1/10/18

Crônica Substantiva




CHUVA.

Segunda-feira. Preguiça. Banheiro. Sabonete. Escova de dente. Pires.  Xícara. Café. Garfo.

Faca. Pão. Manteiga. Queijo. Ovos. Roupa. Perfume. Espelho. Cabelo. Óculos escuros.

Mochila. Not book.Céu escuro. Céu nublado. Nuvens.  Vento. Ventania. Frio. Calafrio.

Relâmpago. Trovão. Chuva.

Frio. Agasalho.  Capa de chuva. Guarda chuva. Rua. Parada. Terminal.

Relâmpago. Trovão. Chuva.

Enxurrada. Bueiro entupido. Ônibus entupido. Nariz entupido. Espirro. Gripe.

Relâmpago. Trovão. Chuva.

Enchente. Gente. Indigente. Lama. Lixo. Esgoto.  Leptospirose.

Relâmpago. Trovão. Chuva.

Congestionamento. Buzinas. Automóveis.  Motocicletas. Capacete.

Relâmpago. Trovão. Chuva.

Acidente. Corpo de Bombeiros. Ambulância. Maca. Sirene. Oxigênio.  Médicos. Hospital. Fila.

Relâmpago. Trovão. Chuva.

Empresa. Elevador. Décimo andar. Relógio de ponto. Para Raio. Pingos. Goteira. 

Relâmpago. Trovão. Chuva.

Telefone Celular. Fora da área. Sem serviço.  Computador. Impressora. Sem energia. Meio dia. Marmita.  Fim do Expediente.

Relâmpago. Trovão. Chuva.

Guarda Roupa. Mofo. Astro  Rei. Sol. Sol. Sol. Onda. Mar. Praia.

Uerbet -Tebreu



12/11/17

ONU Mulheres promove curso de sensibilização para jornalistas


Comunicação, Saúde e direitos das Mulheres  é o tema do evento.   



Começa nesta segunda-feira (11), a partir das 18h e se estende até terça-feira (12) o Curso de Comunicação, Saúde e Direitos das Mulheres, na Sede do Sindicato dos Jornalistas do Estado do Ceará (Sindjorce), promovido pela ONU Mulheres e entidades parceiras do campo da comunicação e outras agências das Nações Unidas.

O projeto conta com apoio de empresas de comunicação digital, formado por duas turmas: uma  voltada para jornalistas e outra  para comunicadoras, comunicadores e ativistas com 50 inscritos em cada categoria.

A iniciativa é viabilizada por projeto de cooperação entre a ONU Mulheres e a Fundação Ford, para incentivar a qualificação da cobertura local da imprensa, de plataformas digitais de comunicação livre, veículos de comunicação comunitários e populares sobre a realidade das mulheres infectadas pelo vírus zika e tríplice epidêmica e arboviroses, articulando os direitos sexuais, direitos reprodutivos, prevenção e eliminação da violência contra as mulheres, tomando por base a garantia das mulheres ao direito humano à comunicação e o incentivo ao empoderamento político e econômico.

O curso tem como objetivo preparar jornalistas, profissionais da imprensa e estudantes de Jornalismo para a abordagem das temáticas de gênero, raça e etnia, colaborando para a melhoria do trabalho jornalístico e da produção de conteúdos livres de comunicação, com destaque à saúde e ao enfrentamento à violência contra as mulheres.

A turma Jornalistas foi preenchida por  repórteres, editoras e editores, produtoras e produtores, assessoras e assessores de imprensa e estudantes de Jornalismo. Este curso retoma a parceria entre a FENAJ e a ONU Mulheres, iniciada, em 2011, com o curso de Gênero, Raça e Etnia para Jornalistas.

Módulos do Curso


Curso de Comunicação, Saúde e Direitos das Mulheres está estruturado em três módulos, – Mulheres, saúde, acesso aos direitos e os contextos de enfrentamento ao racismo, ao etnocentrismo e à violência em sociedade; Comunicação, ética e os princípios da solidariedade e justiça social na saúde; e Mídias digitais – e duas atividades pedagógicas, uma sobre leitura crítica da mídia e outra de produção de conteúdo por meio da interação com fontes especializadas.

