11/06/14

JORNALISTA ÍVILA BESSA FALA SOBRE O WHATSAPP


WHATSAPP:   A BOLA DA VEZ DOS CONTEÚDOS DIGITAIS.

Um dos eventos realizados a 13ª Semana de Comunicação da Estácio (SEMACOM- 2014)  foi o  painel,” O uso do WhatSapp em Campanha Eleitoral”, ministrado por Ívila Bessa (foto), editora-chefe de conteúdos digitais do  Jornal Diário do Nordeste (DN).  
A jornalista conversou com o  repórter Uerbet Santos sobre esse novo universo da comunicação digital e suas possibilidades. Durante a entrevista falou sobre como o DN utiliza essa nova ferramenta de interação com o público e  destacou  que para os veículos de comunicação , relacionar-se com o público nos dias de hoje  nos meios digitais é uma questão de sobrevivência inclusive  de mercado, de posicionamento correto da marca ”. 
Confira os principais trechos da entrevista.

Uerbet Santos- Qual o foco principal dessa oficina sobre  WhatSapp?

Ívila Bessa - Mostrar o potencia de plataformas  sociais, de redes sociais para perspectiva de jornalismo colaborativo. Como o público é sedento, tem interesse de mandar  pautas, de mandar flagrantes de fotos e de vídeos.

Uerbet Santos – A proliferação de tabletes e  smart fones pode ser um motivo desse interesse do público?

Ívila Bessa - Sim! Todo mundo dispõe, porta um equipamento de registro de foto, de texto e essas pessoas tem o status de às vezes tentar resolver um problema na sua Rua ou no seu Bairro ou então o status do tipo “Eu colaborei, tive minha matéria veiculada pelo Jornal Nacional”, por exemplo.

Uerbet Santos – Existe demanda de público reprimida que precisa ser absorvida pelos veículos de comunicação?

Ívila Bessa  falando sobre o WhatSapp aos alunos de jornalismo
Ívila Bessa – Há uma demanda sim do público nessa perspectiva! O que é muito importante para os veículos de comunicação que eles abram esse leque de aproximação com o público. Isso é importante em termos de cobertura. É um reconhecimento humilde do veículo de comunicação de que de fato eles não conseguem abordar todos os Bairros de Fortaleza. Então as pessoas de repente podem olhar, mandam o registro e você planta uma semente.

Uerbet Santos: Plantar sementes significa enriquecer-se de pautas?

Ívila Bessa - Por que eu digo plantar uma semente? Porque você está recebendo apenas um registro bruto! Você recebeu, viu que aquilo é relevante, entra em contato com a pessoa (fonte) e você destina e transforma isso em notícia jornalística.

Uerbet Santos:  É correto afirmar que ter uma relação saudável com esse público  é fundamental para o crescimento das empresas de comunicação no mercado?

Ívila Bessa : Essa aproximação com o público é extremamente fundamental. Nessa perspectiva de tentar identificar um leque mais amplo de cobertura e de relacionamento com o público. Relacionar-se com o público nos dias de hoje nos meios digitais é uma questão de sobrevivência inclusive de mercado, de posicionamento correto da marca nos meios digitais.

Uerbet Santos:  Quais são os assuntos mais enviados para o  WhatSapp do DN?

Ívila Bessa: O público envia de tudo. Envie desde pornografia, mulheres que tiram fotos sensuais que se acham bonitas e queriam sair no jornal (risos) e principalmente denúncias de falta de atendimentos em postos de saúde e do serviço público em geral.

Uerbet Santos:  Qual o critério utilizado para aproveitar essas informações?

Ívila Bessa : Receber a gente recebe de tudo mais você na hora faz uma mineração das informações, faz um filtro identifica onde é que tá e tem pauta.Isso faz parte do processo jornalístico como um todo. O  WhatSapp trás essa facilidade essa aproximação, mas o processo no final é o mesmo: você faz um filtro, vai ter que apurar, hierarquizar as informações, ouvir todos os lados envolvidos e transforma isso em notícia.

Uerbet Santos:  Pela sua experiência você acredita que o meio digital o web jornalismo é uma nova porta de entrada para jornalista nos veículos?l

Ívila Bessa: Eu trabalho com isso (mídia digital)  há 11 anos . No meu trabalho com redações, conheço e tenho muitos amigos (profissionais)  de veículos concorrentes  e parceiros do Sistema Verdes Mares. Por isso, posso afirma que boa parte  das contratações  para ocupar novos postos de trabalho e perspectiva de trabalho na nossa profissão estão ocorrendo em ambientes digitais. Isso é uma realidade no  Brasil, na América do Sul e no Mundo.

Uerbet Santos:  E para os estudantes de jornalismo ou para  quem se identifica com essa profissão, qual a dica?


Ívila Bessa: O estudante tem que se aproximar, tem que empreender, tem que tentar estudar um pouco mais, experimentar, criar um blog, pensar em algum projeto. Porque  a perspectiva de trabalho está acontecendo muito nesses mercados voltados pra as mídias sociais. Esse é o caminho, esse é o presente, esse é o futuro.

Por Uerbet Santos
Fotos:Tebreu

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