na sede esportiva da Associação do Pessoal da Caixa Econômica Federal.




O evento, realizado de 13 de janeiro a  4 de fevereiro, é uma iniciativa da diretoria executiva da entidade liderada pela vice-presidente da APCEF Gisele Menezes — que neste sábado (13) deu as boas vindas aos atletas, familiares, sócios e convidados da Caixa na cerimônia de abertura da Copa  —   e organizado por Keyla Costa, Karina Lindoso, Martinho Filho, Marco Pimentel, Ricardo Milan e Adelman Carneiro.

Cinco jogos marcaram o inicio da competição. Um deles na categoria feminino 38+ e
as quatro outra partidas, no masculino. As jogadoras das equipes da APCEF jogaram entre si, as sócias venceram por 44 a 30.


Equipes femininas da APCEF se confraternizam após a partida

Na categoria 45+, a AABB venceu a APCEF Sócios por cinco pontos de diferença, em um a partida que foi decidida no minuto final (43 a 47). No outro jogo, A Escola técnica Federal do Maranhão (ETFM), surpreendeu a equipe da Turma e ganhou com certa facilidade pelo placar de 67 a 53.



Da esq. p/ dir.: Washington, Neudson, Edivan, Alexandre, Paulo Salsicha, Marcelo Darth,
Paulinho.. Agachados: Pingo e Marcelo Magno


Categoria 50+


No domingo (14), os veteranos do 50+ entraram em quadra. Os jogos dessa categoria foram um capitulo à parte nessa primeira rodada. A dona da casa, APCEF aplicou, o que se chama no futebol de goleada, na AABB (88 a 49). Foram 39 pontos  de diferença, a maior pontuação da competição até o momento.


O pivô Gilson da APCEF 50+ no momento em que "chuta" um bola.

A equipe da AABB, que sempre se destacou na competição, estava irreconhecível em quadra. O pivô Jorge Manpetit, através das redes sociais, mandou um recado pros adversários "Não subestimem a AABB. O campeonato ainda não acabou", dando a entender que a equipe ainda pode surpreender na competição.


Equipe 50+ APCEF. Da esq. p/ a dir.: Martinho, Vicente, Pimentel, Setúbal, Gilberto,
Bethoven, João Carlos, Gilson e Adelman

Assim como Jorge, o experiente jogador e treinador de basquete, professor Hermílio Nina, também  falou sobre a AABB, seu próximo adversário na competição. "No basquete são cinco contra cinco, a  AABB é um osso duro de roer".

Ja  o armador da AABB, Paulo Aroso, fez um comentário mais auto crítico da sua equipe "Tivemos pouco tempo para treinar, estavamos parados, isso pesou no desempenho da equipe, enquanto a  APCEF ja vem jogando junto a mais tempo", avaliou.



50+ AABB. Da esq. p/ a dir.: Ricardo, Ricardo Azevedo, Paulo Aroso, Jorge, Salomão,
Mauro, Ronald, Álvaro, Robson e Flavinho ( técnico).Agachado: Zé Maria.

Do lado da APCEF coube apenas curtir a vitória sobre o adversário e zoar pelas redes sociais, com  a derrota do "rival", com frases do tipo "alguém anotou a placa do caminhão que atropelou a AABB".



50+ Batista. Da esq. p/ a dir.: Em pé: Luciano, Baiano, Lidenor, Ricardo, Jorge, Fábio,
Fernando. Agachados: Marcelo, Arnaldo, Cláudio, Xetrepa e Euvaldo.

Mas, a grande surpresa da rodada  foi a vitória da AVAB-MA  frente ao Batista  por 86 a 58. Mesmo com  alguns jogadores com maior idade em quadra (quatro deles com 65 anos , um com 63 e outro com 59  anos), prevaleceu a experiência, o poder de superação dos atletas e a união da AVAB-MA. 


O pivô Espirro da AVAB (azul) foi o cestinha da partida contra o Batista com 22 pontos 

Para o ala/armador da AVAB, Uerbet (China), a vitória teve um gosto especial. "Lembro que quando eu jogava os Jogos Escolares Maranhenses [JEM's] pelo Colégio Dom Bosco na categoria infantil, com 12 anos, eles [Luciano, Baiano, Renato e companhia] eram imbatíveis. Foram inclusive campeões maranhense infantil. Por isso que ganhar do Batista é bom demais", relembrou o veterano, em tom irônico.