Parcerias



Apoio


O curso acontece com apoio das ONGs Criola, Kilombo, Mirim e Odara; dos sindicatos de Jornalistas da BahiaCearáMunicípio do Rio de JaneiroPernambuco  e Rio Grande do Norte; e das instituições de ensino Instituto Federal do Rio Grande do NorteUniversidade Católica de Pernambuco e Universidade Federal do Rio Grande do Norte e das empresas de comunicação digital Google e Twitter.

Sensibilização da mídia


Sensibilização da mídia para agenda de direitos da ONU – Os conteúdos do Curso de Comunicação, Saúde e Direitos das Mulheres se interrelacionam com os propósitos da estratégia global Pacto de Mídia “Dê um passo pela igualdade de gênero”, da ONU Mulheres, que retomam os objetivos da área de preocupação Mulher e Mídia, da Plataforma de Ação de Pequim: aumentar a quantidade de mulheres nos espaços de decisão da mídia e aprimorar a abordagem sobre a temática de gênero, eliminando estereótipos.

Desenvolvimento Sustentável


Trazem, ainda, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, incluindo a campanha internacional UNA-SE, cujo lema de 2017 é “Não deixar ninguém para trás: acabar com a violência contra as mulheres e as meninas”, e os desafios da Década Internacional de Afrodescendentes (2015-2024), para enfrentar o racismo e promover os direitos da população negra, contemplada, no Brasil, pelo Marco de Parceria das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável 2017-2021.

Uerbet Santos (da redação)

Local do evento: Sindijorce - R. Joaquim Sá, 545 - Dionísio Torres, Fortaleza - CE, 60130-050 - Telefone: (85) 3247-1094


  

11/28/17

Professor sensibiliza comunidade e gestores da PMF para retirada do ‘Lixão’ na entrada do Mucuripe


Gildo Lustosa, o cidadão que escuta o grito da comunidade por um bairro melhor pra viver.




“Grita, Mucuripe que eu te escuto”. 


Esse foi o tema da campanha de conscientização para o descarte correto de lixo no Bairro do Mucuripe, criada por Gildo Lustosa. A ação se iniciou com um vídeo ao vivo no face book (live) que viralizou na internet, com mais de 14 mil acessos entre visualizações, comentários e compartilhamentos, no qual o  educador, usa como exemplo, uma iniciativa que deu certo no Bairro Serviluz, nos mesmos moldes do “lixão” que se avoluma à décadas na entrada do Mucuripe. 

“Eu passei três meses tentando contato com os órgãos responsáveis e nada de retorno. Então eu tive que tornar isso público, para que, não só a comunidade do Mucuripe, mas a sociedade visse o descaso do poder público e a falta de respeito com o cidadão”, 

explica Gildo.

De fato, a limpeza do local é uma reivindicação antiga da comunidade do Mucuripe, que mesmo tendo representantes na Câmera Municipal de Fortaleza, nunca teve essa demanda atendida. 

Na visão do articulista,

“quem não aprende pelo amor, aprende pela dor”. 

Disse ainda que:

“o cidadão, que paga os impostos tem que gritar e lutar pelos seus direitos”.


Descarte irregular de Lixo


Sobre o problema gerado pelo descarte ilegal de lixo, o professor, que mora em frente ao “lixão”, informou que os três contêineres que a empresa responsável pela coleta (Etufor Ambiental), colocou para receber o lixo domiciliar, recebe também as vísceras de peixes, crustáceos e mariscos dos restaurantes da entorno da Beira-Mar, causando mau cheiro.

E ainda, restos de podas de arvores, além de móveis, estofados e pneus velhos não só da comunidade, mai também de Bairros do entorno, a exemplo de Meireles, Varjota, Caça e Pesca, Castelo Encantado entre outros.

