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4/28/23

JUBs Praia mobiliza Justiça Desportiva Universitária

A Comissão Disciplinar julgou atos de infração disciplinar cometidos por atletas e o Superior Tribunal de Justiça Desportiva Universitária julgou um recurso.




A edição 2023 dos Jogos Universitários Brasileiros de Praia, realizada em São Luis do Maranhão, até este domingo (30), movimenta cerca  de 1.600 atores. 


São atletas, técnicos, dirigentes, árbitros, staffs, voluntários e comitê organizador.

Dentre eles um grupo tem papel fundamental na bom andamento  disciplinar da competição. 


Trata-se da Comissão Disciplinar, órgão  da Justiça Desportiva Universitária.


Entre outras atribuições os advogados  que integram a comissão,  esta composta por um procurador, um defensor e cinco auditores, são responsáveis pela denúncia,  processo e julgamento dos conflitos desportivos  durante o evento, assim como julgam os fatos denunciados na competição, o que fazem em primeira instância. Quando ocorre recurso,  o STJDU (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) julga em última instância.


Na noite desta quinta-feira (27) e na manhã desta sexta-feira (28), no Blue Tree Hotel, a Comissão Disciplinar  se reuniu para julgamento das demandas existentes.

Na composição da Comissão Disciplinar, presente nos julgamentos, o presidente Marcel Campos, o procurador Lucas Pecegueiro, o defensor Marcelo Furtado e os auditores Clemes Lima, Andre Gonçalves , Cayro Alencar e Francisco Tavares.


Na pauta, o julgamento de atos de infração disciplinar cometidos por atletas e técnicos.


Umas dessas ações, em face das decisões proferidas pela Comissão Disciplinar, gerou recurso ao STJDU, a última instância do Justiça Desportiva Universitária, o qual, em tempo hábil, julgou tal recurso, possibilitando a continuidade e o bom andamento dos Jogos Universitários Brasileiros de Praia



"Em campeonatos de tiro curto, como JUBs Praia, havendo necessidade de manifestação da Justiça Desportiva, esta tem que se posicionar rapidamente, para que os jogos não fiquem parados por muito tempo, sem prejuízo da competição, vez que existem casos de classificação de equipes/atletas, além de situações de natureza emergencial” pontuou o presidente  do STJDU e especialista em Direito Desportivo Empresarial, Haroldo Soares.


Haroldo Soares falou ainda sobre a pluralidade e a qualidade dos membros do Superior Tribunal. "O STJDU é composto por advogadas e advogados de todas as regiões do país, órgão plural, possibilitando a apreciação das demandas por diversos auditores, todos com larga experiência no Direito Desportivo",  destacou


O Procurador Geral da Justiça Desportiva Universitária, Eduardo Dualibe informou  que o termo que rege a Justiça Desportiva está  previsto no artigo 217 da Constituição Federal o qual prevê que "qualquer matéria que  envolva disciplina e regulamento de competição, deve ser exaurida pela Justiça  Desportiva, antes de chegar ao Poder Judiciário".

Sobre o papel  da Justiça Desportiva, enquanto ferramenta de transformação  social, o procurador  foi enfático  em afirmar  que "a atuação dos auditores  na Justiça Desportiva  faz  com que atletas, dirigentes e demais participantes das competições  tenham uma forma de conduta adequada.


Com isso, o desporto alcança seu objetivo maior, que não é só formar atletas, mas  cidadãos. Pois é dentro do esporte  que você absorve valores e forma o caráter. 


Como por exemplo,  aprender a ganhar ou perder, superar obstáculos, enfim, toda sorte de situações que vão moldar  sua personalidade na convivência com outros atores da sociedade", concluiu.


Saiba os membros que compõem o Pleno do STJDU


Confira os membros da Comissão Disciplinar dos JUBs Praia 2023




Por Uerbet Santos
Fotos: Divulgação/STJDU

4/26/23

ESPORTE - Basquete 3X3 estreia no JUBs Praia; 32 universidades participam da competição


UFMA, feminino, e UEMA, masculino, representam o Maranhão nos Jogos Universitários de Praia 



Confira o local e a programação  dos jogos!