Equipe 50+ AVAB. Da esq. p/ a dir.: Sampaio, Reinaldo, China, Eduardo, Espirro,
Raul, Albino e Hermílio. Agachados: Julio e Francklin


Favoritismo

O experiente pivô da APCEF, professor Gilson Lisboa, disse que "no basquete master nunca há favoritos". Ele lembrou alguns fatos que sustentam sua afirmação. "Em 2016 ninguém imaginava que a Escola Técnica seria a campeã e o Franco Maranhense, que iniciou muito bem, terminou muito mal. Ano passado, a cena se repetiu, quando, surpreendente, a poderosa equipe do Meng não resistiu a insistente equipe do Maristas", pontuou Gilson.

Na visão de Gilson, assim como o futebol, o basquete também é uma "caixinha de surpresas". "Times que começam um campeonato com todo o vigor sucumbem ao final do certame e outros que se arrastam ao longo de toda uma competição, sagram-se vencedoras", definiu o pivô.


Confraternização


Rivalidades à parte, depois dos jogos, como é de praxe aos domingos na APCEF, a rodada acabou com uma roda de samba do grupo Pegada, à beira da piscina do Clube, momento no qual os atletas master puderam celebrar aquela que na avaliação de um dos membros da comissão organizadora do evento, o Coronel Pimentel Brasil, é "a maior favorita à conquista da Copa APCEF: a amizade".


Vice-presidente da APCEF, Gisele Menezes, recepciona membros da comissão
organizadora e atletas na Piscina do Clube

Solidariedade contra o feminicídio


Dados do Departamento de Feminicídio do Maranhão revelam que em 2017 foram registradas 47 mortes de mulheres no Maranhão, o que coloca o  estado  com um dos indices mais altos do pais.


Diante desses números, a comissão organizadora da IV Copa APCEF de Basquete Master  também levantou a bandeira dessas mulheres que sofrem violência — cuja a maior causa é o inconformismo do homem com o fim do relacionamento —  e criou uma campanha de arrecadação de 1 kg de alimento não perecível para cada atleta master participante da Copa.

"A arrecadação está sendo realizada durante a competição. Até o momento foram arrecadados cerca de 100 quilos mas a  nossa meta são 200 quilos.  O montante arrecadado será distribuído entre instituições que ajudam mulheres vitimas de violência",
informou Keyla Costa, uma das organizadoras do evento e responsável pela recepção das doações. 


Participação especial da ABAVI  40+ de Imperatriz


Além dos jogos oficiais o evento contou com a participação especial da equipe masculina da ABAVI de Imperatriz que realizaram dois jogos amistosos na capital maranhense. Na primeira partida foram derrotados pela forte equipe da APCEF por 71 a 31. No segundo jogo, os veteranos do "Portal da Amazônia" ( como ficou conhecida aquela cidade do sudoeste maranhense), enfrentaram a Escola Técnica. Bastava uma bola de três para os visitantes levarem o jogo para a prorrogação, mais isso não aconteceu. Perderam pelo placar de 66 a 63.
  


Em pé, da esquerda para a direita: David, Rufino, Henrique, Mário e George.
Agachados: Magno, Alisson e Tietri.

Serviço

A organização do evento informou ainda que a segunda rodada da Copa APCEF começa no meio de semana, nesta quinta feira(18), com dois jogos na categoria 45+ masculino. O inicio está marcado para as 19h. Confira a tabela completa das próximas rodadas.




Uerbet Santos (Da redação)
Fotos: Eduardo Brasil

1/11/18

Copa Caixa incentiva o basquete master no Maranhão


O evento começa neste sábado (13), no Ginásio Charles Robert, na sede esportiva da Associação do Pessoal da Caixa Econômica Federal (APCEF)





Serão 30 jogos, 15 equipes (11 masculinas, sendo duas do interior do estado e quatro femininas) em três faixa etárias (38+ feminino, 45+ e 50+ masculino) realizados em quatro fins de semanas (de 13 de janeiro a 4 de fevereiro) com  muitas cestas, integração e histórias pra contar.

Esse é um pre-roteiro do que  vai acontecer quando a bola for ao alto neste sábado (13), no centro da quadra do Ginásio Charles Robert, na sede da APFEC-MA dando inicio  à IV Copa de Basquete Master, iniciativa da diretoria executiva da entidade e organizada por Martinho Filho, Ricardo Milan, Marco Pimentel, Adelman Carneiro, Karina Lindoso e Keyla Costa.