“Alem disso, micro empresário e empresários do ramo de supermercado aqui do entorno, que tem empresas registradas, são obrigados, por Lei, a fazer a coleta seletiva, e não têm um planejamento nesse sentido, também despejam aqui seu lixo”, 

complementa seu alerta Gildo.

“Lei do Lixo”

O blog apurou que o Professor referiu-se a  “Lei do Lixo” (nº 12.305),  como ficou conhecida a Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS - sancionada em agosto de 2010 pelo presidente Lula e publicado em dezembro do mesmo ano.

Na prática, a lei estabelece a Gestão Integrada de Resíduos, onde o material descartado pela sociedade e todos os atores envolvidos (como sistemas de coleta seletiva, cooperativas, triagem e tratamento dos resíduos, por exemplo) são regulamentados com base no sistema de responsabilidade compartilhada. Ou seja, o Poder Público, o setor empresarial e a coletividade são responsáveis pela efetividade da Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Articulação

O fato é que para reverter o quadro de inoperância do poder público frente ao problema do  “Lixão” na entrada do Mucuripe, Gildo mobilizou os moradores , formou uma comissão e articulou com o vereador que representa a comunidade na Câmara Municipal de Fortaleza, que agendasse reunião com o a coordenador do departamento de  Conservação e Serviço Público da Secretaria Regional II ( SER II) , da Prefeitura Municipal de Fortaleza (PMF), Breno Rafael, ocasião na qual  expôs  o problema do “Lixão”




Com a pressão exercita nas redes sociais, o grito da comunidade foi ouvido e as benfeitorias foram realizadas. O secretario da SER II, Ferrúccio Feitosa (foto), acompanhou o andamento da obra de revitalização que a PMF em parceria coma comunidade realizou na porta de entrada do Mucuripe.



Benfeitorias

Entre as ações de revitalização observou-se a retirada os contêineres da Etufor, a limpeza do local, de onde foram retirados lixo e entulho. A área foi replainada com areia e sinalizada com pneus coloridos e mudas foram plantadas em seu entorno. Houve ainda, intervenção de grafiteiros nas paredes das casas naquela região, tornando o ambiente mais agradável visualmente.



Foram também colocadas placas de advertência da Ecofor Ambiental, sinalizando sobre a proibição de colocar lixo naquele local e indicando que entulhos, móveis e podas devem ser encaminhados ao Ecoponto,  mais próximo, localizado no Bairro Varjota.  

Gildo também falou ao Blog que apresentou à Regional II, além do problema do “lixão”, uma pauta de soluções, para que as melhorias realizadas surtissem efeito em curto, médio e a longo prazo e com isso,  conscientizasse a população sobre o descarte correto de lixo domiciliar.

Conscientização

Entre as resoluções o professor destacou que a primeiro passo foi a divulgação via carro de som, panfletos e imãs de geladeiras sobre o horário de coleta sistemática de lixo na porta das residências, as segundas, quartas e sextas, no período da manhã.

“Nas ruas que os carros não cobrem, passam motoqueiros recolhendo o lixo, e nas ruas que as motos não passam, como becos e vielas, funcionários da Etufor com carros de mão recolhem o lixo nas casas e deixam em um local estratégico para o carro fazer a coleta”,

acrescentou o articulador social

Mucuripe fonte de inspiração

O Bairro, fruto de uma colônia de pescadores alfabetizados pela Professora Aida Balaio, é tradicional por ser fonte de inspiração para artistas expressarem sua arte, como Raimundo Fagner em uma de suas musicas “As velas do Mucuripe” e José de Alencar,  escreveu seu mais ilustre livro de romances, “Iracema”, hoje estaria orgulhoso de seus herdeiros, principalmente, pelo trabalho voluntário realizado por Gildo Lustosa, que surtiu efeito positivo. O portal de entrada do Mucuripe, na via expressa, que antes da ação, era reduto de ratos, baratas, mau cheiro, poluição visual e fonte de doenças para a população, agora respira outros ares.



O educador observa que um dos impactos do seu “grito”, foi o aumento diário das demandas  solicitadas pela comunidade para resolução de problemas em outros pontos do Bairro.