Veja  a programação completa  dos Jogos do JUBs Praia aqui 


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Da redação 
Foto: Foto:CBDU / Japa - Rogério Nishizawa / Lucas Marcelo / Arthur Rodrigues / Lia Girão / Collab Clichê


5/09/22

OPINIÃO - "É imperativo investir nas descobertas de petróleo no litoral maranhense", alerta Allan Kardec, ex-diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis-ANP

O especialista aponta a guerra Rússia versos Ucrânia como o  sinal mais evidente da rápida  mudança geopolítica do planeta.




"Problemas de preços nos combustíveis, falta de fertilizantes e demandas energéticas diversas". Esses são  álguns  dos fatores que levam o professor Allan Kardec a afirmar (em seu artigo  publicado em sua coluna no Imirante.com) que é condição sine qua non o  investimento  nas descobertas de petróleo no litoral do Maranhão, integrante da chamada Margem Equatorial que vai do  litoral do Amapá  ao Rio Grande do Norte.

Veja o íntegra do Artigo do PHD em Engenharia Elétrica, Allan Kardec, publicado no Blog do jornalista Uerbet Santos.

A publicação é exibida em meio ao 
anúncio feito pelo  governador Carlos Brandão, pelas redes sociais, do professor Allan Kardec Duailibe Barros Filho para presidência da Companhia Maranhense de Gás (Gasmar), em substituição a Sebastião Madeira que foi chefiar a Casa Civil.

Confira o artigo!

MARGEM EQUATORIAL 

A importância das descobertas de petróleo no litoral maranhense


 
Não sei você, mas uma das coisas que mais me impressionou na minha infância foi a Pangeia. Quando a professora me mostrou o mapa do mundo e depois disse que todos aqueles continentes e países estiveram juntos um dia. 

A Pangeia, há 230 milhões de anos era o grande continente do planeta terra. Detalhe: como criança achei aquela imagem da Pangeia parecida com um girino dando a língua, ao contrário do Brasil que parecia um triângulo de cabeça pra baixo.

O que nos interessa aconteceu mesmo há 150 milhões de anos. O início do conhecido período cretáceo: o continente africano começou a se separar do nosso. Nesse período, ocorreram mudanças extraordinárias, entre elas a extinção dos dinossauros.

Também surgiu o Oceano Atlântico e, abaixo dele, ficaram enterradas milhões de árvores que viriam, na nossa era, a se tornar hidrocarbonetos conhecidos como petróleo ou gás.

Pré Sal
Do lado leste do Brasil, surgiria a região conhecida como Pré Sal, descoberta nos idos de 2006. Pelo formato, ela era chamada de “picanha” pela turma do petróleo à época. O óleo – ou petróleo – do Pré Sal fica a 4 mil metros ou 7 mil metros de profundidade, depois de uma camada de sal, se eventualmente ousarmos mergulhar no mar... 

Mas os geólogos enxergam o planeta terra do seu centro para superfície, por isso, tecnicamente eles denominam esta camada de “pré” sal, porque de dentro para fora ela aparece primeiro.

Essa descoberta tem história. Ela só foi possível pela insistência brasileira em pesquisar em águas profundas e ultra profundas. 

Afinal, só a camada de sal tem uma espessura de 2 mil a 2500 metros! Quem seria o louco...? A Petrobras fez isso! Junto com a pesquisa acadêmica principalmente centrada no CENPES da Universidade Federal do Rio de Janeiro, financiada pelos fundos do petróleo.

Aliás, muitos investimentos. Lembro que, quando eu era diretor da ANP, os recursos de investimento no CENPES eram em torno de R$ 250 milhões por ano, além de profissionais de altíssima qualidade. Claro, fora aqueles da própria Petrobras. 

Falo isso porque alguns insistem na tese de que universidade é para repetir a ciência alheia. Não. Universidade forma e dá forma ao futuro de um país. E uma boa universidade revoluciona!

Os bastidores do Pré Sal.
Uma técnica da Petrobras insistiu por muito tempo na exploração em águas profundas. Quando se diz que um campo “deu seco” é porque não se encontrou óleo suficiente que justificasse a produção. 

E foi isso que aconteceu em alguns campos da Bacia de Campos. A insistência brasileira deu certo e o que parecia impossível demonstrou ser de uma riqueza inestimável e uma enorme revolução tecnológica! 

Nossos vizinhos deste lado ou do outro lado do Oceano Atlântico copiaram a técnica de exploração em águas profundas. E encontraram muito óleo! Guiana e Suriname do lado de cá. Gana, Costa do Marfim, Libéria, Angola e tantos outros do outro lado. 