A Copa ACPEF de Basquete Master, na visão do membro da comissão organizadora, Martinho Filho, "é um evento que se consolida no calendário esportivo de basquete da cidade", pois segundo ele, "congrega mais de 150 atletas, muitos deles ainda de alto rendimento, que, agora, têm a oportunidade de retornar as quadras e reviver seus bons momentos no basquete e reencontrar os amigos".

O engenheiro mecânico Adelman Carneiro que, além compor a organização do evento vai jogar pelo time da APCF, disse que "a Copa significa o resgate de grandes atletas que jogaram basquete em outra época, e congrega a amizade entre todos".

Destacou ainda que "o evento é ímpar, pois além da ajudar na manutenção da saúde também desenvolve atividades culturais, como shows e refeições compartilhadas entre os atletas e seus familiares".

Feminino Master



Equipe feminina da AABB  em busca do bicampeonato na Copa APCEF

A participação feminina nesta edição da Copa inclui quatro equipes, ACPEF com dois times a Associação Atlética Banco do Brasil (AABB) e Mulheres Apaixonadas por Basquete (MAB), com um cada. Para Bianca Rayol, que integrou a equipe feminina da AABB 45+, campeã da Copa APCEF do ano passado, o momento é de apreensão.

" Não irei participar da competição, por motivo de lesão, mas estarei na torcida pelas meninas", declarou a jogadora. 



Bianca em self com Iziane Castro após o título da Copa APFEC de 2017

Bianca também falou sobre o que representa para ela esse evento master. " Essa Copa é muito importante, não só pelo titulo que ganhamos, mas, principalmente, pela amizade e união de todas as atletas. Competição só na quadra [risos]. É uma experiência positiva e de muita alegria, poder estar com essa turma Master", conclui.


Serviço:

A Solenidade de abertura da Copa APCEF acontece neste sábado (13), às 8h30 no Ginásio Charles Robert, na sede da Associação do Pessoal da Caixa Econômica Federa (APCEF), localizado na Rua José Luis Nova Costa S/N, no Calhau.Veja a programação do 1º dia do evento:


Programação de Jogos:

Confira a tabela completa dos jogos da Copa APCEF Master fornecida pela coordenação do evento




Uerbet Santos (Da redação)

Fotos: Arquivo pessoal Bianca Rayol




1/10/18

Crônica Substantiva




CHUVA.

Segunda-feira. Preguiça. Banheiro. Sabonete. Escova de dente. Pires.  Xícara. Café. Garfo.

Faca. Pão. Manteiga. Queijo. Ovos. Roupa. Perfume. Espelho. Cabelo. Óculos escuros.

Mochila. Not book.Céu escuro. Céu nublado. Nuvens.  Vento. Ventania. Frio. Calafrio.

Relâmpago. Trovão. Chuva.

Frio. Agasalho.  Capa de chuva. Guarda chuva. Rua. Parada. Terminal.

Relâmpago. Trovão. Chuva.

Enxurrada. Bueiro entupido. Ônibus entupido. Nariz entupido. Espirro. Gripe.

Relâmpago. Trovão. Chuva.

Enchente. Gente. Indigente. Lama. Lixo. Esgoto.  Leptospirose.

Relâmpago. Trovão. Chuva.

Congestionamento. Buzinas. Automóveis.  Motocicletas. Capacete.

Relâmpago. Trovão. Chuva.

Acidente. Corpo de Bombeiros. Ambulância. Maca. Sirene. Oxigênio.  Médicos. Hospital. Fila.

Relâmpago. Trovão. Chuva.

Empresa. Elevador. Décimo andar. Relógio de ponto. Para Raio. Pingos. Goteira. 

Relâmpago. Trovão. Chuva.

Telefone Celular. Fora da área. Sem serviço.  Computador. Impressora. Sem energia. Meio dia. Marmita.  Fim do Expediente.

Relâmpago. Trovão. Chuva.

Guarda Roupa. Mofo. Astro  Rei. Sol. Sol. Sol. Onda. Mar. Praia.

Uerbet -Tebreu



12/11/17

ONU Mulheres promove curso de sensibilização para jornalistas


Comunicação, Saúde e direitos das Mulheres  é o tema do evento.   



Começa nesta segunda-feira (11), a partir das 18h e se estende até terça-feira (12) o Curso de Comunicação, Saúde e Direitos das Mulheres, na Sede do Sindicato dos Jornalistas do Estado do Ceará (Sindjorce), promovido pela ONU Mulheres e entidades parceiras do campo da comunicação e outras agências das Nações Unidas.

