2/10/24

OPINIÃO - Ex-técnico da Seleção feminina de basquete indica o caminho para o Brasil passar pela Sérvia no jogo deste sábado (10)

"Fortalecer a defesa e aproveitar a baixa estatura das sérvias para concentrar seu ataque no porte baixo", são algumas das 'dicas de ouro' de Paulo Tinoco.




Belém/PA - Depois de ser derrotado no primeiro jogo da competição, pela forte equipe da Austrália, o Brasil e as demais equipes, apresentaram os seus  respectivos DNAs técnico, expondo suas qualidades e deficiências para a  competição.

O enviado especial do BUS para cobrir o Pré-Olímpico , Paulo Tinoco,  análisou as chances do Brasil classificar-se às Olimpíadas de Paris  2024 no pré- olímpico de Belém do Pará. Para tanto precisa vencer a Sérvia  e a Alemanha.

Paulo Tinoco foi assistente-técnico  de Barbosa na Seleção brasileira que disputou o Mundia da Coreia, em 1979, aonde começou a geração de Hortência  e Paula e técnico da Seleção feminina para o Sul-Americano Juvenil.

O experiente treinador apontou alguns atalhos que o Brasil pode tomar contra a Servia para continuar sua caminhada rumo à classificação.


Paulo Tinoco 

"Nesse jogo [contra a Sérvia], a Seleção brasileira, deve jogar de forma a tomar a iniciativa e o domínio do jogo desde o primeiro quarto e variar o ritmo e a intensidade a medida que o adversário variar a forma de jogar. 

Precisamos fortalecer a defesa, que é aspecto importante e essencial para qualquer equipe, considerando que a partir de uma boa defesa, se prepara o ataque.  

A partir disso e melhorando a transição, pode o Brasil focar as jogadas com ênfase para as finalizações para dentro do garrafão, já que o time da Sérvia é baixo e não marca com eficiência o jogo de proximidade com a cesta", orientou Tinoco.

Paulo destacou a importância  em observar o comportamento da equipe adversária. "Se  elas [sérvias], continuarem insistindo em definir o jogo dentro do garrafão - o que será bom para o Brasil - faremos um defesa mais compacta e com domínio de tabela, já que temos um time mais alto".


O ex-técnico da Seleção  alertou  sobre uma das armas das adversárias e indicou como se defender desse ataque.

"Muito cuidado com o excelente aproveitamento dos arremessos de média e longa distância, pois se priorizarem o jogo nesse aspecto. Caso ocorra,  o Brasil deve colocar em quadra, uma equipe mais rápida e eficiente em uma defesa individualizada com constantes e permanentes dobras, dificultando o aproveitamento dos arremessos".


"Espero que Tayná Paixão melhore o rendimento, já que no primeiro jogo, simplesmente inexistiu e sabemos o potencial que a atleta tem", concluiu o especialista em basquete.

O jogo será  às 20h, no Mangueirinho, em Belém do Pará e terá transmissão da ESPN e raio-x do BUS-Blog do Uerbet Santos. Antes, às 17h,  a Alemanha encara a Austrália.

Retrospectos de Brasil e Sérvia
A Sérvia perdeu por 66-73 contra a Alemanha no seu primeiro jogo deste Torneio de Qualificação Olímpica Feminina de 2024, no entanto, também perdeu o seu primeiro jogo no TQO 2020 (contra os EUA) antes de vencer os dois seguintes; perdeu os dois jogos em que não conseguiu chegar aos 70 pontos e venceu os dois jogos em que marcou mais de 70 pontos na competição. 

O Brasil perdeu os últimos quatro jogos nas Eliminatórias Olímpicas Femininas, a mais longa sequência de derrotas na competição; marcou apenas 55 pontos no primeiro jogo desta OQT 2024, contra a Austrália, sendo a primeira vez com menos de 60 pontos marcados em 28 jogos na competição. 

Dragana Stankovic (Sérvia) fez cinco bloqueios na primeira jornada contra a Alemanha, o máximo para uma jogadora neste Torneio de Qualificação Olímpica Feminina de 2024 e o segundo maior para uma jogadora num jogo nas últimas três edições. Stankovic fez apenas dois bloqueios na edição de 2020; na verdade, nenhum jogador sérvio registrou mais de três bloqueios em todo o OQT de 2020.

Serviço:
Sábado:10/2
17h - Alemanha x Austrália
20h - Brasil x Sérvia 

Por Uerbet Santos/com informações estatísticas/Fiba
Fotos: Divulgação/Fiba

2/09/24

Brasil estreia com derrota na abertura do Pré-Olímpico de basquete feminino

Neste sábado (10),  as brazucas encaram as sérvias, em busca de carimbar um lugar em Paris 2024



Belem/PA - A Austrália levou a melhor sobre o Brasil no jogo que marcou a abertura do Pré-Olímpico de basquete feminino, em Belém do Pará, no ginásio Mangueirinho. Em um jogaço e com casa cheia com mais de 7 mil pessoas, vitória australiana por 60 a 55 (com direito a erro na súmula, que deveria ter 59 a 55) e com os últimos minutos de alternância no placar, com indefinição sobre quem levaria a melhor. 