“Eu vejo que a sociedade clama por uma voz forte do representante do Bairro, mais isso não tá acontecendo, por isso estão me procurando, via mensagens no privado [whatzap] para gritar por eles”, 

pontuou.

É esse mesmo lugar, no qual hoje, habitam tantos outros artistas contemporâneos notórios e anônimos, trabalhadores e famílias simples, mas de valor, que acreditaram na força da comunidade, que juntas com o voluntariado do Professor Gildo Lustosa, puderam mudar um pouco da realidade desse, que foi o primeiro Monte avistado pelo navegador espanhol Vicente Pinzón, ao chegar ao Brasil, muito antes de Pedro Álvares Cabral cá aportar: o Mucuripe.  

Para saber mais:

Confira o podcast da entrevista com Astrogildo Lustosa e saiba mais sobre o ele pensa e faz no link:
https://soundcloud.com/uerbet-santos/grita-mucuripe-que-eu-te

Serviço:
Denuncias sobre o descarte irregular de lixo  ligue: 156

Reportagem: Uerbet Santos
Fotos: Tebreu



11/21/17

Cearense Wercley Carneiro é campeão Sul-Americano de Paracanoagem


O evento aconteceu neste sábado (18), na Praia de Los Yuyos, Barranco, Lima-Peru



“O Chileno estava em primeiro. Ele abriu distância, mas eu recuperei e quando estava próximo da chegada, ele errou a boia, saiu do traçado e eu continuei na raia  correta e ganhei. Foi difícil, mas valeu o esforço”. 


Assim Wercley detalhou, com exclusividade, para o blog, como foi a prova que o levou a conquista da sua primeira medalha de ouro, em sua nova categoria, a canoa  PARAVA'A V1/VL2 de  3 km, em mar aberto.

O Paracanoista desembarcou na madrugada desta terça feira (21) no Aeroporto Internacional Pinto Martins trazendo na bagagem mais experiência e a cobiçada medalha de ouro. 

Wercley disse a nossa reportagem que a estratégia de sua equipe, em mudar horário da prova, foi decisiva para  a sua conquista.

“A prova estava marcada para às 15h [hora local]. O mar estava muito revolto com ondas horríveis. Pedimos para mudar para o período da manhã, com o mar mais calmo e mais adequado ao mar da Praia do Mucuripe, onde fiz meus treinos”, 


explicou o paratleta.



O canoísta encerra a temporada 2017 com duas medalhas de ouro ( Sul-americano e Copa Brasil de Velocidade) e uma de bronze (Brasileiro de Paracanoagem).

De acordo com o técnico  Jorge Sousa Freitas, treinador de Wercley, o paratleta se adaptou bem à  canoa Va’a (nome que os polinésios deram para a embarcação usada na competição) e agora, na sua análise, a meta é se especializar mais ainda nessa modalidade.

Wercley concorda com seu técnico, e também comentou que essa experiência internacional lhe deu maior controle do barco, mas sobretudo, deixou clara a necessidade imprescindível de equipamento para treino.

“Eu treinei no similar, que  ajuda muito,  mas definitivamente é necessário mais intimidade com o equipamento para melhorar minha performance”.


Segundo apurou o Blog, esse equipamento que o canoísta precisa para treinar não vende em Fortaleza, mas tem disponível nas cidades do Rio de Janeiro e Curitiba. O custo estimado com o remo e frete, varia entre R$ 9 mil e R$ 15 mil reais, dependendo da marca.

Pelas redes sociais, o campeão Sul-americano, agradeceu aos amigos que colaboraram financeiramente com sua viagem e especialmente à Unimed Fortaleza que cedeu as passagens aéreas.

Uerbet Santos (da redação)
Fotos: Facebook/Divulgação



11/17/17

Especialistas em transporte lançam 10 Princípios de Mobilidade Compartilhada para Cidades Humanas


A Lista de princípios ajuda a guiar tomadores de decisão e a população na transição para os novos serviços de mobilidade.