O projeto conta com apoio de empresas de comunicação digital, formado por duas turmas: uma  voltada para jornalistas e outra  para comunicadoras, comunicadores e ativistas com 50 inscritos em cada categoria.

A iniciativa é viabilizada por projeto de cooperação entre a ONU Mulheres e a Fundação Ford, para incentivar a qualificação da cobertura local da imprensa, de plataformas digitais de comunicação livre, veículos de comunicação comunitários e populares sobre a realidade das mulheres infectadas pelo vírus zika e tríplice epidêmica e arboviroses, articulando os direitos sexuais, direitos reprodutivos, prevenção e eliminação da violência contra as mulheres, tomando por base a garantia das mulheres ao direito humano à comunicação e o incentivo ao empoderamento político e econômico.

O curso tem como objetivo preparar jornalistas, profissionais da imprensa e estudantes de Jornalismo para a abordagem das temáticas de gênero, raça e etnia, colaborando para a melhoria do trabalho jornalístico e da produção de conteúdos livres de comunicação, com destaque à saúde e ao enfrentamento à violência contra as mulheres.

A turma Jornalistas foi preenchida por  repórteres, editoras e editores, produtoras e produtores, assessoras e assessores de imprensa e estudantes de Jornalismo. Este curso retoma a parceria entre a FENAJ e a ONU Mulheres, iniciada, em 2011, com o curso de Gênero, Raça e Etnia para Jornalistas.

Módulos do Curso


Curso de Comunicação, Saúde e Direitos das Mulheres está estruturado em três módulos, – Mulheres, saúde, acesso aos direitos e os contextos de enfrentamento ao racismo, ao etnocentrismo e à violência em sociedade; Comunicação, ética e os princípios da solidariedade e justiça social na saúde; e Mídias digitais – e duas atividades pedagógicas, uma sobre leitura crítica da mídia e outra de produção de conteúdo por meio da interação com fontes especializadas.

Parcerias



Apoio


O curso acontece com apoio das ONGs Criola, Kilombo, Mirim e Odara; dos sindicatos de Jornalistas da BahiaCearáMunicípio do Rio de JaneiroPernambuco  e Rio Grande do Norte; e das instituições de ensino Instituto Federal do Rio Grande do NorteUniversidade Católica de Pernambuco e Universidade Federal do Rio Grande do Norte e das empresas de comunicação digital Google e Twitter.

Sensibilização da mídia


Sensibilização da mídia para agenda de direitos da ONU – Os conteúdos do Curso de Comunicação, Saúde e Direitos das Mulheres se interrelacionam com os propósitos da estratégia global Pacto de Mídia “Dê um passo pela igualdade de gênero”, da ONU Mulheres, que retomam os objetivos da área de preocupação Mulher e Mídia, da Plataforma de Ação de Pequim: aumentar a quantidade de mulheres nos espaços de decisão da mídia e aprimorar a abordagem sobre a temática de gênero, eliminando estereótipos.

Desenvolvimento Sustentável


Trazem, ainda, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, incluindo a campanha internacional UNA-SE, cujo lema de 2017 é “Não deixar ninguém para trás: acabar com a violência contra as mulheres e as meninas”, e os desafios da Década Internacional de Afrodescendentes (2015-2024), para enfrentar o racismo e promover os direitos da população negra, contemplada, no Brasil, pelo Marco de Parceria das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável 2017-2021.

Uerbet Santos (da redação)

Local do evento: Sindijorce - R. Joaquim Sá, 545 - Dionísio Torres, Fortaleza - CE, 60130-050 - Telefone: (85) 3247-1094


  

11/28/17

Professor sensibiliza comunidade e gestores da PMF para retirada do ‘Lixão’ na entrada do Mucuripe


Gildo Lustosa, o cidadão que escuta o grito da comunidade por um bairro melhor pra viver.




“Grita, Mucuripe que eu te escuto”. 


Esse foi o tema da campanha de conscientização para o descarte correto de lixo no Bairro do Mucuripe, criada por Gildo Lustosa. A ação se iniciou com um vídeo ao vivo no face book (live) que viralizou na internet, com mais de 14 mil acessos entre visualizações, comentários e compartilhamentos, no qual o  educador, usa como exemplo, uma iniciativa que deu certo no Bairro Serviluz, nos mesmos moldes do “lixão” que se avoluma à décadas na entrada do Mucuripe. 

“Eu passei três meses tentando contato com os órgãos responsáveis e nada de retorno. Então eu tive que tornar isso público, para que, não só a comunidade do Mucuripe, mas a sociedade visse o descaso do poder público e a falta de respeito com o cidadão”, 

explica Gildo.

