11/05/14

SEMACOM 2104 DEBATE MARCO CIVIL NA INTERNET

Da esquerda para a direita: Rafael Mesquita, Vasco Furtado,
Lauriberto Braga e Andre´Peixoto
Marco Civil na Internet. Esse foi tema do debate da abertura da 13ª Semana de Comunicação da Estácio (SEMACOM) realizada entre os dias 21 e 24 de outubro.  Compondo a bancada de debatedores, mediada pelo professor de  técnicas de apuração jornalística Lauriberto Braga, o secretário-geral do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Ceará (Sindjorce) , Jornalista Rafael Mesquita, o coordenador adjunto da Coordenadoria de Ciência, Tecnologia e Inovação  da PMF, Vasco Furtado e  o vice-presidente do Instituto de Direito da Tecnologia da Informação, o advogado André Peixoto além da participação dos alunos de graduação e pós-graduação do Centro Universitário Estácio.
Nas discussões em plenária, alguns princípios gerais sobre o Marco Civil da Internet se destacaram, como por exemplo, a neutralidade da rede, a liberdade de expressão e  informação, a inviolabilidade no sigilo das comunicações e  a guarda de ‘logs’ por um ano por parte dos provedores de acesso.

NEUTRALIDADE DA REDE GERA POLÊMICA

De acordo com André Peixoto (foto), a neutralidade da rede foi um dos pontos mais polêmicos durante a votação do projeto e também bastante criticado, principalmente pelos provedores de Internet. “O princípio da neutralidade diz que a rede deve ser igual para todos, sem diferença quanto ao tipo de uso. Assim, ao comprar um plano de internet, o usuário paga somente pela velocidade e volume contratados e não pelo tipo de página que vai acessar”, explica o advogado.

O especialista em TI informou ainda que a neutralidade será regulamentada por meio de decreto após consulta à Anatel e ao Conselho Gestor da Internet (CGI) e deve se limitar a estabelecer os requisitos técnicos indispensáveis à prestação adequada dos serviços e aplicações; e a priorização de serviços de emergência.

LIBERDADE DE EXPRESSÃO X  REGULAÇÃO DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO


Outro ponto abordado no debate foi a liberdade de expressão na rede.  O Jornalista Rafael Mesquita (foto) ao falar sobre esse tema citou sobre o empenho que o Sindjorce em coibir a proposta de regulação dos meios de comunicação proposta pelo governo federal, que, caso aprovada, pode interferir na liberdade de expressão de empresas de comunicação e dos usuários desses meios, inclusive, os da Internet.

“Qualquer forma de regular os meios de comunicação fere o principio da liberdade de expressão que assegura a qualquer indivíduo de se manifestar, buscar e receber ideias e informações de todos os tipos, com ou sem a intervenção de terceiros, por meio de linguagens oral, escrita, artística ou qualquer outro meio de comunicação. O princípio da liberdade de expressão deve ser protegido pela constituição de uma democracia, impedindo os ramos legislativo e  executivo do governo de impor a censura”, alerta o jornalista.

BATE REBATE

A participação do público também foi polêmica no Debate. Um exemplo disso foi  o  que falou  Rafael Mesquita  ao responder a pergunta  do estudante  de jornalismo do 7º semestre de jornalismo, Leonardo Santana (foto) “Quem está falando é o jornalista ou o sindicalista”? referindo-se ao artigo 220 do capítulo V  da Constituição que reza não poder haver monopólio ou oligopólio na comunicação social eletrônica. 

 “O secretario do Sindjorce (ex-aluno da Estácio), lembrou que desde estudante enveredou pelas lutas por direitos estudantis através do DCE e que o jornalista se confunde ou se completa com o sindicalista para uma causa maior: defender os direitos dos jornalistas e de futuros jornalistas. “Se uma única emissora controla cerca de 70% do mercado de TV aberta isso é um monopólio, democratizar a participação de outras empresas inclusive nas receitas de verbas públicas é aceitável, agora dizer o que eu vou ou não informar, formatar a grade de  programação do veículo,  aí  é retrocesso, não estamos de acordo”, responde Rafael.

 PREFEITURA ANUNCIA  PROJETO DE DADOS ABERTOS NA INTERNET

O coordenador adjunto da Coordenadoria de Ciência, Tecnologia e Inovação Citinova) da PMF, Vasco Furtado (foto) disse que a contribuição da sua pasta à democratização da Internet  para o público se dá através da tecnologia da  informação.
“Colocamos a ciência, a tecnologia e a inovação a serviço da cidade de Fortaleza via internet”. 
Um exemplo dessa transferência de tecnologia para usufruto da coletividade é o projeto Dados Abertos que faz a estruturação, integração e abertura de dados da cidade, fundamentais  para o monitoramento, planejamento e gestão do município e do cidadão criando novas formas de coleta e armazenamento de dados públicos.

UMA FERRAMENTA A MAIS PARA O JORNALISMO DE ESTATÍSTICAS

“Enquanto portais governamentais distribuem informações em seus canais de transparências nós da Citinova vamos disponibilizar dados abertos que depois de transformados em informações serão úteis para a comunidade”, explica o coordenador adjunto da Citinova. 
Na visão do sub-secretario o dado aberto será uma ferramenta fundamental, inclusive para jornalistas que trabalham com dados, o que requer melhor qualificação para interpretar estatisticamente esses dados e transformá-los em informação. “De pose dos dados do percurso de uma determinada linha de transporte urbano de Fortaleza e o tempo gasto pelo coletivo para percorrê-lo, o usuário pode através de um aplicativo saber o tempo que o ônibus levará para chegar até a parada que ele está”, exemplifica”

Por Uerbet Santos                                               
Fotos:  Tebreu 
                                                                                                                                                                


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