Enquanto a Prefeitura de Fortaleza em parceria com o Governo do Estado lança nesta manhã de sexta-feira (17) no Palácio da Abolição, lançam o Plano de Investimento para Urbanismo, Mobilidade e Meio ambiente, especialistas em transportes apresentam os 10 Princípios de Mobilidade para Cidades Humanas, incentivando a movimentação das pessoas e não dos carros.

Segundo o estudo, o ritmo da inovação tecnológica do setor privado em serviços de transporte compartilhado, veículos e redes é acelerado e cheio de oportunidades, bem como riscos.

Os especialistas apontam que a chegada iminente dos veículos autônomos, por exemplo, terá um impacto profundo nos meios de subsistência, no congestionamento e no uso do solo urbano. Ao mesmo tempo, as ruas da cidade são um recurso finito e escasso.

Confira no infográfico anmado abaixo esses 10 Princípios para uma vida mais saudável e harmoniosa nas cidades. Cique nos pontos.




De acordo com a ONG de cidade WRI Ross Centro para Cidades Sustentáveis,  que participou da criação dessa iniciativa, o  lançamento dos 10 Princípios de Mobilidade Compartilhada para Cidades Humanas, liderada pela cofundadora da Zipcar, Robin Chase, tem o objetivo de ajudar a orientar os tomadores de decisão das cidades e a população sobre quais seriam os melhores resultados para todos.

Encabeçam essa solução, as  principais ONGs de cidades e transportes, incluindo C40, ICLEI, ITDP, Natural Resources Defense Council, Fundação SLoCaT, instituto Rocky Mountain e Shared-Use Mobility Center.

O grupo estimula cidades, empresas e ONGs a apoiar e aplicar os princípios e se envolver com o grupo sobre como melhorá-los. A execução exigirá os esforços de todas as partes interessadas, com um papel especial para governos proativos e orientados para os resultados, que possam tomar decisões localmente usando todas as ferramentas sobre as quais têm competência.

"A sustentabilidade e a equidade social devem ajudar a guiar a revolução do transporte com a mobilidade compartilhada e autônoma", 

declara Amanda Eaken, diretora de Transporte e Clima do Natural Resources Defense Council.

"Veículos compartilhados e autônomos já estão tendo um impacto sobre o que atualmente chamamos de 'transporte público'. Esses 10 princípios direcionarão os governos, as ONGs, o setor privado e os cidadãos para ações capazes de tornar o ar mais limpo, reduzir a expansão urbana e as emissões de poluentes".

Conclui  Amanda.

Serviço:
Para saber mais sobre os 10 Princípios de Mobilidade Compartilhada para Cidades Humanas, visite sharedmobilityprinciples.org

Uerbet Santos  (Da redação)
Infografico: WRI 
Fonte: http://wricidades.org


11/06/17

Senador denuncia sucateamento das aeronaves da Avianca e critica a ANAC.

Raimundo Lira criticou também a Gol e a American Airline




Em seu pronunciamento na sessão planária do Senado Federal desta segunda-feira (6) Raimundo Lira (PMDB-PB) alertou  os parlamentares sobre a ingerência da Agência Nacional  da  Aviação Civil – ANAC. No entender do senador a ANAC não faz jus ao seu serviço de fiscalização das companhias aéreas que lhe foi delegada com a privatização do setor de transporte aéreo.

Para reforçar sua afirmação o parlamentar citou o exemplo da Avianca, para quem a frota de aeronaves que fazem linha em solo brasileiro está “velha”, quando comparada aos aviões da Companhia que voam na Bolívia. 

“Eles [Avianca] trazem os aviões 787 mais antigos da Bolívia para o Brasil e colocam os novos lá”, critica lira.

Segundo o Blog apurou a Avianca recebeu 3.563 reclamações via o site Reclame Aqui nos últimos 12 meses, que em média são respondidas em até dois dias em média. A maioria das reclamações dos passageiros é sobre o mau atendimento no prestador de serviço e estorno de valor pago, seja por cobrança indevida ou  por cobrança de valor abusivo.

