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PARA FAMILIARES TORCEDORES, “NÃO BASTA SER PAI, TEM DE PARTICIPAR”

Na arquibancada dos Jogos Escolares, presença marcante de pais na torcida pelos estudantes-atletas



12/09/2015 14:13
“Vai, filho! Força, filha!”. Esses são alguns dos incentivos que ecoam das arquibancadas durante as competições dos Jogos Escolares da Juventude Fortaleza 2015, etapa de 12 a 14 anos, que terminam neste sábado, dia 12. Entre os pais vindos de diversos estados do Brasil, a capital cearense recebeu maranhenses, paulistas, catarinenses e tantos outros para a maior celebração do esporte escolar brasileiro.
A caravana de pais torcedores de São Luís do Maranhão, que veio torcer para o time feminino de basquete do Colégio Educallis, por exemplo, trouxe, além do apoio moral, um pouco da cultura maranhense para os ginásios de Fortaleza. Numa festa de sons e cores, pandeirões e matracas marcaram o ritmo da torcida, enfeitada com chapéus de brincantes do bumba-meu-boi.
Outra demonstração da participação dos pais, enquanto torcedores, durante os Jogos Escolares, aconteceu na disputa entre o Colégio Leonardo Da Vinci, de Mauá (SP), e a Escola Municipal Erwin Prade, de Timbó (SC). Na quadra, o sexteto catarinense venceu por 3 sets a 0 e foi para final do torneio masculino de voleibol. Na arquibancada, prevaleceu a eufórica caravana catarinense frente à mãe e tia de um dos atletas paulista.
Mãe do jogador de vôlei paulista Matheus Pirilo, Eliz acompanha todos os jogos do filho desde as seletivas estaduais. Em Fortaleza, ela conta com a companhia da tia do garoto, Elisabeth Pirilo. Eliz, inclusive, vai aos treinamentos e acha muito importante essa participação dos pais para o crescimento do filho como ser humano. “Eu acompanho o Matheus em todos os jogos, mas sem tirar a privacidade dele. Nosso apoio é mais um incentivo para ele vencer as competições”, explica a mãe torcedora, que aproveita a viagem para fazer turismo. “Além disso, nos horários que não tem jogo, nós aproveitamos para conhecer os pontos turísticos da cidade. Aqui, já fui ao Mercado dos Pinhões e ao Mercado Central, ricos em artesanato local”, declara a mãe torcedora.
Já a caravana de 20 pais torcedores de Santa Catarina, que incentiva os filhos em cinco edições dos Jogos Escolares, é uma iniciativa da Associação de Pais e Professores da Escola Municipal Professor Erwin Prade, que, desde 1984, estimula a participação dos pais nas atividades intra e extraclasse dos filhos.
Segundo o técnico do vôlei masculino catarinense Wagner Ricardo, existe uma cooperação mútua entre os pais e o apoio da Federação Catarinense de Esportes (Fesport) para o bem-estar dos jovens. “Temos muitas histórias de superação também nas famílias dos alunos que participam dos Jogos Escolares, como é o caso da mãe de um atleta que é diarista e não tinha dinheiro para viajar para ao evento. Mas, com o apoio e todos e umas economias, conseguiu prestigiar o filho das arquibancadas”, revela o treinador.
A embaixadora do vôlei nos Jogos Escolares da Juventude, Hélia Fofão, é a prova de que a participação da família é de fundamental importância para o atleta progredir no esporte.
“Meu pai, Sebastião de Sousa, já falecido, me acompanhava em todos os momentos da minha trajetória esportiva no vôlei. Se não fosse ele estar junto todo tempo, tudo seria muito mais difícil. Já a mamãe, Eurides de Sousa, virou torcedora, mesmo sem entender nada de vôlei”, lembra, Fofão, aos risos. 
Os Jogos Escolares da Juventude são organizados e realizados pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB), correalizados pelo Ministério do Esporte e Organizações Globo, com apoio do Governo do Ceará e da Prefeitura Municipal de Fortaleza e patrocínio máster da Coca-Cola.
Uerbet Santos (COB)

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