De fato, a limpeza do local é uma reivindicação antiga da comunidade do Mucuripe, que mesmo tendo representantes na Câmera Municipal de Fortaleza, nunca teve essa demanda atendida. 

Na visão do articulista,

“quem não aprende pelo amor, aprende pela dor”. 

Disse ainda que:

“o cidadão, que paga os impostos tem que gritar e lutar pelos seus direitos”.


Descarte irregular de Lixo


Sobre o problema gerado pelo descarte ilegal de lixo, o professor, que mora em frente ao “lixão”, informou que os três contêineres que a empresa responsável pela coleta (Etufor Ambiental), colocou para receber o lixo domiciliar, recebe também as vísceras de peixes, crustáceos e mariscos dos restaurantes da entorno da Beira-Mar, causando mau cheiro.

E ainda, restos de podas de arvores, além de móveis, estofados e pneus velhos não só da comunidade, mai também de Bairros do entorno, a exemplo de Meireles, Varjota, Caça e Pesca, Castelo Encantado entre outros.

“Alem disso, micro empresário e empresários do ramo de supermercado aqui do entorno, que tem empresas registradas, são obrigados, por Lei, a fazer a coleta seletiva, e não têm um planejamento nesse sentido, também despejam aqui seu lixo”, 

complementa seu alerta Gildo.

“Lei do Lixo”

O blog apurou que o Professor referiu-se a  “Lei do Lixo” (nº 12.305),  como ficou conhecida a Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS - sancionada em agosto de 2010 pelo presidente Lula e publicado em dezembro do mesmo ano.

Na prática, a lei estabelece a Gestão Integrada de Resíduos, onde o material descartado pela sociedade e todos os atores envolvidos (como sistemas de coleta seletiva, cooperativas, triagem e tratamento dos resíduos, por exemplo) são regulamentados com base no sistema de responsabilidade compartilhada. Ou seja, o Poder Público, o setor empresarial e a coletividade são responsáveis pela efetividade da Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Articulação

O fato é que para reverter o quadro de inoperância do poder público frente ao problema do  “Lixão” na entrada do Mucuripe, Gildo mobilizou os moradores , formou uma comissão e articulou com o vereador que representa a comunidade na Câmara Municipal de Fortaleza, que agendasse reunião com o a coordenador do departamento de  Conservação e Serviço Público da Secretaria Regional II ( SER II) , da Prefeitura Municipal de Fortaleza (PMF), Breno Rafael, ocasião na qual  expôs  o problema do “Lixão”




Com a pressão exercita nas redes sociais, o grito da comunidade foi ouvido e as benfeitorias foram realizadas. O secretario da SER II, Ferrúccio Feitosa (foto), acompanhou o andamento da obra de revitalização que a PMF em parceria coma comunidade realizou na porta de entrada do Mucuripe.



Benfeitorias

Entre as ações de revitalização observou-se a retirada os contêineres da Etufor, a limpeza do local, de onde foram retirados lixo e entulho. A área foi replainada com areia e sinalizada com pneus coloridos e mudas foram plantadas em seu entorno. Houve ainda, intervenção de grafiteiros nas paredes das casas naquela região, tornando o ambiente mais agradável visualmente.



Foram também colocadas placas de advertência da Ecofor Ambiental, sinalizando sobre a proibição de colocar lixo naquele local e indicando que entulhos, móveis e podas devem ser encaminhados ao Ecoponto,  mais próximo, localizado no Bairro Varjota.  

Gildo também falou ao Blog que apresentou à Regional II, além do problema do “lixão”, uma pauta de soluções, para que as melhorias realizadas surtissem efeito em curto, médio e a longo prazo e com isso,  conscientizasse a população sobre o descarte correto de lixo domiciliar.

Conscientização

Entre as resoluções o professor destacou que a primeiro passo foi a divulgação via carro de som, panfletos e imãs de geladeiras sobre o horário de coleta sistemática de lixo na porta das residências, as segundas, quartas e sextas, no período da manhã.