De acordo com o Reclame Aqui, a Avianca resolveu 61,1% dos problemas e respondeu 100% das reclamações. De todos que reclamaram, 55,4% voltariam a fazer negócio com a companhia aérea e deram uma nota média de 4,93 para o atendimento recebido.

GOL


Outra companhia Aérea que, no entender do Senador, deveria ter interpelada pela ANAC, é a GOL Linhas Aéreas. Segundo Lira, caso o passageiro desista da fazer a viagem e solicite o reembolso do valor pago na passagem, a Gol só devolve metade do valor.

Para registrar sua indignação com esse fato o parlamentar fez uma analogia com a ‘saidinha bancária’. 

“É como se você sacasse do banco R$ 4 mil, colocasse R$ 2 mil em cada bolso e na saída do banco fosse assaltado e entregasse só R$ 2 mil. O consumidor ficaria com a sensação de ter a metade do dinheiro roubado”, dispara o parlamentar

American Airlines


O parlamentar criticou também a política de preços praticados pela American Airlines nos voos internacionais, que, segundo ele,  está custando,  em média, três vezes mais caro, por hora voada, do que os valores dos voos que a Emirates Airlines  cobra em um voo do Brasil para Dubai, por exemplo.

“A Emirates utiliza uma aeronave de ultima geração com serviço de bordo de ponta, em contra partida, a aeronave da Americam Airline coloca a disposição dos passageiros internacionais aviões 757, de 30 anos, chamados por todos de ‘sucatões’ e cobra o triplo do valor”, denuncia Raimundo Lira.

Serviço:


Para saber todos os tipos de reclamações feitas pelos consumidores da Avianca e das outras  companhias aéreas  acesse o link  do Reclame Aqui:


Para entender a hierarquia na aviação civil


O órgão máximo da aviação civil é o Ministério dos Transportes, portos e Aviação Civil. A ele está diretamente subordinada a Secretaria de Aviação Civil, entidade com status de ministério, ligada à Presidência da República que coordena e supervisiona ações voltadas para o desenvolvimento estratégico do setor da aviação civil e da infraestrutura aeroportuária e aeronáutica no Brasil.

Dentre as atribuições da pasta estão o planejamento do setor aéreo, a coordenação de fundos de desenvolvimento de infraestrutura — em especial o Fnac (Fundo Nacional de Aviação Civil) — e a coordenação dos órgãos e entidades do sistema de aviação civil brasileiro — como a ANAC e a Infraero —, em articulação, no que couber, com o Ministério da Defesa;


Uerbet Santos  (Da redação)


9/23/17

Fernando Fernandes chamou de “infantil” o atual modelo de classificação funcional do Comitê Paralímpico, no ‘Conversa com Bial’


O tetracampeão disse no programa que essa modo de avaliação funcional  dos atletas foi decisiva para sua não participação nas Olimpíadas  Rio 2014



Fernando Fernandes participou nesta quarta-feira (20) do ‘Conversa com Bial’, entre os diversos assuntos da pauta, ganhou destaque, a indignação do paratleta com o atual modelo de classificação funcional adotado pelo Comitê Paralimpico Brasileiro.

“É infantil e incompetente porque não utiliza nem uma metodologia, a não ser a visual, além de confiar cegamente na boa atitude do atleta para colocá-lo na devida categoria. É feito por voluntários. Não é um sistema justo, pois é fácil de burlar. O que é muito comum no mundo paralimpico.”, dispara o ex-BBB.

A avaliação feita pelo Comitê paralimpico indica em qual categoria o atleta está apto à disputar e leva em conta a utilização dos troncos, braços e pernas na remada. KL1, usa só os braços, KL2, troncos e braços e KL3 braços, tronco e pernas.

Para Fernandes, ele deveria ser enquadrado na categoria KL2 e não na KL1, por conta disso, ficou na 5ª colocação no caiaque KL1 no Mundial de Duisburg de paracanoagem e desclassificado para a Paralimpíada no Rio de Janeiro.