Guiana já anunciou em torno de 9 bilhões de barris, o Suriname mais um bilhão e os nossos irmãos africanos outros tantos bilhões. De nosso lado, temos o Pré Sal com reservas em torno de 40 bilhões de barris.

Geológia da América do Sul
Basta um olho no mapa para compreender o que acontece. Vamos entender um pouco a formação geológica da América do Sul e, portanto, do Brasil. 

A Venezuela é um dos países com maiores reservas de petróleo do mundo. Vindo de lá do Oeste, encontramos o Suriname e a Guiana produzindo petróleo. 

Percorrendo o litoral do Brasil, passamos por Sergipe – que tem descobertas – entramos na costa do Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo, onde estão os campos do Pré Sal e chegamos até Pelotas, em que também se suspeita que exista.

É, portanto, cristalino concluir que no litoral que vai do Amapá ao Rio Grande do Norte haja petróleo! Essa região é chamada de MARGEM EQUATORIAL. 

No setor petrolífero, ela é conhecida como uma das maiores fronteiras exploratórias do planeta! Mas não é só inferência e conclusão precipitadas. Há estudos. Há números. 

A empresa TGS já investiu somente em sísmicas na Bacia Pará Maranhão (PAMA) em torno de US$ 500 milhões de dólares. 

A Petrobras anunciou que perfurará 14 poços em um investimento de US$ 1.5 bilhões de dólares nos próximos anos.
Nós também temos um estudo, junto com Pedro Zalan e Ronaldo Carmona, que estimamos em torno de 20 a 30 bilhões de barris só na PAMA. 

É muito? Não, a Guiana, nossa vizinha, já anunciou 9 bilhões de barris. Imagina esse número multiplicado pelas Bacias de Barreirinhas, Ceará, Potiguar, Foz do Amazonas – esta última fica ao lado da Guiana.

Se antes era urgente esse investimento, ele se tornou imperativo! Era urgente por causa da transição energética. Agora é imperativo porque a geopolítica do planeta está mudando e guerra Rússia versos Ucrânia é seu sinal mais evidente. Estamos com problemas de preços nos combustíveis, falta de fertilizantes e demandas energéticas diversas. 

O mundo inteiro entrou em crise e não há horizontes de alívio imediato. Ainda não vi nenhum especialista afirmar que essa equação vai se resolver rapidamente.

Por um lado, precisamos trabalhar para limpar a matriz energética. Não vou entrar em detalhes neste texto, mas algumas opções são hidrogênio verde e etanol. Por outro lado, precisamos aproveitar rapidamente os recursos que temos. 

Por uma razão pragmática: a nossa matriz energética é dependente de gasolina, diesel e gás natural. Mais ainda, os recursos do Pré Sal estagnaram, o que indica que vão se esgotar. 

Mobilização
Você talvez esteja se perguntando: e o que acontece de concreto? Bem, a Petrobras está se mobilizando e há uma rede de vários pesquisadores de alta envergadura, participando de estudos ambientais – para garantir lisura e transparência e obviamente visando a preservação ambiental. 

São professores e pesquisadores das universidades Federal do Pará, Federal do Amapá, da Federal do Maranhão, da Federal do Rio Grande do Norte, da Federal Fluminense, da UNIVALI, Federal de Juiz de Fora, Projeto Tamar e tantas outras.

Importante também falar das mobilizações de classe e políticas.  A FIEMA via o grupo “Pensar o Maranhão” está conversando, junto com a FIEPA, com a bancada federal para a criação da frente parlamentar para a defesa da Bacia Pará Maranhão. E o Governador Carlos Brandão há muito tempo já dialoga com protagonistas nacionais para trazer esses investimentos, junto com José Reinaldo.

Não tenho dúvidas que avançaremos. E muito. Percorremos o Brasil inteiro desfraldando essa bandeira, Brasília, Rio de Janeiro, Brasília, Belém, Fortaleza e tantos outros locais. O Brasil tem de olhar para o Brasil! Mas o ritmo do desenvolvimento quem vai ditar somos nós. 
 
*Allan Kardec Duailibe Barros Filho, PhD pela Universidade de Nagoya, Japão, professor titular da UFMA, ex-diretor da ANP
Fotos: Divulgação