2/09/24

Brasil estreia com derrota na abertura do Pré-Olímpico de basquete feminino

Neste sábado (10),  as brazucas encaram as sérvias, em busca de carimbar um lugar em Paris 2024



Belem/PA - A Austrália levou a melhor sobre o Brasil no jogo que marcou a abertura do Pré-Olímpico de basquete feminino, em Belém do Pará, no ginásio Mangueirinho. Em um jogaço e com casa cheia com mais de 7 mil pessoas, vitória australiana por 60 a 55 (com direito a erro na súmula, que deveria ter 59 a 55) e com os últimos minutos de alternância no placar, com indefinição sobre quem levaria a melhor. 

Por conta de um "erro de direito", já que a mesa de oficiais assinalou uma cesta de dois pontos como três pontos para a Austrália, inclusive no placar do confronto, a CBB acionou o seu departamento jurídico e emitiu nota oficial. 

"A Austrália tem um dos melhores times do mundo e uma das melhores técnicas do mundo. Um time que roda muito bem a bola e que dá dificuldades para qualquer um. É dia de viver o luto, pois tínhamos chances de vencer, mas é preciso virar logo a página para seguirmos adiante no torneio, pois mostramos que podemos enfrentar qualquer um", disse o técnico José Neto.

O resultado não tira o Brasil da briga. No primeiro jogo do grupo, a Alemanha venceu a Sérvia por 73 a 66, e lidera a chave no saldo de cestas. 

No sábado, dia 10, às 17h, a Alemanha duela contra a Austrália. Em seguida, às 20h, a Seleção encara a Servia, com transmissão ao vivo da ESPN e raio-x da partida aqui no BUS.

Como três equipes carimbam um lugar em Paris 2024, o Brasil depende apenas de si para se classificar para os Jogos Olímpicos, já que ainda pega a Alemanha no domingo, e a Austrália joga contra a Sérvia no mesmo dia.

"Melhoramos muito nos dois últimos períodos, o time se recompôs e tivemos muitas qualidades. É melhorar onde erramos para podermos brigar por essa vaga na decisão de sábado", citou Leila.


Panorama das equipes
O professor PauloTinoco, especialista em basquete, analizou as equipes e a próxima adversária do Brasil, a Sérvia. Ele achou as equipes (Brasil e Austrália), de forma geral, muito parecidas, embora, segundo ele, tenham características técnicas individuais pontualmente diferentes. Para Paulão, a grande decepção do Pré-Olímpico é a  Sérvia, de quem ele esperava mais.

"Brasil: pouco treinada e defesa fraca e ataque inconsistente, melhor jogadora Tamires e Tainá não está bem e me parece acima do peso.  

Austrália: muito bem treinada e defesa forte, dobrando sempre, inclusive nas jogadas de dentro do garrafão. Transição muito bem feita e aproveitamento bom nos arremessos de média e longa distância. 

Destaque para a número 13, Ezi Magbegor, que faz tudo e joga em todas as funções, dentro e fora, eficiente e muito técnica, acho que é a melhor jogadora da competição. 

Alemanha: Time forte e alto, Transição regular e domina os rebotes defensivo e ofensivo. Destaque para a número 0,  Satou Sabally, que chama a responsabilidade pra si, sempre que precisa.                     

Sérvia: Esperava mais, por ser uma equipe oriunda da chamada cortina de ferro, mas não tem um padrão de jogo consistente e alterna bons e maus momentos durante todo o jogo, não conseguindo ter uma estabilidade constante.

Time de baixa estatura e insiste em tentar definir os ataques dentro do garrafão, embora tenha um bom aproveitamento de arremessos de média e longa distância. Não pontuei nenhum destaque pessoal", analizou Tinoco.

Destaques 
De fato, o comentário de Tinoco confere  com as estatísticas de performance das  atletas nessa primeira rodada do Pré de Belém. 


Com 29 de eficiência, 20 pontos, oito rebotes e duas assistências, a alemã Leonie Flebich ( foto acima)  é a melhor jogadora até agora da competição.



Seguida por Ezi Magbegor ( foto acima),  também com 29.0 de eficiência, 18 pontos, sete rebotes e uma assistência.


A também alemã Satou Sabally (foto acima), tem o terceiro melhor aproveitamento com 25 de eficiênci, conquistados por seus 14 pontos, 17 rebotes e quatro assistências na primeira partida. 

Estatísticas do Brasil 


A pivô Camila Soares (foto acima), é a sétima atleta mais eficiente (14), indice que retrata seus 10 pontos, quatro rebotes e quatro assistências. 
A armadora Débora Dantas é a oitava, com 12 de eficiência, cinco pontos, quatro rebotes e quatro assistências.

Damires é a cestinha brasileira até agora, pontuou 11 vezes e pegou quadro rebotes, seguida por Leila (10 pontos e dois rebotes).

Próximo jogo 

Sábado, 10/2
17h - Alemanha x Austrália
20h - Brasil x Sérvia 

Por Uerbet Santos (com informações/Assessoria CBB e estatísticas/Fiba).
Fotos: Divulgação/Fiba

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