Por conta de um "erro de direito", já que a mesa de oficiais assinalou uma cesta de dois pontos como três pontos para a Austrália, inclusive no placar do confronto, a CBB acionou o seu departamento jurídico e emitiu nota oficial. 

"A Austrália tem um dos melhores times do mundo e uma das melhores técnicas do mundo. Um time que roda muito bem a bola e que dá dificuldades para qualquer um. É dia de viver o luto, pois tínhamos chances de vencer, mas é preciso virar logo a página para seguirmos adiante no torneio, pois mostramos que podemos enfrentar qualquer um", disse o técnico José Neto.

O resultado não tira o Brasil da briga. No primeiro jogo do grupo, a Alemanha venceu a Sérvia por 73 a 66, e lidera a chave no saldo de cestas. 

No sábado, dia 10, às 17h, a Alemanha duela contra a Austrália. Em seguida, às 20h, a Seleção encara a Servia, com transmissão ao vivo da ESPN e raio-x da partida aqui no BUS.

Como três equipes carimbam um lugar em Paris 2024, o Brasil depende apenas de si para se classificar para os Jogos Olímpicos, já que ainda pega a Alemanha no domingo, e a Austrália joga contra a Sérvia no mesmo dia.

"Melhoramos muito nos dois últimos períodos, o time se recompôs e tivemos muitas qualidades. É melhorar onde erramos para podermos brigar por essa vaga na decisão de sábado", citou Leila.


Panorama das equipes
O professor PauloTinoco, especialista em basquete, analizou as equipes e a próxima adversária do Brasil, a Sérvia. Ele achou as equipes (Brasil e Austrália), de forma geral, muito parecidas, embora, segundo ele, tenham características técnicas individuais pontualmente diferentes. Para Paulão, a grande decepção do Pré-Olímpico é a  Sérvia, de quem ele esperava mais.

"Brasil: pouco treinada e defesa fraca e ataque inconsistente, melhor jogadora Tamires e Tainá não está bem e me parece acima do peso.  

Austrália: muito bem treinada e defesa forte, dobrando sempre, inclusive nas jogadas de dentro do garrafão. Transição muito bem feita e aproveitamento bom nos arremessos de média e longa distância. 

Destaque para a número 13, Ezi Magbegor, que faz tudo e joga em todas as funções, dentro e fora, eficiente e muito técnica, acho que é a melhor jogadora da competição. 

Alemanha: Time forte e alto, Transição regular e domina os rebotes defensivo e ofensivo. Destaque para a número 0,  Satou Sabally, que chama a responsabilidade pra si, sempre que precisa.                     

Sérvia: Esperava mais, por ser uma equipe oriunda da chamada cortina de ferro, mas não tem um padrão de jogo consistente e alterna bons e maus momentos durante todo o jogo, não conseguindo ter uma estabilidade constante.

Time de baixa estatura e insiste em tentar definir os ataques dentro do garrafão, embora tenha um bom aproveitamento de arremessos de média e longa distância. Não pontuei nenhum destaque pessoal", analizou Tinoco.

Destaques 
De fato, o comentário de Tinoco confere  com as estatísticas de performance das  atletas nessa primeira rodada do Pré de Belém. 


Com 29 de eficiência, 20 pontos, oito rebotes e duas assistências, a alemã Leonie Flebich ( foto acima)  é a melhor jogadora até agora da competição.



Seguida por Ezi Magbegor ( foto acima),  também com 29.0 de eficiência, 18 pontos, sete rebotes e uma assistência.


A também alemã Satou Sabally (foto acima), tem o terceiro melhor aproveitamento com 25 de eficiênci, conquistados por seus 14 pontos, 17 rebotes e quatro assistências na primeira partida. 

Estatísticas do Brasil 


A pivô Camila Soares (foto acima), é a sétima atleta mais eficiente (14), indice que retrata seus 10 pontos, quatro rebotes e quatro assistências. 
A armadora Débora Dantas é a oitava, com 12 de eficiência, cinco pontos, quatro rebotes e quatro assistências.

Damires é a cestinha brasileira até agora, pontuou 11 vezes e pegou quadro rebotes, seguida por Leila (10 pontos e dois rebotes).

Próximo jogo 

Sábado, 10/2
17h - Alemanha x Austrália
20h - Brasil x Sérvia 

Por Uerbet Santos (com informações/Assessoria CBB e estatísticas/Fiba).
Fotos: Divulgação/Fiba