O paracanoista falou à Bial que “a má utilização desse critério, refletiu diretamente no ranking de classificação do Brasil, que previa ficar em quinto no computo geral e ficou em oitavo em face de outros países se beneficiarem desse sistema de classificação”.

Fernando sugere mudanças


Fernando disse também que esse modelo tem que ser revisto, para o bem do esporte e principalmente, pelo que isso vai gerar na sociedade, pois, de acordo com o tetracampeão,

“enquanto não mudar o sistema de classificação funcional parallmpico, os atletas vão ficar conhecidos como deficientes praticando esportes e não como atletas de auto rendimento em atividade esportiva”.


O medalhista não ficou só no campo de ataque ao modelo de seleção atualmente adotado, também sugeriu soluções. “Acho que a classificação funcional deveria ser feita à parte do Comitê Paralímpico, assim como é o exame antidoping”, sugere.

O que pensam outros paracanoistas sobre o assunto?




Procurando pela nossa reportagem para opinar sobre o assunto, o paracanoista cearense Wercley Carneiro, atleta do Clube BRA Va'a do Rio de Janeiro, medalha de bronze no Campeonato Brasileiro de Paracanoagem na categoria Canoa (VL2) 200m, realizado no início de julho último em Curitiba-PR, também concorda que a avaliação sobre Fernando falhou e que ele deveria ser da categoria KL2 e não KL1.

“Na verdade, ninguém [paratletas] concorda com essa modo de classificação funcional.  É ridícula, inoperante e ditatorial. É notório que tem um jogo de interesses. O Fernando é KL2”, todo mundo sabe, mas não faz nada”, declarou Wercley.

Paracanoista cearense também é prejudicado 


O paratleta cearense revelou que também foi prejudicado pelo modelo de classificação que o Comitê Paralimpico Brasiliero adota. 

“Bem, eu tenho pouco equilíbrio por não ter perna. Os ‘cotoquinhos’ que tenho, são curtos. Isso aumenta o meu desequilíbrio no caiaque. Mesmo assim, fui classificado na KL2, mas, acredito que eu deveria ser KL1”, 

desabafa Wercley que foi diagnosticado com deformação dos membros inferiores ao nascer, em decorrência da sua mãe ter usado a Talidomida, para passar os enjoos frequentes, nos primeiros meses de gestação.

Paratletas se beneficiam da fragilidade do modelo de classificação funcional


O medalhista cearense citou também um caso ocorrido no Brasileiro de Paracanoagem, bastante comentado entre os atletas, no qual um atleta [não relevou o nome], usa muletas e se locomove e estava inscrito no Caiaque KL2.

“Ora, se ele consegue ficar ereto mesmo com muletas, quer dizer que ele tem musculatura ativa nas pernas, pode até ser pouca, mas tem. Nesse caso, a classificação diz que, te tiver ação muscular inferior é KL3, mas ele disputou KL2”, detalhou Wercley.

Exemplo


Mesmo fora das Paraolimpíadas, o Ex-BBB serve de espelho para que outras pessoas com deficiência pratiquem a canoagem de esporte de alto rendimento. É o caso paratleta, Felipe Pacheco, tetraplégico que começou a remar por influência do Fernando, que também participou do ‘Conversa com Bial’

O tetracampeão paralimpico (2010 a 2013) Fernando acredita que à época tentou fazer de tudo pelos bastidores para reverter essa situação, mais não conseguiu. Mas, agora, com apoio dos atletas e da sociedade, as derrotas podem se transformar em conquistas. 

“Acabei pagando um preço caro por isso: fui desclassificado para as Paraolimpiadas 2014.Me calei diante desse absurdo, mas o esporte paralimpico tá crescendo e eu acredito que isso também vai mudar” concluiu Fernando ao Bial.

Tentamos contato com a assessoria de imprensa do Comitê Paralimpico Brasileiro para se posicionar sobre essa polêmica, mas até a publicação dessa matéria não obtemos retorno.

Para saber mais, acesse : 



Uerbet Santos (Da redação)

Fotos: Divulgação