“Nas ruas que os carros não cobrem, passam motoqueiros recolhendo o lixo, e nas ruas que as motos não passam, como becos e vielas, funcionários da Etufor com carros de mão recolhem o lixo nas casas e deixam em um local estratégico para o carro fazer a coleta”,

acrescentou o articulador social

Mucuripe fonte de inspiração

O Bairro, fruto de uma colônia de pescadores alfabetizados pela Professora Aida Balaio, é tradicional por ser fonte de inspiração para artistas expressarem sua arte, como Raimundo Fagner em uma de suas musicas “As velas do Mucuripe” e José de Alencar,  escreveu seu mais ilustre livro de romances, “Iracema”, hoje estaria orgulhoso de seus herdeiros, principalmente, pelo trabalho voluntário realizado por Gildo Lustosa, que surtiu efeito positivo. O portal de entrada do Mucuripe, na via expressa, que antes da ação, era reduto de ratos, baratas, mau cheiro, poluição visual e fonte de doenças para a população, agora respira outros ares.



O educador observa que um dos impactos do seu “grito”, foi o aumento diário das demandas  solicitadas pela comunidade para resolução de problemas em outros pontos do Bairro.

“Eu vejo que a sociedade clama por uma voz forte do representante do Bairro, mais isso não tá acontecendo, por isso estão me procurando, via mensagens no privado [whatzap] para gritar por eles”, 

pontuou.

É esse mesmo lugar, no qual hoje, habitam tantos outros artistas contemporâneos notórios e anônimos, trabalhadores e famílias simples, mas de valor, que acreditaram na força da comunidade, que juntas com o voluntariado do Professor Gildo Lustosa, puderam mudar um pouco da realidade desse, que foi o primeiro Monte avistado pelo navegador espanhol Vicente Pinzón, ao chegar ao Brasil, muito antes de Pedro Álvares Cabral cá aportar: o Mucuripe.  

Para saber mais:

Confira o podcast da entrevista com Astrogildo Lustosa e saiba mais sobre o ele pensa e faz no link:
https://soundcloud.com/uerbet-santos/grita-mucuripe-que-eu-te

Serviço:
Denuncias sobre o descarte irregular de lixo  ligue: 156

Reportagem: Uerbet Santos
Fotos: Tebreu



11/21/17

Cearense Wercley Carneiro é campeão Sul-Americano de Paracanoagem


O evento aconteceu neste sábado (18), na Praia de Los Yuyos, Barranco, Lima-Peru



“O Chileno estava em primeiro. Ele abriu distância, mas eu recuperei e quando estava próximo da chegada, ele errou a boia, saiu do traçado e eu continuei na raia  correta e ganhei. Foi difícil, mas valeu o esforço”. 


Assim Wercley detalhou, com exclusividade, para o blog, como foi a prova que o levou a conquista da sua primeira medalha de ouro, em sua nova categoria, a canoa  PARAVA'A V1/VL2 de  3 km, em mar aberto.

O Paracanoista desembarcou na madrugada desta terça feira (21) no Aeroporto Internacional Pinto Martins trazendo na bagagem mais experiência e a cobiçada medalha de ouro. 

Wercley disse a nossa reportagem que a estratégia de sua equipe, em mudar horário da prova, foi decisiva para  a sua conquista.

“A prova estava marcada para às 15h [hora local]. O mar estava muito revolto com ondas horríveis. Pedimos para mudar para o período da manhã, com o mar mais calmo e mais adequado ao mar da Praia do Mucuripe, onde fiz meus treinos”, 


explicou o paratleta.



O canoísta encerra a temporada 2017 com duas medalhas de ouro ( Sul-americano e Copa Brasil de Velocidade) e uma de bronze (Brasileiro de Paracanoagem).

De acordo com o técnico  Jorge Sousa Freitas, treinador de Wercley, o paratleta se adaptou bem à  canoa Va’a (nome que os polinésios deram para a embarcação usada na competição) e agora, na sua análise, a meta é se especializar mais ainda nessa modalidade.

Wercley concorda com seu técnico, e também comentou que essa experiência internacional lhe deu maior controle do barco, mas sobretudo, deixou clara a necessidade imprescindível de equipamento para treino.

“Eu treinei no similar, que  ajuda muito,  mas definitivamente é necessário mais intimidade com o equipamento para melhorar minha performance”.


Segundo apurou o Blog, esse equipamento que o canoísta precisa para treinar não vende em Fortaleza, mas tem disponível nas cidades do Rio de Janeiro e Curitiba. O custo estimado com o remo e frete, varia entre R$ 9 mil e R$ 15 mil reais, dependendo da marca.

Pelas redes sociais, o campeão Sul-americano, agradeceu aos amigos que colaboraram financeiramente com sua viagem e especialmente à Unimed Fortaleza que cedeu as passagens aéreas.

Uerbet Santos (da redação)
Fotos: Facebook/Divulgação