WHATSAPP: A BOLA DA VEZ DOS CONTEÚDOS DIGITAIS.
Um dos eventos realizados a 13ª Semana de Comunicação da
Estácio (SEMACOM- 2014) foi o painel,” O uso do WhatSapp em Campanha
Eleitoral”, ministrado por Ívila Bessa (foto), editora-chefe
de conteúdos digitais do Jornal Diário
do Nordeste (DN).
A jornalista conversou com o repórter Uerbet Santos sobre esse novo
universo da comunicação digital e suas possibilidades. Durante a entrevista
falou sobre como o DN utiliza essa nova ferramenta de interação com o público e
destacou que “para os veículos de comunicação , relacionar-se
com o público nos dias de hoje nos meios
digitais é uma questão de sobrevivência inclusive de mercado, de posicionamento correto da
marca ”.
Confira os principais trechos da entrevista.
Uerbet Santos- Qual o foco principal dessa oficina sobre WhatSapp?
Ívila Bessa - Mostrar
o potencia de plataformas sociais, de
redes sociais para perspectiva de jornalismo colaborativo. Como o público é
sedento, tem interesse de mandar pautas,
de mandar flagrantes de fotos e de vídeos.
Uerbet Santos – A proliferação de tabletes e smart fones pode ser um motivo desse
interesse do público?
Ívila Bessa -
Sim! Todo mundo dispõe, porta um equipamento de registro de foto, de texto e
essas pessoas tem o status de às vezes tentar resolver um problema na sua Rua
ou no seu Bairro ou então o status do tipo “Eu colaborei, tive minha matéria
veiculada pelo Jornal Nacional”, por exemplo.
Uerbet Santos – Existe demanda de público reprimida que precisa ser
absorvida pelos veículos de comunicação?
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Ívila Bessa falando sobre o WhatSapp aos alunos de jornalismo |
Ívila Bessa – Há
uma demanda sim do público nessa perspectiva! O que é muito importante para os
veículos de comunicação que eles abram esse leque de aproximação com
o público. Isso é importante em termos de cobertura. É um reconhecimento
humilde do veículo de comunicação de que de fato eles não conseguem abordar
todos os Bairros de Fortaleza. Então as pessoas de repente podem olhar, mandam
o registro e você planta uma semente.
Uerbet Santos: Plantar sementes significa enriquecer-se de pautas?
Ívila Bessa - Por
que eu digo plantar uma semente? Porque você está recebendo apenas um registro
bruto! Você recebeu, viu que aquilo é relevante, entra em contato com a pessoa
(fonte) e você destina e transforma isso em notícia jornalística.
Uerbet Santos: É correto afirmar que ter uma relação saudável com esse público é fundamental para o crescimento das empresas
de comunicação no mercado?
Ívila Bessa : Essa
aproximação com o público é extremamente fundamental. Nessa perspectiva de
tentar identificar um leque mais amplo de cobertura e de relacionamento com o
público. Relacionar-se com o público nos dias de hoje nos meios digitais é uma
questão de sobrevivência inclusive de mercado, de posicionamento correto da
marca nos meios digitais.
Uerbet Santos: Quais são os
assuntos mais enviados para o WhatSapp do DN?
Ívila Bessa: O
público envia de tudo. Envie desde pornografia, mulheres que tiram fotos
sensuais que se acham bonitas e queriam sair no jornal (risos) e principalmente
denúncias de falta de atendimentos em postos de saúde e do serviço público em
geral.
Uerbet Santos: Qual o critério
utilizado para aproveitar essas informações?
Ívila Bessa : Receber a gente recebe de tudo mais você na hora faz
uma mineração das informações, faz um filtro identifica onde é que tá e tem
pauta.Isso faz parte do processo jornalístico como um todo. O WhatSapp
trás essa facilidade essa aproximação, mas o processo no final é o mesmo: você
faz um filtro, vai ter que apurar, hierarquizar as informações, ouvir todos os
lados envolvidos e transforma isso em notícia.
Uerbet Santos: Pela sua experiência
você acredita que o meio digital o web jornalismo é uma nova porta de entrada
para jornalista nos veículos?l
Ívila Bessa: Eu
trabalho com isso (mídia digital) há 11
anos . No meu trabalho com redações, conheço e tenho muitos amigos (profissionais) de veículos concorrentes e parceiros do Sistema Verdes Mares. Por isso,
posso afirma que boa parte das contratações
para ocupar novos postos de trabalho e
perspectiva de trabalho na nossa profissão estão ocorrendo em ambientes
digitais. Isso é uma realidade no Brasil, na América do Sul e no Mundo.
Uerbet Santos: E para os
estudantes de jornalismo ou para quem se
identifica com essa profissão, qual a dica?
Ívila Bessa: O estudante
tem que se aproximar, tem que empreender, tem que tentar estudar um pouco mais,
experimentar, criar um blog, pensar em algum projeto. Porque a perspectiva de trabalho está acontecendo
muito nesses mercados voltados pra as mídias sociais. Esse é o caminho, esse é
o presente, esse é o futuro.
Por Uerbet Santos
Fotos:Tebreu